terça-feira, 6 de setembro de 2011

AS VANTAGENS DE ESTUDAR LÓGICA.

Há duas vantagens principais conferidas pelo estudo da lógica. Primeiro, o indivíduo com conhecimento de lógica tem mais facilidade em organizar e apresentar suas ideias. Ele distingue entre o essencial e o não essencial, usando raciocínio claro e coerente para transmitir suas conclusões às outras pessoas. O uso da lógica na pesquisa facilita a fundamentação nas conclusões das investigações, nos dados obtidos, aumentando-se assim tanto a inteligibili­dade do relatório quanto a credibilidade das conclusões. Além disso, a lógica ajuda o indivíduo a aprimorar seu raciocínio, ao refletir sobre suas ideias.
Segundo, a lógica facilita a análise das ideias apresentadas por outros. O não iniciado frequentemente se perde em argumentos complexos e, mesmo em casos mais simples, confunde as premissas e as conclusões, rejeitando ou aceitando argumentos através de reações não bem refletidas. Não questiona­mos a naturalidade nem a importância de reações emocionais em diversas situações, inclusive como elementos importantes na argumentação. Às vezes, os sentimentos, emoções e percepções subjetivas de indivíduos devem ocupar um lugar central na argumentação. Muitas vezes, porém, a maneira pela qual se resolve questões reflete uma influência excessiva e negativa do envolvimento psicológico do indivíduo, o que pode levar a posições irrefletidas e distorcidas.
O principiante de lógica frequentemente contesta ideias não fundamentais num argumento e questiona casos apresentados para servirem apenas como exemplos ilustrativos que poderiam ser perfeitamente substituídos por outros, sem afetar basicamente a estrutura do argumento. Como no jogo de xadrez, o iniciante não tem uma visão clara da estrutura do jogo e do significado dos movimentos do outro, atacaiïdo peças protegidas e deixando de enxergar os pontos fracos – fazendo o que o grão-mestre enxadrista Bobby Fischer cha­mava de “empurrar os toquinhos” -, o neófito em argumentação deixa de compreender a estrutura subjacente às afirmações dos argumentos, tratando cada afirmação como uma
ideia isolada.
O pensador com experiência em argumentação, entretanto, reduz as ideias ao seu essencial, sabendo que, muitas vezes, um discurso de meia hora pode ser resumido em 5 ou 6 frases que “captam” aquilo que o falante argu­mentou. Quem tem essa capacidade terá muito mais facilidade em debater as ideias apresentadas e, se discordar de algumas delas, saberá refutá-las ao invés de atacar cegamente o argumento todo de uma vez.
Artigo do Livro Senso Crítico, do dia-adia às ciências humanas. David W Carraher. Ed Cengage Learnin, retirado do blog  

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Reflexão sobre o Sentir e o Existir.

Suely Monteiro

Curiosamente ao  refletir sobre o sentir e sua importância  fundamental para o existir humano, me vejo de volta ao passado, ao tempo em que o homem possuía somente rudimentos de inteligência.
Observo o quanto o sentir era fundamental para ele que deveria abrigar-se de todos os perigos naturais das regiões agrestes em que vivia.
Seu corpo era seu termômetro. Através dos sentidos -  instrumento maior do seu corpo-,  ele ouvia e identificava o  tamanho da tempestade que se aproximava.
Reconhecia a fera que deveria ser abatida apenas pelo reconhecimento de suas pegadas.
Por seus sentidos ele sabia os dias.  Sabia o momento certo para sua cria vir à luz, sabia o momento de plantar  e de colher.
Seus sentidos eram guias seguros para o enfrentamento das grandes distâncias. 
Toda a inteligência dos sentidos era utilizada por ele.
Com o decorrer do tempo, as formas físicas foram aperfeiçoadas, o corpo sutilizado e a inteligência desenvolvida somaram para superar os sentidos em importância.
O homem  passou a pensar os sentidos muito mais do que a utilizá-los. 
A inteligência criou instrumentos que foram suprindo suas necessidades e ultrapassando o desempenho dos sentidos para a sua proteção, sua segurança, sua sobrevivência. 
As máquinas, os computadores, os carros e tantas outras construções da modernidade abafaram os sentidos, que foram esquecidos, adormecidos,  adormecendo o corpo.
Um corpo adormecido é similar a um corpo sem vida, um  corpo morto. Por isto, é necessário acordar os sentidos, esses velhos companheiros  de jornada. Realinhá-los com a inteligência em papel de igualdade, para que eles possam ajudar na condução da vida com mais equilíbrio, mais sensações e mais vitalidade.  Nossos olhos, nossos sensores de tato, nossas percepções sensoriais do mundo são nossos mapas que refletem o outro o nos dão a dimensão de sua importância na nossa formação.
Sentir o outro é reencontrar-nos no mais íntimo de nós mesmos. Através do outro   identificamos o modelo de nós mesmos e através da nossa aceitação do outro construímos com base no modelo refletido.
Sentir o corpo, reconhecer o belo, admirar o novo não se faz somente com a razão, com a inteligência, mas, também, com a força anímica dos sentidos. 
A virtualidade  moderna  não pode dispensar os sentidos; precisa revivê-los, dar-lhes importante status próprios, redefinindo seus papéis para evitar que no futuro, homens cada vez mais fragmentados,  se psicotizem e se transformem em monstros perigosos.

domingo, 4 de setembro de 2011

Filosofia da Ciência

A filosofia da ciência consiste no estudo da natureza da própria ciência, entendendo-se por natureza os métodos, conceitos, pressuposições e o seu lugar num esquema geral de disciplinas.
Esta vertente filosófica divide-se, sumariamente, em três domínios:
a) o estudo do método, da natureza, dos símbolos científicos e da sua estrutura lógica;
b) classificação e definição dos conceitos da ciência; e o
c) estudo dos limites das várias ciências com o objectivo de especificar as relações entre elas.
Nos últimos anos, surgiram outros problemas como o das relações sociais da ciência, ou seja, a sua relação com a sociedade do momento, em termos políticos, laborais, artísticos , religiosos ou morais.


Texto recebido via e-mail.
Se vc  for o autor, queria se identificar que farei a referência.
grata.
Suely