Introdução
A Ilíada (gr. ΙΛΙΑΣ) é a mais
antiga e mais extensa das obras atribuídas a Homero
e é também a mais antiga obra literária da literatura
européia. O nome do poema deriva de Ílion, nome alternativo da lendária
cidade de Tróia.
Acredita-se que a Ilíada tenha sido
originalmente uma composição oral, memorizada e recitada em ocasiões especiais,
composta entre -750 e -725 (Janko, 1982) a partir de lendas e de memórias do Período
Micênico e da Idade das Trevas. Somente no fim do século -VI,
dois séculos mais tarde, os versos foram finalmente colocados na forma escrita.
O poema era uma das obras mais apreciadas da Antiguidade.
Hipótese
Ilíada, 1.1-7
O assunto do poema, retirado das lendas
do Ciclo Troiano, cobre apenas alguns dias do décimo ano da Guerra de
Tróia. O tema principal é a cólera do herói Aquiles
que, afrontado por Agamêmnon, filho de Atreu, o comandante do
exército grego, retira-se da luta. Privados do auxílio de seu mais poderoso
combatente, os gregos sofrem revés sobre revés e são acuados pelos troianos
junto às próprias naus. No último momento, porém, Aquiles
se reconcilia com Agamêmnon e, de volta ao combate, ajuda a
rechaçar o inimigo e mata o mais importante guerreiro troiano.
Observe-se, na epígrafe acima, o enorme poder de
síntese do poeta da Ilíada que, em apenas sete linhas, fez a invocação
regulamentar às musas e, de quebra, apresentou o argumento
básico do poema.
Referências
Richard Janko, Homer,
Hesiod and the Hymns: Diachronic Development in Epic Diction, Cambridge,
Cambridge University Press, 1982.
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