quinta-feira, 24 de junho de 2010

HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA: INTRODUÇÃO.

A filosofia, como saber sistêmico, nasceu na antiguidade, conforme constata a ciência da história. Há, pois, uma história da filosofia antiga, que o historiador procura elaborar adequadamente, indagando pelos seus monumentos, geralmente notícias escritas. Racionalizando este estudo, importa, sobretudo determinar a seqüência temporal dos acontecimentos, de que resulta principalmente a redivisão da época, em períodos e fases. Neste quadro se determinam também as causas, as mais diversas, como os mesmos filósofos, as escolas, as influências de uns fatores sobre os outros.
Redivide-se a filosofia antiga, conforme tradicionalmente se tem acedido, em função a Sócrates, em: - Pré-socrática (de quando só restam fragmentos); - Socrática, - Pós-socrática. No período pré-socrático se desenvolveram escolas filosóficas em diferentes regiões do mundo grego bordado em todo o contorno do Mediterrâneo. Antes destas escolas houve um pensamento, ao qual se pode tratar, como pré-helênico, havendo efetivamente deixado alguns traços no Ocidente.
Escola Jônica antiga, - de que o primeiro filósofo foi Tales de Mileto (c. 624 - 548 a.C.);
Escola Jônica nova, - com seu principal representante em Heráclito:
Escola Eleática, - na qual se destaca Parmênides;
Escola Itálica (ou Pitagórica), - marcada pela figura de Pitágoras;
Escola Atomista, do norte da Grécia, - com o erudito Demócrito;
Sofistas, - grupo de transição. Enquanto os primeiros pré-socráticos se concentram nos estudos da natureza, os sofistas, como Demócrito e Górgias, encaminham os estudos humanos, peculiares ao período seguinte.
No período socrático a filosofia alcança o esplendor com as figuras imortais de Sócrates (469 - 399 a.C.), Platão (427-347 a.C.), Aristóteles (384-322 a.C.).
No período pós-socrático se desenvolve a filosofia em todo o mundo helênico-romano. Com mais propriedade, há um período pós-socrático helênico, seguido do helênico-romano conjunto. Inicialmente têm destaque as escolas Epicurista (de Epicuro), Estóica (de Zenão), Cética (de Pirro), além das remanescentes conhecidas por Acadêmica (dos discípulos de Platão) e Estagirita (dos de Aristóteles). No período helênico-romano ocorrem, além das precedentes, as escolas Neopitagórica e Neoplatônica (esta de Plotino), com profundas conotações religiosas. Manifestam-se já uns primeiros filósofos cristãos, de que o mais expressivo é Santo Agostinho (354-430).
Caracteriza-se também a divisão em períodos denominados, sobretudo pelo valor, dizendo-se o primeiro, como de formação, o segundo como de apogeu, o terceiro, como de decadência. Não se deve, todavia, exagerar a fisionomia decadente do terceiro período da filosofia antiga, porquanto sob muitos aspectos ele foi progressivo e especializante. Foi gerador mesmo de novas formas de judaísmo, das quais uma foi dos Fariseus, outra, a mais expressiva, o Cristianismo.
Finalmente, os períodos podem ser denominados por uma tendência filosófica, inclusive por uma preferência temática. Então, no período Pre-socrático, chamado de formação, dominaram os problemas cosmológicos; no segundo os Metafísicos; no terceiro os de ,Etica, acentuando progressivamente também os de os de Religião. Não obstante, em todos os momentos os demais temas surgem. E assim, desde o período pré-socrático já se discutem também as questões metafísicas, éticas e religiosas
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Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y013.htm#BM2216y018

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