sábado, 22 de dezembro de 2012

LITERATURA: VINICIUS DE MORAES

Poema de Natal
 
Vinicius de Moraes

Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

FINAL DO CALENDÁRIO MAIA

                   Final do Calendário Maia, segundo o Dr. Google.

Quebra Nozes versão completa at the Mariinsky Theater.wmv



Não é segredo para ninguém a minha paixão pelo Natal.
Acho a época mágica; as pessoas ficam mais generosas e, mesmo aquelas muito materialistas, sentem que alguma coisa as levam a praticar a solidariedade, a visitar abrigos, compartilhar fotos e materiais mais humanitários, a  participar de campanhas de Papai Noel para carentes e outras coisas.
Mesmo aqueles que não se lembram do Aniversariante, festejam, e a festa em si propicia alegria e felicidade e isto alegra o Menino Deus.
Mas, ao compartilhar com vocês a versão completa do Quebra Nozes, minha intenção é que, juntos,
possamos nos tornar puros como crianças e elevados na cordialidade, na singeleza, oferecer o melhor de nós Àquele que, invariavelmente, nos acompanha os passos, mesmo que não acreditemos em sua presença ou mesmo em Sua existência.
Feliz Natal e um Ano Novo com novas esperanças e realizações a todos voces que acompanham o meu blog!

domingo, 16 de dezembro de 2012

REFLEXÃO: NO FUTURO.

NO FUTURO
 
Quando o homem gravar na própria alma
Os parágrafos luminosos da Divina Lei,
O companheiro não repreenderá o companheiro,
O irmão não denunciará outro irmão.
O cárcere cerrará suas portas,
Os tribunais quedarão em silêncio.
Canhões serão convertidos em arados,
Homens de armas volverão à sementeira do solo.
O ódio será expulso do mundo,
As baionetas repousarão,
As máquinas não vomitarão chamas
para o incêndio e para a morte,
Mas cuidarão pacificamente do progresso planetário.
A justiça será ultrapassada pelo amor.
Os filhos da fé não somente serão justos,
Mas bons, profundamente bons.
A prece constituir-se-á de alegria e louvor
E as casas de oração estarão consagradas
ao trabalho sublime da fraternidade suprema.
A pregação da Lei
Viverá nos atos e pensamentos de todos,
Porque o Cordeiro de Deus
Terá transformado o coração de cada homem
Em tabernáculo de luz eterna,
Em que o seu Reino Divino
Resplandecerá para sempre.

EMMANUEL
"Pão Nosso", 41, FCXavier, FEB)
Fonte: http://www.institutoandreluiz.org/emmanuel.html

ILÍADA , HOMERO.


Introdução

A Ilíada (gr. ΙΛΙΑΣ) é a mais antiga e mais extensa das obras atribuídas a Homero e é também a mais antiga obra literária da literatura européia. O nome do poema deriva de Ílion, nome alternativo da lendária cidade de Tróia.



Acredita-se que a Ilíada tenha sido originalmente uma composição oral, memorizada e recitada em ocasiões especiais, composta entre -750 e -725 (Janko, 1982) a partir de lendas e de memórias do Período Micênico e da Idade das Trevas. Somente no fim do século -VI, dois séculos mais tarde, os versos foram finalmente colocados na forma escrita. O poema era uma das obras mais apreciadas da Antiguidade.
Hipótese
Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles, filho de Peleu,
funesta, que inumeráveis dores aos Aqueus causou
e muitas valorosas almas de heróis ao Hades
lançou, e a eles tornou presa de cães
e de todas as aves de rapina; cumpriu-se o desígnio de Zeus,
o qual desde o princípio separou em discórdia
o filho de Atreu, senhor de guerreiros, e o divino Aqu
Ilíada, 1.1-7
O assunto do poema, retirado das lendas do Ciclo Troiano, cobre apenas alguns dias do décimo ano da Guerra de Tróia. O tema principal é a cólera do herói Aquiles que, afrontado por Agamêmnon, filho de Atreu, o comandante do exército grego, retira-se da luta. Privados do auxílio de seu mais poderoso combatente, os gregos sofrem revés sobre revés e são acuados pelos troianos junto às próprias naus. No último momento, porém, Aquiles se reconcilia com Agamêmnon e, de volta ao combate, ajuda a rechaçar o inimigo e mata o mais importante guerreiro troiano.
Observe-se, na epígrafe acima, o enorme poder de síntese do poeta da Ilíada que, em apenas sete linhas, fez a invocação regulamentar às musas e, de quebra, apresentou o argumento básico do poema.
Referências
Richard Janko, Homer, Hesiod and the Hymns: Diachronic Development in Epic Diction, Cambridge, Cambridge University Press, 1982.
 Fonte: Grécia Antiga
http://greciantiga.org/
Acessado em 13/12/2012
 

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

SAUDADE DE VOCÊ ARTUR DA TÁVOLA...



TER OU NÃO TER NAMORADO

Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo.
Namorado é a mais difícil das conquistas.
Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil.

Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição.
Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado.
Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho.
Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria.
Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar.
Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.

Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto.
Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor.
Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro.
Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar.
Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais.
Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele.
Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo.
Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.

(Nota: este texto não é de Carlos Drummond de Andrade)
Artur da Távola

Homenagem aos meus amigos Doroh e Serginho, pois ele faz aniversario hoje, mas está comemorando no Plano Espiritual.

LITERATURA: Hábito de ler.

Que tal um livrinho agora?!!
Suely Monteiro
 
Como muitos outros, o hábito de ler, gera prazer, e às vezes,  leva um tempinho para ser adquirido.
Mas, vale a pena.
Aprendi a ler aos sete anos e, dificilmente, durmo sem antes ler alguma coisa.
Minha filha foi estimulada a ler desde pequena, aliás, desde o ventre, pois eu lia histórias para ela.
Mais tarde, com dois ou três anos, eu a levava às livrarias e lá ficava um tempão com ela, folheando livros de gravuras, falando sobre as coisas maravilhosas que aquelas páginas guardavam...
Eu lhe dizia: "estas páginas guardam um tesouro e somente aqueles que aprenderem a decifrar o código secreto das letras poderão encontrá-lo!
- Mas, eu vou aprender?
Claro,  - eu respondia -  encantada e boba como toda mãe...
Você irá para a escola para aprender isto e muitas outras coisas!
Atenta, ela percorria as páginas dos livros, confiante.
Eu sabia que a sementinha um dia daria frutos e, também, confiante aguardava, regando, cuidando, amando.
O tempo passou célere...
E de fato, disse-me ela um dia:
 "encontrei  o meu tesouro no momento em que me tornei viciada em livros".
 
II
 
Minha mãe que é analfabeta, me dizia, sempre, que lia e entendia muito bem, a linguagem das plantas e os sinais dos tempos, por isso não se apertava nunca.
 
Hoje, também eu, sei que isto é verdade.
Podemos ler de muitas formas e enriquecer a vida
 com a percepção e leitura das muitas linguagens 
 das diferentes coisas que nos cercam.
Fazer do seu deciframento um passatempo  é bem interessante,
 além de  ser um ótimo  remédio contra o
tédio e a solidão.
Experimentem  e me contem mais tarde!...
 
Por falar nisto, aí vão algumas
imagens simples que tocaram meu coração e me conduziram  a  esta reflexão
como sugestão para que comecem a brincadeira lendo fotos.
 
Para facilitar eu acrescentei às imagens os títulos-textos do autor.
 
 
                                                                     Leitura Confortável
                                                                     Gerações
                                                               
                                                                    Deste já não há...!!

Leituras Maternais e Filiais
 
                                                                  Depois sou eu ...
 
                                                          
                                                                   Sincronizadas
                       
                                                                 Luz e sombra

Imagens e respectivos títulos retirados de  "  O Papalagui"
http://opapalagui.blogspot.com.br/
acesso em 14/12/2012

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Romantismo

Rosa colhida do jardim das casa dos meus pais em Minas Gerais.

HISTORIA : RAINHA ALEMÃ.

Exposição em Berlim mostra busto da rainha egípcia Nefertiti
WILLIAM MURDE SÃO PAULO
FRANCISCO ZAIDEN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma exposição inaugurada no fim da semana passada no Neues Museum, de Berlim, marca o centenário da descoberta de uma das belezas mais enigmáticas da Antiguidade: o busto da rainha egípcia Nefertiti, que viveu há cerca de 3.300 anos.
A peça está em mãos alemãs desde 6 de dezembro de 1912, quando o arqueólogo Ludwig Borchardt a desenterrou na margem oriental do rio Nilo. Levada para a Alemanha com o consentimento do governo egípcio, o país árabe passou, logo depois, a tentar reaver o artefato -até hoje, sem sucesso. 
Fonte: Folha de São Paulo Online
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/
Acesso em 10/12/2012.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

CONTO DE NATAL




A história é simples, mas comovedora. Tudo começou porque Mike odiava o Natal. Claro que não era o verdadeiro sentido do Natal, mas seus aspectos comerciais.

Os gastos excessivos, a corrida frenética na última hora para comprar presentes para alguém da parentela de que se havia esquecido.
Sabendo como ele se sentia, um certo ano a esposa decidiu deixar de lado as tradicionais camisetas, casacos, gravatas e coisas do gênero. Procurou algo especial só para Mike.

A inspiração veio de uma forma um tanto incomum. O filho Kevin, que tinha 12 anos na época, fazia parte da equipe de luta livre da sua escola.

Pouco antes do Natal, houve um campeonato especial contra uma equipe patrocinada por uma associação da parte mais pobre da cidade.

Esses jovens usavam tênis tão velhos que a impressão que passavam é de que a única coisa que os segurava eram os cadarços.

Contrastavam de forma gritante com os outros jovens, vestidos com impecáveis uniformes azuis e dourados e tênis especiais novinhos em folha.

Quando o jogo acabou, a equipe da escola de Kevin tinha arrasado com eles.

Foi então que Mike balançou a cabeça triste e falou: Queria que pelo menos um deles tivesse ganho. Eles têm muito potencial, mas uma derrota dessas pode acabar com o ânimo deles.
Mike adorava crianças. Todas as crianças. E as conhecia bem, pois tinha sido técnico de times mirins de futebol, basquete e vôlei.

Foi aí que a esposa teve a idéia. Naquela tarde, foi a uma loja de artigos esportivos e comprou capacetes de proteção e tênis especiais que enviou, sem se identificar, para a associação que patrocinava aquela equipe.

Na véspera de Natal, deu ao marido um envelope com um bilhete dentro, contando o que tinha feito e que esse era o seu presente para ele.
O mais belo sorriso iluminou o seu rosto naquele Natal. No ano seguinte, ela comprou ingressos para um jogo de futebol para um grupo de jovens com problemas mentais.
No outro, enviou um cheque para dois irmãos que tinham perdido a casa em um incêndio, na semana anterior ao Natal.


O envelope passou a ser o ponto alto do Natal daquela família.
Os filhos deixavam de lado seus brinquedos e ficavam esperando o pai pegar o envelope e revelar o que tinha dentro.
As crianças foram crescendo. Os brinquedos foram sendo substituídos por presentes mais práticos, mas o envelope nunca perdeu o seu encanto.

Até que no ano passado, Mike morreu. Chegou a época do Natal e a esposa estava se sentindo muito só. Triste. Quase sem esperanças.

Mas, na véspera do Natal, ela preparou o envelope como sempre.

Para sua surpresa, na manhã seguinte, havia mais três envelopes junto dele. Cada um dos filhos, sem um saber do outro, havia colocado um envelope para o pai.



O verdadeiro espírito do Natal se chama amor e no momento especial em que se reprisa, nos quadros da Terra, nos possibilita o exercício da nossa capacidade maior de doação.
Muito além dos presentes, da ceia, do encontro familiar, comemorar o Natal significa viver a mensagem do Divino Aniversariante, lançada há mais de 2000 anos e que até hoje prossegue ecoando nos corações...
Redação do Momento Espírita, a partir
de história de autor desconhecido.Em 12.12.2008.

Fonte:
http://cepacfoz.blogspot.com.br/2010/12/momento-espirita-um-conto-de-natal.html

DIREITO


Assunto: Diarista - Sumula 19
Data: 17 de fevereiro de 2012 14:15:10 BRST

A PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 1ª REGIÃO,
no uso de suas atribuições legais e regimentais, tendo em vista o decidido pelo Tribunal Pleno, reunido em Sessão Ordinária, no dia 5 de maio de 2011, com a presença dos Excelentíssimos Desembargadores Maria de Lourdes Sallaberry, Luiz Augusto Pimenta de Mello, Carlos Alberto Araújo Drummond, Gloria Regina Ferreira Mello, Elma Pereira de Melo Carvalho, Maria das Graças Cabral Viégas Paranhos, José da Fonseca Martins Junior, Tania da Silva Garcia, Ana Maria Soares de Moraes, José Nascimento Araújo Netto, Aurora de Oliveira Coentro, Edith Maria Corrêa Tourinho, Luiz Alfredo Mafra Lino, Damir Vrcibradic, Mery Bucker Caminha, Cesar Marques Carvalho, José Geraldo da Fonseca, Flávio Ernesto Rodrigues Silva, Jorge Fernando Gonçalves da Fonte, Evandro Pereira Valadão Lopes, Alexandre de Souza Agra Belmonte, Valmir de Araújo Carvalho, Ricardo Damião Areosa, Marcos Palacio, Alexandre Teixeira de Freitas Bastos Cunha, Marcos Cavalcante, Maria Aparecida Coutinho Magalhães, Roque Lucarelli Dattoli, Marcelo Augusto Souto de Oliveira e Rildo Albuquerque Mousinho de Brito,



 



RESOLVE:

Aprovar a edição da SÚMULA Nº 19, com a seguinte redação:

“TRABALHADOR DOMÉSTICO. DIARISTA. PRESTAÇÃO LABORAL DESCONTÍNUA. INEXISTÊNCIA DE VÍNCULO EMPREGATÍCIO.
A prestação laboral doméstica realizada até três vezes por semana não enseja configuração do vínculo empregatício, por ausente o requisito da continuidade previsto no art. 1º da Lei 5.859/72.”

O ministro Ives Gandra Martins Filho, relator de um processo no qual foi negado reconhecimento de vínculo a um jardineiro que trabalhava duas ou três manhãs por semana numa residência, definiu em seu voto a situação:

"O diarista presta serviços e recebe no mesmo dia a remuneração, geralmente superior àquilo que receberia se trabalhasse continuamente para o mesmo empregador, pois nela estão englobados e pagos diretamente ao trabalhador os encargos sociais que seriam recolhidos a terceiros”, afirmou o ministro Ives. “Se não quiser mais prestar serviços para este ou aquele tomador, não precisará avisá-lo com antecedência ou submeter-se a nenhuma formalidade, já que é de sua conveniência, pela flexibilidade de que goza, não manter um vínculo estável e permanente com um único empregador, pois mantém variadas fontes de renda provenientes de vários postos de serviços que mantém."

É neste sentido que tem se inclinado a jurisprudência do Tribunal nas diversas decisões em que negou o reconhecimento do vínculo de emprego a diaristas que trabalhavam em casas de família. Cabe ressaltar que o termo “diarista” não se aplica apenas a faxineiras e passadeiras, (modalidades mais comuns dessa prestação de serviço). Ela abrange também jardineiros, babás, cozinheiras, tratadores de piscina, pessoas encarregadas de acompanhar e cuidar de idosos ou doentes e mesmo as “folguistas” – que cobrem as folgas semanais das empregadas domésticas. Uma vez que o serviço se dê apenas em alguns dias da semana, trata-se de serviço autônomo, e não de empregado doméstico – não se aplicando, portanto, os direitos trabalhistas garantidos a estes, como 13º salário, férias, abono de férias, repouso remunerado e aviso-prévio, entre outros previstos na Constituição Federal.
 

Colaboração Cesar Fonseca - Bacharel em Direito.




segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

EDUCAÇÃO AULAS ON LINE LEGENDADAS

 
 
Site brasileiro legenda cursos universitários on-line
ALEXANDRE ARAGÃO
DE SÃO PAULO
Para os alunos que têm conexão banda larga e computador, mas ainda não se sentem à vontade com aulas em inglês, o site brasileiro Veduca faz legendas para aulas de diversas universidades estrangeiras.
Criado pelo capixaba Carlos Souza, 32, engenheiro formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), o site reúne atualmente 5.040 vídeos de 12 universidades de Europa, EUA, Austrália e Brasil --por enquanto, a USP é a única brasileira que participa.
"A nossa população não fala inglês fluente", diz Souza. "Nosso propósito é democratizar o acesso." Ele e outros três sócios criaram a empresa em setembro de 2011. O site entrou no ar em março deste ano.
Após uma curadoria de conteúdo, na qual são escolhidos os vídeos que entrarão no site, uma empresa de legendagem é contratada para traduzir os vídeos. Também há um esquema de legendagem colaborativa, feita por 280 voluntários, mas todos os arquivos são revisados antes de ficarem on-line.
SETOR DOIS E MEIO
Três fundos de investimento em start-ups já fizeram aportes na empresa, entre elas a 500 Startups, dos EUA. A mais recente a investir no Veduca, em novembro, foi a incubador Mountain, com um aporte de R$ 1,5 milhão.
"A maior prova do nosso sucesso é que não houve nenhum investimento em publicidade", afirma Souza.
Ele considera o Veduca uma empresa do "setor 2,5" --empresas que pretendem ter lucro, mas que têm objetivo social.
Por enquanto, o site ainda não oferece certificados para os cursos. A ideia é que no primeiro semestre de 2013 isso passe a acontecer. O usuário que quiser receber diploma, terá que pagar uma taxa --os que não fizerem questão poderão continuar fazendo os cursos gratuitamente. "Há uma demanda reprimida por educação de qualidade.
 
Fonte:


Acesso em 03/12/2012

domingo, 2 de dezembro de 2012

HANDEL E SUA BELA MUSICA


Georg Friedrich Händel (1685-1752), um compositor alemão nascido na cidade de Halle, mas que viveu em Inglaterra na corte dos reis George I e George II, compôs também a sua oratória o Messias com textos ingleses retirados da Bíblia do Rei James I.


 
O Messias é uma oratória dividida em 3 partes. A estrutura da peça é a seguinte:
1ª parte - Profecias e Encarnação (Natal)
Vai dos números 1 a 21.
Acaba com 0 coro: "His yoke is easy, his burthen is light".2ªparte - Paixão e Ressurreição (Páscoa)
Vai do número 22 ao 44. Acaba também com um coro: o famoso "Aleluia".
3ª parte - Triunfo -(Pentecostes)


                                                                                                         Casa onde nasceu Handel



Vai do número 45 ao 53. Acaba com o coro: "Worthy is the lamb". Poderão ler o texto completo e ouvir este andamento mais abaixo.

Considera-se que os andamentos 1 a 18 são mais apropriados para o Natal, que os andamentos 19, 20 e 22 são andamentos de transição e que os restantes são adequados à Páscoa. Assim, esta obra tanto é normalmente executada no Natal como na Páscoa.

 

http://bonamusica.blogspot.com.br/2006/04/o-messias-de-hndel.html

A ARTE DO BRASILEIRO CÂNDIDO PORTINARI


BIOGRAFIFA


Filho de imigrantes italianos, Cândido Portinari nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda nas proximidades de Brodowski, interior de São Paulo. Com a vocação artística florescendo logo na infância, Portinari teve uma educação deficiente, não completando sequer o ensino primário. Aos 14 anos de idade, uma trupe de pintores e escultores italianos que atuava na restauração de igrejas passa pela região de Brodowski e recruta Portinari como ajudante. Seria o primeiro grande indício do talento do pintor brasileiro.
Aos 15 anos, já decidido a aprimorar seus dons, Portinari deixa São Paulo e parte para o Rio de Janeiro para estudar na Escola Nacional de Belas Artes. Durante seus estudos na ENBA, Portinari começa a se destacar e chamar a atenção tanto de professores quanto da própria imprensa. Tanto que aos 20 anos já participa de diversas exposições, ganhando elogios em artigos de vários jornais. Mesmo com toda essa badalação, começa a despertar no artista o interesse por um movimento artístico até então considerado marginal: o modernismo. Um dos principais prêmios almejados por Portinari era a medalha de ouro do Salão da ENBA. Nos anos de 1926 e 1927, o pintor conseguiu destaque, mas não venceu. Anos depois, Portinari chegou a afirmar que suas telas com elementos modernistas escandalizaram os juízes do concurso. Em 1928 Portinari deliberadamente prepara uma tela com elementos acadêmicos tradicionais e finalmente ganha a medalha de ouro e uma viagem para a Europa
Os dois anos que passou vivendo em Paris foram decisivos no estilo que consagraria Portinari. Lá ele teve contato com outros artistas como Van Dongen e Othon Friesz, além de conhecer Maria Martinelli, uma uruguaia de 19 anos com quem o artista passaria o resto de sua vida. A distância de Portinari de suas raízes acabou aproximando o artista do Brasil, e despertou nele um interesse social muito mais profundo.
Em 1946 Portinari volta ao Brasil renovado. Muda completamente a estética de sua obra, valorizando mais cores e a idéia das pinturas. Ele quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras. Aos poucos o artista deixa de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos. Ganhando nova notoriedade entre a imprensa, Portinari expõe três telas no Pavilhão Brasil da Feira Mundial em Nova Iorque de 1939. Os quadros chamam a atenção de Alfred Barr, diretor geral do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA).
 
A década de quarenta começa muito bem para Portinari. Alfred Barr compra a tela "Morro do Rio" e imediatamente a expõe no MoMA, ao lado de artistas consagrados mundialmente. O interesse geral pelo trabalho do artista brasileiro faz Barr preparar uma exposição individual para Portinari em plena Nova Iorque. Nessa época, Portinari faz dois murais para a Biblioteca do Congresso em Washington. Ao visitar o MoMA, Portinari se impressiona com uma obra que mudaria seu estilo novamente: "Guernica" de (Pablo Picasso).
 
Em 1951 uma anistia geral faz com que Portinari volte ao Brasil. No mesmo ano, a 1° Bienal de São Paulo expõe obras de Portinari com destaque em uma sala particular. Mas a década de 50 seria marcada por diversos problemas de saúde. Em 1954 Portinari apresentou uma grave intoxicação pelo chumbo presente nas tintas que usava.
MORTE
Desobedecendo as ordens médicas, Portinari continuava pintando e viajando com frequência para exposições nos Estados Unidos, Europa e Israel. No começo de 1962 a prefeitura de Milão convida Portinari para uma grande exposição com 200 telas. Trabalhando freneticamente, o envenenamento de Portinari começa a tomar proporções fatais. No dia 6 de fevereiro do mesmo ano, Cândido Portinari morre envenenado pelas tintas que o consagraram.
Seu filho João Candido Portinari hoje cuida dos direitos autorais das obras de Portinari.
 
OBRAS
Entre suas obras mais prestigiadas e famosas, destacam-se os painéis Guerra e Paz (1953-1956), que foram presenteados em 1956 à sede da ONU de Nova Iorque. Em novembro de 2010, depois de 53 anos, elas voltaram ao Brasil e foram exibidas no Teatro Municipal do Rio de Janeiro (Para saber mais, ver Guerra e Paz).
As telas Meninos e piões e Favela são parte do acervo permanente da Fundação Maria Luisa e Oscar Americano. Seu maior acervo sacro, entre pinturas e afrescos, está exposto na Igreja Bom Jesus da Cana Verde, centro da cidade de Batatais, interior de São Paulo, situada a 16 quilômetros de sua cidade natal, Brodowski. São 23 obras, incluindo 2 retratos:
 

  • Os Milagres de Nossa Senhora;
  • Via Sacra (composta de 14 quadros);
  • Jesus e os Apóstolos;
  • A Sagrada Família;
  • Fuga para o Egito;
  • O Batismo;
  • Martírio de São Sebastião.
  • Thierys Fernando B. S. Nascimento
Outras pinturas conhecidas de Portinari são:
  • Meio Ambiente;
  • Colhedores de Café;
  • Mestiço;
  • O Sapateiro de Brodowski;
  • Menino com Pião;
  • Lavadeiras;
  • Grupos de Meninas Brincando;
  • Menino com Carneiro;
  • Cena Rural;
  • A Primeira Missa no Brasil;
  • São Francisco de Assis;
  • Tiradentes;
  • Ceia;
  • Os Retirantes;
  • Futebol;
  • O Sofrimento de Laio;
  • Criança Morta;
  • Pipa.
  • Vila Santa Izabel
Em suas obras, o pintor conseguiu retratar questões sociais sem desagradar ao governo e aproximou-se da arte moderna européia sem perder a admiração do grande público. Suas pinturas se aproximam do cubismo, surrealismo e dos pintores muralistas mexicanos, sem, contudo, se distanciar totalmente da arte figurativa e das tradições da pintura. O resultado é uma arte de características modernas.
Uma das obras mais importantes de Portinari, O lavrador de café, foi furtada do segundo andar do Museu de Arte de São Paulo na madrugada do dia 20 de dezembro de 2007, em uma ação de três minutos, juntamente com o quadro Retrato de Suzanne Bloch, de Pablo Picasso. Estas obras foram resgatadas e restituídas ao museu dia 8 de janeiro de 2008, sem sofrer avarias.
HOMENAGENS E TITULOS
BIBLIOGRAFIA
  • Filho, Mário – A infância de Portinari, Edições Bloch, Rio de Janeiro - 1889.
  • Moreira, Marcos – A vida dos grandes brasileiros - Editora Três - 2010.
  • Drummond de Andrade, Carlos - Estive em casa de Candinho. In: Confissões de Minas. In: Poesia e prosa: volume único. 8ª ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. p. 1354-1356. (Biblioteca luso-brasileira. Série brasileira).
  • Andrade, Mário de. Portinari, amico mio: cartas de Mário de Andrade a Candido Portinari- Org., introd., notas Annateresa Fabris. Campinas, SP: Mercado de Letras, Ed. Autores Assoc.; Rio de Janeiro: Projeto Portinari, 1995. 160 p. (Coleção Arte: Ensaios e Documentos).
  • Bento, Antonio. Portinari- Apres. Afonso Arinos; pref. Jayme de Barros. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Léo Christiano, 2003, 396 p. Il
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  • Portinari, Candido. Poemas de Candido Portinari- Pref. Manuel Bandeira. Rio de Janeiro, RJ: J. Olympio, 1964. 105 p. il.
  • Livro das Virtudes para Crianças

Referências

  1. Portinari na internet e para todos. FAPESP. Página visitada em 3 de novembro de 2010.
  2. "Portinari, Candido (1903-1962)", 20 de dezembro, 2010.
Fonte: Wikipédia acesso em 2/12.2012