Antonio Felipe Galvão da Silva , Antonio Miranda , Sofía Galvão Baptista
Entre as possibilidades de acesso à arte destaca-se a poesia. Este tipo de gênero literário está disponível na rede de variadas formas: um texto, um texto e figuras e um texto com imagens cinéticas, com possibilidades de navegação dentro do texto ou da figura poética.
Para Miranda (2005) a poesia visual é conceituada como:
[...]uma tentativa de romper com a ditadura da forma discursiva do poema, de vencer o domínio da gramática ou mesmo de superar a construção prosística na poesia. Faz sentido quando se pretende explicar o fenômeno das vanguardas, mas não é o suficiente para entender a questão da forma como preocupação fundante de toda e qualquer poesia, desde suas origens.
Ou
“[...] produto literário que se utiliza de recursos (tipo)gráficos e/ou puramente visuais, de tendência caligramática, ideogramática, geométrica ou abstrata, cujo centramento gráfico-visual não exclui outras possibilidades literárias (verbais, sonoras etc.). (Sá & CIRNE 1978, p.49)
Sobre o assunto existe, paralelamente, o conceito de poesia virtual:
A poesia virtual é possível em razão das características próprias da computação: 1) Pode produzir os signos tridimensionais no espaço virtual e 2) Pode programar suas configurações comportamentais. Necessitando-se de um desenho em três dimensões consegue-se fazer o que, normalmente, se faz com um objeto real, quando se deseja conhecê-lo: manipulando-o em todas as direções e em todos os pontos de vista possíveis. A isto se chama "realidade (virtual)" pois o "objeto virtual", semelhante ao "objeto real", responderá sempre da mesma forma porque contém em si mesmo toda a informação necessária sobre si mesmo. No entanto, não é um "objeto real", mas um conjunto de dados inscritos em uma memória eletrônica a qual se pode aplicar a "física", real ou imaginada, que se desejar. (PADIN, 2005)
E, ressaltando o aspecto hipertextual o autor acrescenta:
É digna de atenção a forma em que varia o conceito de leitura do texto lingüístico. Em nossa cultura a leitura se realiza na direção da esquerda para a direita, passo a passo, analiticamente. Nestes poemas virtuais, a sintaxe linear é substituída por uma sintaxe não somente visual como, também, hipertextual, sendo que cada secção se organiza no âmbito de uma seqüência de significados diferentes uns dos outros.
Percebe-se que os poetas têm usado a Internet para expressar a sua arte, usando textos, textos e figuras e textos ou figuras com possibilidades de navegação. A natureza hipertextual da rede permite, de uma maneira privilegiada, o uso de vários recursos para a transmissão do conteúdo de um poema e a interação com os apreciadores dessa forma de arte.
Autores: Antonio Felipe Galvão da Silva , Antonio Miranda , Sofía Galvão Baptista
Trecho retirado A poesia visual e os conceitos de hipertextualidade, interatividade e hipermediação da informação: relato de pesquisa .
http://www.antoniomiranda.com.br/ensaios/conceitos_de_hipertextualidade.html
Entre as possibilidades de acesso à arte destaca-se a poesia. Este tipo de gênero literário está disponível na rede de variadas formas: um texto, um texto e figuras e um texto com imagens cinéticas, com possibilidades de navegação dentro do texto ou da figura poética.
Para Miranda (2005) a poesia visual é conceituada como:
[...]uma tentativa de romper com a ditadura da forma discursiva do poema, de vencer o domínio da gramática ou mesmo de superar a construção prosística na poesia. Faz sentido quando se pretende explicar o fenômeno das vanguardas, mas não é o suficiente para entender a questão da forma como preocupação fundante de toda e qualquer poesia, desde suas origens.
Ou
“[...] produto literário que se utiliza de recursos (tipo)gráficos e/ou puramente visuais, de tendência caligramática, ideogramática, geométrica ou abstrata, cujo centramento gráfico-visual não exclui outras possibilidades literárias (verbais, sonoras etc.). (Sá & CIRNE 1978, p.49)
Sobre o assunto existe, paralelamente, o conceito de poesia virtual:
A poesia virtual é possível em razão das características próprias da computação: 1) Pode produzir os signos tridimensionais no espaço virtual e 2) Pode programar suas configurações comportamentais. Necessitando-se de um desenho em três dimensões consegue-se fazer o que, normalmente, se faz com um objeto real, quando se deseja conhecê-lo: manipulando-o em todas as direções e em todos os pontos de vista possíveis. A isto se chama "realidade (virtual)" pois o "objeto virtual", semelhante ao "objeto real", responderá sempre da mesma forma porque contém em si mesmo toda a informação necessária sobre si mesmo. No entanto, não é um "objeto real", mas um conjunto de dados inscritos em uma memória eletrônica a qual se pode aplicar a "física", real ou imaginada, que se desejar. (PADIN, 2005)
E, ressaltando o aspecto hipertextual o autor acrescenta:
É digna de atenção a forma em que varia o conceito de leitura do texto lingüístico. Em nossa cultura a leitura se realiza na direção da esquerda para a direita, passo a passo, analiticamente. Nestes poemas virtuais, a sintaxe linear é substituída por uma sintaxe não somente visual como, também, hipertextual, sendo que cada secção se organiza no âmbito de uma seqüência de significados diferentes uns dos outros.
Percebe-se que os poetas têm usado a Internet para expressar a sua arte, usando textos, textos e figuras e textos ou figuras com possibilidades de navegação. A natureza hipertextual da rede permite, de uma maneira privilegiada, o uso de vários recursos para a transmissão do conteúdo de um poema e a interação com os apreciadores dessa forma de arte.
Autores: Antonio Felipe Galvão da Silva , Antonio Miranda , Sofía Galvão Baptista
Trecho retirado A poesia visual e os conceitos de hipertextualidade, interatividade e hipermediação da informação: relato de pesquisa .
http://www.antoniomiranda.com.br/ensaios/conceitos_de_hipertextualidade.html
Imagem : Clemente Padín.
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