segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CRISTIANISMO E FILOSOFIA PATRÍSTICA.

Arius (256-336)


Teólogo líbio, de expressão grega, e que gerou a maior controvérsia cristã, em torno da divindade ou não divindade de Jesus.
Foi a questão decidida favoravelmente no calor do voto no Concílio ecumênico de Nicéia (325), em favor da divindade de Jesus.
Arius estudou em Antioquia, da Síria, depois se localizando em Alexandria, onde foi ordenado sacerdote em 310.
Para Arius, não poderia Jesus ser mais do que a figura do Logos, segundo a filosofia neoplatônica então vigente, portanto a inteligência emanada de Deus transcendente, sem ser Deus, ainda que anterior ao mundo.

Destituído de suas funções em 320, por um concílio regional, retirou-se para a Palestina e depois para a Nicomédia, Ásia Menor.

Sobre a questão escreveu o livro Banquete (TaMia).

Depois do Concílio de Nicéia foi desterrado para a Ilíria (Croácia).

A filha do Imperador consegue trazê-lo de volta, sendo integrado no clero de Constantinopla em 336, quando logo morreu.
Entretanto, sua idéia proliferou no Oriente e Ocidente, e deu muito a discutir aos filósofos e teólogos.

Resisitiram os arianos por vários séculos, vindo a desaparecer somente dos anos 700, em consequência das perseguições oficiais que lhes foram movidas.

A questão conservou sua importância, porque ainda hoje se pergunta se a crença na divindade de Jesus tem, ou não, origem no neoplatonismo e nos mitos da época.

Os unitarianos, surgidos no decorrer da Renascença, continuam a luta de Arius.

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