sábado, 29 de agosto de 2009

Filosofia da Religião.

A Filosofia da Religião é uma das disciplinas que se constitui numa das divisões da filosofia. Tem por objetivo o estudo da dimensão espiritual do homem desde uma perspectiva filosófica (metafísica, antropológica e ética), indagando e pesquisando sobre a essência do fenômeno religioso: "o que é afinal, a religião?".
Para o estudo da Filosofia da Religião são usados os métodos histórico-crítico comparativo, o filológico e o antropológico.
O primeiro deles compara as várias religiões no tempo e no espaço, em busca de seus aspectos mais comuns e suas diferenças, para verificar o que constitui a essência do fenômeno religioso.
O segundo faz o estudo comparativo das línguas, visando encontrar as palavras utlizadas para descrever e expressar o sagrado e suas raízes comuns e o terceiro método procura reconstruir o passado religioso tendo por base a etnologia (estudo dos povos primitivos e atuais, suas instituições, crenças, rituais e tradições).
A Filosofia da Religião deve fazer uma adequada conjugação desses métodos "para obter a melhor soma de elementos para chegar à conclusão mais correta sobre a essência da religião e suas características universais."

Poema

CONVIDO-TE
Charles Fonseca

Convido-te, amiga, às doces paragens
Campestres, ao silêncio dos prados,
Aos ternos murmúrios dos nossos regatos,
Aos roucos sussurro aquém das miragens.

Convido-te comigo a outros olhares,
A outros dizeres dos nossos silêncios,
A outros perfumes a nós como prêmios,
Tocar nossas harpas, frementes, vibrares.

Convido-te, amiga, pra caminhada
A dois pela praia, o mar por fronteira,
As nossas dores escrever na areia,
Do nosso amor gozar, madrugada.

Pintura - Parmigianino.



Madona com Longo Pescoço, 1535-1540, óleo sobre tábua, 214 x 133 cm, Galeria degli Uffizi, Florença

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Patrística.

É um período que se caracteriza pelo resultado dos esforços dos apóstolos (João e Paulo) e dos primeiros “Padres da Igreja” para conciliar a nova religião com o pensamento filosófico mais corrente da época entre os gregos e os romanos.
Não obstante, tomou como tarefa a defesa da fé cristã, frente as diversas críticas advindas de valores teóricos e morais dos “antigos”. Os nomes mais salientes desse perído são os de Justino, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes, Gregório de Nazianzo, Basílio, Gregório de Nissa. "Eles representam a primeira tentativa de harmonizar determinados princípios da Filosofia grega (particularmente do Epicurismo, do Estoicismo e do pensamento de Platão) com a doutrina cristã. (...). Eles não só estavam envolvidos com a tradição cultural helênica como também conviviam com filósofos estóicos, epicuristas, peripatéticos (sofistas), pitagóricos e neoplatônicos. E não só conviviam, como também foram educados nesse ambiente multiforme da Filosofia grega ainda antes de suas conversões" (SPINELLI, Miguel. Helenização e Recriação de Sentidos. A Filosofia na época da expansão do Cristianismo – Séculos II, III e IV. Porto Alegre: Edipucrs, 2002, p.5).