O OUTRO NA OUTRA - FREUD


"Possuímos, segundo parece, certa dose de capacidade para o amor – que denominamos libido – que nas etapas iniciais do desenvolvimento é dirigido no sentido de nosso próprio ego.
Depois, embora ainda numa época muito inicial, essa libido é desviada do ego para os objetos, que são assim, num certo sentido, levados para nosso ego.
Se os objetos forem destruídos, ou se ficarem perdidos para nós, nossa capacidade para o amor (nossa libido) será mais uma vez liberada e poderá então substituí-los por outros objetos ou retornar temporariamente ao ego.
 Mas permanece um mistério para nós o motivo pelo qual esse desligamento da libido de seus objetos deve constituir um processo tão penoso, até agora não fomos capazes de formular qualquer hipótese para explicá-lo.
Vemos apenas que a libido se apega a seus objetos e não renuncia àqueles que se perderam, mesmo quando um substituto se acha bem à mão. Assim é o luto." Freud.
Acesso: 5/01/2012

MITOLOGIA : THOR

Thor, o deus do trovão, pintado por Mårten Eskil

Thor era grande para um deus, extremamente forte (podendo comer uma vaca em uma "refeição"). Thor adorava disputas de poder e era o principal campeão dos deuses contra seus inimigos, os gigantes de gelo. Os fazendeiros, que apreciavam sua honestidade simplória e repugnância contra o mal, veneravam Thor em vez de Odin, que era mais atraente para os que eram dotados de um espírito de ataque, ou que valorizavam a sabedoria. A arma de Thor era um martelo de guerra mágico, chamado Mjolnir com uma enorme cabeça e um cabo curto e que nunca errava o alvo e sempre retornava às suas mãos. Ele usava luvas de ferro mágicas para segurar o cabo do martelo e o cinturão Megingjard que dobrava sua força. Sua esposa era Sif, a deusa da colheita, com quem teve uma filha Thrud (Força), e de sua união com a giganta Jarnsaxa, teve os filhos Magni (Força) e Modi (Coragem). Os antigos escritores (Saxo, Adam de Bremen, Aelfric, Snorri) identificaram Thor com o deus Greco-Romano Júpiter porque ambos são filhos da Mãe-Terra, comandante das chuvas, dos raios e trovões, são protetores do mundo e da comunidade cujo símbolo era o carvalho, representando o tronco da família. Os animais de ambos deuses era o carneiro, o bode e a águia. Thor era sempre apresentado com seu martelo e Júpiter com seu cetro. Thor matou a serpente Jormungand e Júpiter o dragão Tifão.O historiador Tácito identificou Thor com Hércules, por causa de seu aspecto, força, arma e função de protetor do mundo.
Thor Lutando contra Jormungand, filha de Loki.
Thor gostava da companhia de Loki, apesar do talento desse embusteiro para colocar ambos em confusões. As histórias de suas aventuras estão entre as mais ricas da mitologia nórdica. No panteão nórdico, Thor era o destruidor do mal e o segundo maior expoente dos deuses Aesir. A imagem de Thor aparece em muitas estelas rúnicas assim como seu nome ou seu martelo. Thor é um excelente guerreiro e já derrotou muitos gigantes, trolls, monstros, berserker e feras, segundo o Edda em Prosa. Thor percorria o mundo numa carruagem puxada por dois bodes chamados Tanngrísnir e Tanngnjóstr. Conta-se que quando Thor percorria o céu nessa carruagem as montanhas ruiam, e o barulho provocado pelas rodas do veículo originavam os trovões. Thor habita em Thrudheimr (ou Thrudvangr) no salão Bilskirnir onde ele recebia os pobres depois que haviam morrido. Esse salão possui 540 acomodações e é considerada a maior de todas as construções. O mensageiro de Thor era o veloz Thjalfi e sua criada era Röskva, irmã de Thjalfi. Quando Thor estava longe de seu lar ele matava seus bodes e os comia, e depois os ressuscitava com martelo mágico. Thor é o criador da constelação conhecida pelos vikings como Dedo de Aurvandill. Era Thor o deus que mais possuía templos na Escandinávia.
No Ragnarok, a tarefa de Thor será matar a cruel Jormungand ou Serpente Midgard (uma serpente tão grande que envolve a Terra), cria de Loki, mas ele morrerá na batalha.
Os anglo-saxões deram o nome de Thor ao quinto dia da semana, Thursday, ou "Thor's day" (quinta-feira, em inglês); o mesmo aconteceu entre os escandinavos que chamaram a quinta-feira de "Torsdag". O mesmo acontece no idioma alemão em que a quinta-feira se chama "Donnerstag" (donner = trovão; tag = dia).




Thor e seus Símbolos


<>
<>
O mais importante símbolo de Thor é o martelo, Mjölnir (destruidor), que na pré-história escandinava surgia sob a forma de um machado - relacionado à fertilidade e aos fenômenos atmosféricos. O martelo de Thor, também se relaciona com os aspectos míticos de ferreiro do deus, ao criar trovões e relâmpagos. Existem evidências de que o culto ao martelo continuaram na Era Viking a serem propiciadores de fertilidade feminina para o casamento. O uso de pingentes com a forma do martelo foram um dos grandes elementos de identidade pagã no final da Era Viking (Langer, 2010), e segundo vários pesquisadores, serviu como uma resposta ao uso cotidiano de cruzes em pescoços dos cristãos convertidos. Recentemente, diversos formatos de pingente do martelo são vendidos em todo o mundo, demonstrando não somente a permanência do símbolo, mas também, a grandiosidade do mito de Thor na cultura e no imaginário contemporâneo, que atinge de forma impressionante o cinema, a literatura, os quadrinhos/banda desenhada e as artes plásticas em geral.
Fonte : Wikipédia – A  Enciclopédia Livre.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Thor

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

SÊNECA E A IRA - PARTE 1/3.


Entre um vídeo e outro existem duas ou três postagens.

HOMENAGEM

Festa de aniversário de Charles em janeiro de 2010.

A alegria se renova a cada ano quando festejamos mais um ano de vida e de convivência .
Certamente não somos uma casal imune aos problemas do relacionamento, como muitos pensam e nos dizem.
O que nos diferencia, possivelmente, é a qualidade do amor  que nutrimos um pelo outro:
Um amor que nos alimenta, nos  fortalece e  conduz nossas  vidas de maneira leve e agradável. 
 Um amor que nos sustenta nos momentos de crise.
Esse amor é nossa fonte inesgotável de todas as substâncias nutrientes que tornam nosso relacionamento saudável .
Por isto, creio, somos muito felizes.
A você querido amor, meus votos de muitas alegrias, muita paz e de uma prolongada vida ao meu lado, claro!
Com amor,
Tilly

SERÁ QUE ÊLE TEM RAZÃO?


"Todos os homens buscam a felicidade. E não há exceção. Independentemente dos diversos meios que empregam, o fim é o mesmo. O que leva um homem a lançar-se à guerra e outros a evitá-la é o mesmo desejo, embora revestido de visões diferentes. O desejo só dá o último passo com este fim. É isto que motiva as ações de todos os homens, mesmo dos que tiram a própria vida. "

"Zombar da filosofia, é na realidade, filosofar"
(Blaise Pascal)
Fonte: Blog Filosofia na Rede

A ARTE DA PRUDÊNCIA




" Muitos dão cem voltas ao redor do mesmo ponto e se perdem num falatório sem fim, cansando a si mesmo e aos outros, sem nunca chegar ao âmago da questão.
Quem procede assim tem pouca clareza de idéias. São pessoas confusas, que desperdiçam tempo e paciência no que não deviam e, depois, ficam sem ambos para o que realmente importa."

(Baltazar Gracián - A Arte da Prudência)


DEUS, SEGUNDO SPINOZA.

“... Deus é o único ser em que a essência coincide com a existência. Isso não acontece com os outros seres. É a causa última de tudo, e as coisas estão em Deus. Essa é uma noção panteísta. E Deus é perfeito. Conhece a si e a tudo objetivamente. As coisas só tem essências na medida em são atributos de Deus. Spinoza desenvolverá isto no Ética.A parte divina do ser é a essência. A essência, a potência, a existência e a idéia só se diferenciam mas coisas criadas. A existência e a essência, nas criaturas humanas,diferem uma da outra por causa da razão. Spinoza chama de afecções aquilo que Descartes chama de atributos. Os entes são afecções de Deus. Dependem dele. Spinoza queria que víssemos as coisas sob o ponto de vista da eternidade. Devemos considerar o mundo objetivo em si, fora das noções subjetivas. Eternidade é o atributo sob o qual concebemos a existência de Deus, como diz nos Pensamentos metafísicos. Eternidade é a junção de essência e existência. O tempo pertence à razão, é um modo de pensar a pluraridade também, pois tudo é Deus, e ele é Uno.
Como Descartes, Spinoza fala que temos a noção clara do que é verdade, pois ela é certa e suprime toda a dúvida. Spinoza fala que o bem e o mal são pareceres, que só existem nas relações. Mas reconhece como bom e na Ética, diz que certas coisas nos são agradáveis, e nos esforçamos para que elas sejam frequentes. Mas uma coisa tomada em si não nem boa nem má.
Deus é imutável, porque não pode mudar e ser outro Deus. Na natureza tudo são substâncias e seus modos. Deus é simples, a grande substância. Spinoza refuta as distinções do Aristotelismo sobre Deus.
A vida pode ser de dois modos: com uma alma unida ao corpo, e apenas corporal. Tudo está vivo, porque tudo está em Deus e ele é vivo. Spinoza era contra a visão antropocêntrica da divindade. Deus conhece as coisas que criou. Dessa forma conhece os pecados. Mas os pecados só existem na mente humana. Assim, Deus não ama nem odeia os homens. Mas tem seus decretos. É por decreto que ele incita e encoraja os homens.
A onipotência de Deus é dividida em absoluta e ordenada, ordinária e extraordinária. A ordinária é aquela que dá ordem e conserva o mundo. A extraordinária vai contra essa ordem, como no caso dos milagres. Além de ter criado o mundo, Deus o conserva a cada instante.
Apesar de admitir que a potência de Deus também pode destruir, Spinoza afirma que a alma humana é imortal. Pois uma coisa incorpórea não pode destruir-se, nem pode ser destruída por uma coisa criada.
Deus tem muitas leis que estão acima do intelecto humano, e quando esse as vê, parecem milagres. Deus está acima da natureza percebida pela razão. A vontade humana é o seu intelecto.
As riquezas, quando buscadas, absorvem todo o ser do homem, diz Spinoza no Tratado da Correção do Intelecto.O homem gosta de paixão e dos prazeres, mas a eles sobrevém a tristeza. Os prazeres riquezas e honras devem ser um meio, não um fim. Devem existir apenas no necessário para manter a boa saúde.
Spinoza achou quatro tipos de percepção:
A primeira é arbitrária; a segunda vem da experiência; na terceira a essência de uma coisa é tomada pela de outra. Por exemplo, quando se acha que o universal sempre é acompanhado de uma propriedade. Não é adequada. A última percepção é a da essência.
Para o melhor modo de perceber, temos de ver quais os meios para conseguirmos nosso fim .
1º temos de conhecer a natureza das coisa e a nossa, para aperfeiçoá-la.
2º temos de deduzir as diferenças e as concordâncias das coisas.
3º temos de ver o que essas coisas poder sofrer.
4º temos de associar isso com a natureza e a potência das coisas.
Assim Spinoza, com um estilo que lembra o de Bacon, descreve seu método para melhor percebemos. E chega a conclusão que a melhor percepção é a da essência.
Para começar a se corrigir o intelecto precisamos “continuar conforme a norma de alguma idéia existente e verdadeira e investigar segundo suas leis certas.” Devemos saber distinguir a idéia verdadeira dentre as idéias falsas. Durante seus escritos, Spinoza imagina objeções à sua argumentação (que seriam feitas pelos leitores) e responde à elas. Enfrenta o adversário no campo do adversário. Assim é com filósofos e outros teólogos. Também fala contra os ignorantes, que ele chama de vulgo, ou os não-iniciados. O vulgo não consegue entender a filosofia porque não sabe o que lhe sucede, está sujeito às marés das paixões, e por isso cheio de preconceitos.
Spinoza diz que temos mente, em maior parte, idéias verdadeiras (apesar de existirem os entes da Razão, que são falsos). Pois não podemos supor uma idéia falsa como verdadeira. Não devemos considerar como  verdadeiras coisas da imaginação, que estão no intelecto. Spinoza se contrasta a Descartes, dizendo que devemos considerar como verdadeiras as coisas da natureza, pois não existe nenhum Deus enganador.
Spinoza fala da memória, mostrando que separamos as coisas por categorias e que se imaginamos um item dessa categoria em separado, visualizamos bem os detalhes, mas ao misturarmos o que estamos lembrando com outras memórias da mesma categoria, o pensamento se torna confuso. A memória é a “sensação das impressões do cérebro junto com o pensamento de uma determinada duração da sensação”.
O Livro “Ética demonstrada pelo método geométrico” tem uma estrutura clássica, baseado no modelo do matemático Euclides. Dessa forma, temos definição, axioma, preposição demonstração, escólio e corolário. Com esse método, Spinoza queria refutar outros. Esse método por muitos é considerado chato e difícil. Como diz Will Durant, não é para ser lido, mas estudado.
Uma coisa é finita quando podemos limitá-la por outra semelhante. A substância é independente, em si. Há três termos básicos no livro: substância, modo e atributo. O atributo é o que o intelecto percebe da substância. Como vimos, o intelecto precisa ser corrigido para não ser limitante. Deus é absolutamente infinito. Deus é uma substância que não remete a ninguém, exceto à ela mesma é que possui inúmeros atributos. Cada atributo tem infinitos modos.
A liberdade é um estado de ser, quando se existe por si, e necessário quando determinado por outras coisas. A eternidade transcende o tempo, é verdade eterna sem começo nem fim. Essa noção recorre a Platão. Toda causa tem um efeito. Deus é causa primordial que tem inúmeros efeitos. A diversidade de substância é infinita, cada uma é única.
Deus é imanente ao mundo. Para Descartes é transcendente. Existe necessariamente, pois existir é ter potência. E se há potência há alguém para irradiá-la. Na consciência fora de Deus, como Spinoza já expôs nos Pensamentos Metafísicos a existência não envolve a essência. Deus tem intelecto no ato, não em potência. Muitos consideram que Spinoza diz que Deus não tem intelecto, mas Spinoza coloca que o intelecto de Deus são suas ações.
Os homens agem sem conhecer as causas de seus atos. As coisas são atributos e afecções de Deus. O corpo exprime determinadamente parte da essência de Deus, na extensão. A alma é uma coisa pensante (nesse ponto concorda com Descartes, mas ao colocar a alma como substância não). A duração é a continuação da existência. Deus pensa, é extenso, tem idéia da sua essência e do que se segue à ela. As coisas estão compreendidas na essência da idéia infinita de Deus. Ele é a causa de tudo, substância incriada, onipotente e onisciente.
As coisas ficam marcadas na alma, além do intelecto. A memória é uma rede de representações associativas dos objetos. Deus conhece a alma. E a alma conhece à Deus. O pensamento é um atributo divino. A alma não conhece a si mesma, e conhece sem adequação o corpo. A alma não tem vontade nem é livre. Todas as idéias que se referem à Deus são verdadeiras. A mente humana é disposta de tal forma que pode funcionar ordenadamente. Com certo número de imagens, expressando esse número, há “embaralhamento”. Quem tem uma idéia verdadeira, o sabe sem dúvida. Spinoza, desenvolvendo seu lado racionalista diz que a razão percebe a coisa em si e a eternidade, que são comuns à todas as coisas. A mente humana é uma parte do intelecto infinito de Deus. Conhecer Deus eterno e infinito nos ensina a nos conduzirmos perante o dinheiro, coisas fora de nós, suportar a vida, não desprezar, não expor ninguém ao ridículo, não odiar. A moral de Spinoza parte de sua metafísica.
O corpo humano pode ser afetado de diversas maneiras, e sua potência aumentada e diminuída. A alma pode ser passiva ou ativa. As idéias adequadas existem em Deus, são ativas. O corpo humano é mais engenhoso do que as máquinas.
... Spinoza influenciou muito a filosofia posterior. Hume cita-o. Não gozou de muita reputação , mas sim desprezo, até que Lessing afirmou não existir outra filosofia senão a de Spinoza. Junto com Fichte e Kant, foi fundamental para Hegel e Schelliing. Nietzsche admirava-o, apesar de discordar. O spinozismo foi inicialmente rejeitado, mas depois, no século XIX foi reabilitado. Influenciou Marx e Freud, que tinham uma visão naturalista do mundo.”
Fonte:
Consciencia.org.- Filosofia e Ciências Humanas
http://www.consciencia.org/ 
Acesso em 03/01/2012- 15:48h.