Agailma de F. Silva
Para Heidegger existir é interpretar, somos, enquanto ser-aí, interpretação e pertencer ao ser é o mesmo que compreender o ser. Essa compreensão que temos, a priori, do ser, Heidegger chama de ontologia fundamental. O sentido do ser para a ontologia fundamental não é algo dado, ela denota a recuperação da pergunta pelo ser esquecida pela tradição metafísica.
O homem só compreende porque já é pertencente ao ser, o ser o constitui. O Dasein é o único ente capaz de questionar, dialogar e assim ele se faz capaz de interpretar, dessa forma, qualquer intuito e tentativa de interpretação deve estar mediada pela presença do ser (ser-aí). Daí o significado do termo Dasein, Heidegger o designa como sendo o lugar de manifestação do ser, onde a questão do ser surge (um ser no ser).
Se o Dasein é o único capaz de compreender é, exatamente por este ser marcado pela possibilidade do vir-a-ser, seu modo de ser no mundo, obviamente, é pura possibilidade.
“O ser humano nunca pode dar-se a si mesmo um estatuto legitimador de sua possibilidade como efetividade. Ele é possibilidade como Heidegger o quer enquanto temporalidade em que predomina a futuridade, o poder-ser e não uma essência acabada. A fenomenologia hermenêutica quer-se adequar como método a esse modo de ser determinado pelo modo de conhecer. A substância do homem é sua essência”.
Heidegger compreende a circularidade hermenêutica como compreensão do Dasein e compreensão do ser que se articulam concomitantemente. Esse círculo da compreensão remete a pergunta primeira: a questão do sentido do ser (a interpretação do quem do Dasein e o sentido do ser são circundantes).
A pergunta pelo sentido do ser só se mostra sendo possível ser pensada de maneira circular. O que ocorre é que o ser-aí já possui uma pré-compreensão daquilo que vai interpretar. Assim, toda perspectiva que se tem à vista já é em si mesma uma compreensão e interpretação. Afirma Heidegger: "A interpretação nunca é a apreensão de um dado preliminar isenta de pressuposições". A compreensão só subsiste a partir de uma pré-compreensão. A compreensão, para Heidegger, opera no interior de um conjunto de relações, de certa maneira, já interpretada, ela atua dentro de um círculo hermenêutico, inseparável da existência do ser-aí.
Agailma de F. SilvaGraduanda em Filosofia PelaUniversidade Católica de Brasília – UCB.
Para Heidegger existir é interpretar, somos, enquanto ser-aí, interpretação e pertencer ao ser é o mesmo que compreender o ser. Essa compreensão que temos, a priori, do ser, Heidegger chama de ontologia fundamental. O sentido do ser para a ontologia fundamental não é algo dado, ela denota a recuperação da pergunta pelo ser esquecida pela tradição metafísica.
O homem só compreende porque já é pertencente ao ser, o ser o constitui. O Dasein é o único ente capaz de questionar, dialogar e assim ele se faz capaz de interpretar, dessa forma, qualquer intuito e tentativa de interpretação deve estar mediada pela presença do ser (ser-aí). Daí o significado do termo Dasein, Heidegger o designa como sendo o lugar de manifestação do ser, onde a questão do ser surge (um ser no ser).
Se o Dasein é o único capaz de compreender é, exatamente por este ser marcado pela possibilidade do vir-a-ser, seu modo de ser no mundo, obviamente, é pura possibilidade.
“O ser humano nunca pode dar-se a si mesmo um estatuto legitimador de sua possibilidade como efetividade. Ele é possibilidade como Heidegger o quer enquanto temporalidade em que predomina a futuridade, o poder-ser e não uma essência acabada. A fenomenologia hermenêutica quer-se adequar como método a esse modo de ser determinado pelo modo de conhecer. A substância do homem é sua essência”.
Heidegger compreende a circularidade hermenêutica como compreensão do Dasein e compreensão do ser que se articulam concomitantemente. Esse círculo da compreensão remete a pergunta primeira: a questão do sentido do ser (a interpretação do quem do Dasein e o sentido do ser são circundantes).
A pergunta pelo sentido do ser só se mostra sendo possível ser pensada de maneira circular. O que ocorre é que o ser-aí já possui uma pré-compreensão daquilo que vai interpretar. Assim, toda perspectiva que se tem à vista já é em si mesma uma compreensão e interpretação. Afirma Heidegger: "A interpretação nunca é a apreensão de um dado preliminar isenta de pressuposições". A compreensão só subsiste a partir de uma pré-compreensão. A compreensão, para Heidegger, opera no interior de um conjunto de relações, de certa maneira, já interpretada, ela atua dentro de um círculo hermenêutico, inseparável da existência do ser-aí.
Agailma de F. SilvaGraduanda em Filosofia PelaUniversidade Católica de Brasília – UCB.
Contato com o autor: agaylma@yahoo.com.br
Texto retirado de http://www.consciencia.org/a-fenomenologia-ontologico-hermeneutica-na-perspectiva-heideggeriana
Imagem retirada de www.prof2000.pt/.../Isarosete/Index_Fotobios.htm
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