quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O QUE É FILOSOFIA DA LINGUAGEM - William P. Alston

Parte VIII
Assim, à medida que a Filosofia consiste em análise conceptual, está sempre interessada na linguagem. E, se toda nu grande parte da tarefa do filósofo é fazer ressaltar as características do uso ou da significação de várias palavras ou formas de enunciado, então ser-lhe-á essencial proceder de acordo com alguma concepção, geral da natureza do liso e da significação lingüísticos. Isso se torna ainda mais importante quando os filósofos analíticos se envolvem em persistentes debates sobre o que uma certa palavra significa ou sobre se duas expressões ou formas de expressão têm o mesmo ou diferente significado. Há sérias divergências na filosofia analítica sobre se ``Eu sei que p" significa o mesmo que "Eu acredito que p, tenho bases adequadas para acreditar e p é o caso"; sobre se "A é a causa de B'' significa. simplesmente, que A e B estão, de fato, regularmente associados; sobre se "estar triste'' significa o mesmo que "Eu estou triste" e "Ele está triste"; e se qualquer enunciado teórico na ciência pode ter o mesmo significado de alguma combinação de relatos de observação. Quando tais discussões não são resolvidas pelo nosso senso intuitivo do que significam as expressões lingüísticas, o filósofo é forçado a desenvolver alguma teoria explícita do que significa para uma expressão lingüística ter um determinado sentido, e das condições em que duas expressões terão a mesma significação. Assim, à medida que a Filosofia é concebida, primordialmente, como análise conceptual, a filosofia da linguagem ocupa uma posição central na teoria do método filosófico.

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