quinta-feira, 28 de abril de 2011

Reflexões sobre o Grito - Por que as Pessoas Gritam?

Mahatma Gandhi.

Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergu
nta a seus discípulos :
"Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas ?"
"Gritamos porque perdemos a calma", disse um deles.
"Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado ?"
Questionou novamente o pensador.
"Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça", retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar :
"Então não é possível falar-lhe em voz baixa ?"
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.

Então ele esclareceu :

"Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido ?"

O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito.

Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente.

Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância.

Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas ?
Elas não gritam.
Falam suavemente.
E por quê ?
Porque seus corações estão muito perto.
A distância entre elas é pequena.
Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram.
E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. 
Seus corações se entendem.
É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.
Por fim, o pensador conclui, dizendo :
"Quando vocês discutirem, não deixem que seus corações se afastem, não digam palavras que os  
distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta, que não mais encontrarão o caminho de volta.
Fonte: http://www.pensamentostextospoesias.blogspot.com

FILOSOFIA DA CULTURA

Homem, a Natureza e a Cultura.


É através da linguagem e do trabalho que o Homem conhece, modifica e dá sentido ao mundo. Quando falarmos de mundo, falamos de um ambiente próprio, da situação em que o Homem está e vive, o mundo da sua existência e vivência.
Mas também falamos de um mundo íntimo do homem, o seu mundo interior, como falamos do mundo das ciências, do mundo físico, do mundo do conhecimento, social e político. Denominamos ainda de mundo, o planeta em que habitamos. Enfim, poderemos, com rigor, dizer que cada um de nós habita em vários mundos, consoante as circunstâncias e o seu pensamento.
Nas suas vivências, o ser humano dá-se conta de que está rodeado por algo, diversas realidades que existem independentemente de si, queira ele ou não. Realidades que, não raro, se opõem ao próprio ser humano, e que dificultam a sua compreensão da natureza, desafiando a sua inteligência, a sua sensibilidade, a sua curiosidade e, até, a sua resistência física e intelectual.
Com efeito, a realidade com que nos deparamos, com que estamos frente-a-frente, apresenta-se, inexoravelmente, com duas fortes dimensões que estão permanentemente em diálogo: A Natureza e a Cultura.
Na primeira dimensão, o Homem está perante o mundo natural, o mundo que lhe é dado, porque não é construído. É o mundo que se rege por leis próprias, que o homem não elaborou, embora as possa interpretar. Leis que existem independentemente da intervenção humana.
Mas, paulatinamente, o mundo como que se vai humanizando por intervenção directa do homem. Esta intervenção milenar do homem produz a segunda dimensão em que vivemos, a cultura. E esta não é só o resultado da interpretação que o homem faz da natureza (Não foi Galileu que disse, que o homem mais não faz do que interpretar a Natureza, que Deus havia criado?), mas também traduz a invenção e criação humanas.
A cultura ao formar o homem, ao proporcionar-lhe a sua dimensão humanística, enriquece a natureza. Acrescenta algo à natureza. Assim, passaremos do estado natural ao estado cultural, que se manifesta em várias actividades, e tanto se faz sentir na própria natureza física, por exemplo, na culturas dos campos, como cultivar a terra, como na cultura humana que se traduz pela criação da filosofia, da matemática, da cibernética, da economia, da física, da sociologia, na política, etc.
Com esta breve reflexão sobre natureza e cultura, pretende-se apenas dizer que o homem, ser que tende naturalmente para o saber, como escreveu Aristóteles, não se contenta apenas com tudo o que a natureza lhe disponibiliza, quer ir mais além, quer conhecer o enredo da própria natureza, de que ele é parte. Desta feita, respondendo a um apelo interior de inquietação e criatividade, o ser humano, aperfeiçoando-se indefinidamente, não para de se questionar sobre o mundo, sobre a cultura, sobre as pessoas e comportamentos, sobre eventos inesperados, atitudes, pensamentos e ideias. E assim se faz o conhecimento de tudo o que ocorre. (António Pinela, Reflexões, Novembro de 2005).
http://www.eurosophia.com/filosofia/acesso_livre/filosofia_da_cultura/homem_natureza_cultura.htm