sábado, 9 de outubro de 2010

CRISTIANISMO E FILOSOFIA PATRÍSTICA.


Últimos patrísticos latinos e gregos, ou primeiros medievais

No Ocidente, o período entre os últimos patrísticos é aquele entre a decadência do Império Romano e a ascensão de Carlos Magno. Mais precisamente, entre a morte de S. Agostinho, em 430, e as Cartas Capitulares, emitidas em 787, por Carlos Magno, instituindo as escolas, - palatinas, catedrais, monacais.
É verdadeiramente um tempo de transição em que não somente se civilizam as novas nações, mas também os pensadores remanescentes salvam a velha cultura. Destacam-se nomes, como Boécio e Cassiodoro, na Itália, Isidoro na Espanha, Beda, na Grã Bretanha.
O Império Romano cedera paulatinamente às nações bárbaras em progressão, perdendo territórios e fazendo concessões acomodatícias. O Império do Ocidente é o que declina mais rapidamente, até ser destituído seu último imperador, Rômulo Augústulo, em 476, por Odoacro. Já antes da queda havia sido penetrado na Itália pelos ostrogodos, na Espanha pelos visigodos, em Portugal pelos suevos, na França pelos francos. Somente no Oriente o antigo Império Romano se mantém firme em Constantinopla, passando agora a ser mais conhecido como Império de Bizâncio.
Os regimes se sucederão sob influência indireta de Constantinopla, até o advento da política dos francos. Em 493 Odoacro é assassinado pelos ostrogodos, sob o comando do rei Teodorico, que agia apoiado, em alguns casos, por Constantinopla. Teodorico governa até 526, ao mesmo tempo que se desenvolve a cultura, ocorrendo neste tempo nomes tais como Boécio e Cassiodoro, os principais da patrística ulterior. O mesmo Teodorico era cristão ariano.
Constantinopla retomou o poder em Roma em 536. Neste obscuro período da história italiana, cresceu a influência do Papa, herdeiro do Pontífice pagão.
Em 568 entram os lombardos, no norte da Itália, conseguindo estabilizar-se. Pretendendo unificar a Itália, resiste o Papa, que apela aos francos. Estes, depois da vitória de Pepino, O Breve, transformam o poder papal em instrumento político de retenção dos lombardos, fazendo-lhe dotação dos chamados "Estados pontifícios", em 774. Os planos de unificação da Itália se concretizarão apenas em 1870, um milênio após.
Cessa também com a queda do Império Romano do Ocidente, o período chamado Patrístico. A expansão e a prosperidade dos francos abrirá novos caminhos. No ano 800, o Papa coroará o rei Carlos Magno, Imperador do Sacro Império Romano do Ocidente, que assim se julga restaurado depois da queda do mesmo em 476.
Apesar das consequências divisionistas do tratado de Verdun, em 841, a visão de uma unidade política das nações cristãs do Ocidente inspirará toda a Idade Média, ainda que nunca se realize plenamente. Ocorre a mesma persistência com a idéia de que o poder político vem do Alto e que o Papa é o ministro para ungir os governantes cristãos, em especial seu Imperador.
Mas, antes que a escolástica se desenvolvesse nas escolas criadas por Carlos Magno, atuaram os últimos patrísticos, os quais, sem chegarem a ser escolásticos, foram os primeiros mestres da Idade Média.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CRISTIANISMO E FILOSOFIA PATRÍSTICA.

A filosofia natural agostiniana segue os caminhos de Platão, retificados alguns aspectos. Deus criou a matéria (contra a eternidade da matéria, peculiar à filosofia grega).

A ontologia de Agostinho se concentrou na parte que diz respeito à divindade, como sua transcendência e suas relações com a criação. Mantendo embora a doutrina cristã da Trindade, diferenciou-se das emanações plotinianas.
A filosofia da história é abordada por Agostinho, que pretendeu ver nos acontecimentos um desenrolar sob o controle da providência divina. O material histórico analisado por Agostinho é o da decadência do Império Romano. Ocorrendo esta decadência sob o domínio cristão, esta circunstância impunha aos cristãos uma análise apologética.
Fonte: Enciclopédia Simpozio

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

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MERCADO CENTRAL ARACAJU -SERGIPE - BRASIL.
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domingo, 3 de outubro de 2010

CRISTIANISMO E FILOSOFIA PATRÍSTICA.

A filosofia natural agostiniana segue os caminhos de Platão, retificados alguns aspectos. Deus criou a matéria (contra a eternidade da matéria, peculiar à filosofia grega).
Todas as criaturas teriam composição com a matéria, inclusive os anjos, ainda que de espécie diferente. A doutrina do espírito, como forma pura, é aristotélica e será desenvolvida sobretudo por Tomás de Aquino.
Ergueu a tese da criação simultânea, de todos os germes (= rationes seminales). O despertar no tempo oportuno, dá à natureza a feição de uma contínua evolução e aparente criação de espécies novas. Sua posição favorável ao evolucionismo não foi seguida pela escolástica medieval.
A alma é substancialmente distinta do corpo, como substância completa. Aqui está de novo ao lado de Platão, contra Aristóteles. Inspirava-se na mentalidade órfica e neopitagórica em vigor entre as religiões helênico-romanas. Esta separação total cria dificuldades na explicação da união entre as duas substâncias tão diferentes.
"O modo como aderem ao corpo o espírito e as almas animais é totalmente admirável e não pode ser compreendido pelo homem".
Apesar de sua teoria das razões seminais, fica em dúvida quanto à maneira como surgiria a alma. Não decidiu entre o processo generativo (= traducianismo) e a criação imediata em cada nascimento (criacionismo).
Fonte:
Enciclopédia Simpozio