SIMPOSIO INTERNACIONAL PRINCIPIA
Hilary Whitehall Putnam |
De 12 a 15 de agosto de 2013 acontecerá em Florianópolis o
VIII Simpósio Internacional Principia apresentando o filósofo estadunidense
Hilary Whitehall Putnam, estudioso das filosofias da linguagem, da mente e da
ciência.
Realização múltipla da mente, conceito de funcionalismo e
teoria causal da referência são alguns enfoques da filosofia de Putnam.
Muitos de seus experimentos extrapolaram o mundo
acadêmico e filosófico, através de sites da internet pelo seu aspecto, no
mínimo, intrigante. Um deles, o Cérebro na Cuba, já foi objeto de um artigo
neste blog.
Cerebro na cuba |
Hoje, transcreverei da Wikipédia, o “A formiga que desenha
Churchill”, pois estou numa correria para realizar mil coisas que ainda nem
foram iniciadas e não queria deixar de
motivá-los para participar deste simpósio. Ai vai o texto:
A formiga que desenha
Churchill
No experimento mental sobre a formiga que desenha Churchill,
Putnam nos conta o cenário de uma formiga que está caminhando em um trecho de
areia. Conforme ela caminha, ela traça uma linha na areia. Por acaso a linha
que ela traça deixa um rastro de curvas e recrosses que acaba parecendo uma
caricatura da efígie Winston Churchill.
Putnam questiona retoricamente se a formiga realmente traçou na areia
uma foto do rosto de Winston Churchill. Podemos afirmar veridicamente que a
formiga criou uma imagem que retrata Churchill? Embora nós possamos reconhecer
a figura do estadista britânico, segundo Putnam, a maioria das pessoas, com uma
pequena reflexão, diriam que não podemos afirmar que a formiga procurava representar
tal personalidade.
A formiga criou uma imagem que
retrata Churchill?
A formiga, afinal, nunca viu Churchill, ou nem mesmo viu uma imagem de
Churchill, e podemos acrescentar a isto que ela não tinha a intenção de
retratar Churchill. Ela simplesmente traçou uma linha que podemos "ver
como" uma imagem de Churchill. Embora os rastros deixados pelo inseto
assemelham-se a ele, não podemos afirmar que a formiga procurava representar
tal personalidade.
Podemos expressar isso dizendo que a linha não é "em si"
uma representação de alguma coisa ao invés de qualquer outra coisa.
A semelhança com as feições do rosto de Winston Churchill não é
suficiente para fazer algo representar ou se referir a Churchill. Nem é
necessário formato grafico impresso "Winston Churchill", ou a palavra
falada "Winston Churchill", e muitas outras coisas são usados para
representar Churchill, apesar de não ter o tipo de semelhança com Churchill que
um imagem da formiga tem.
- Se semelhança não é necessária ou suficiente para fazer algo representar algo mais, como alguma coisa pode ser necessária ou suficiente para essa finalidade?
- Como representar uma coisa (ou elas representam, etc) com uma coisa diferente?
A resposta parece ser fácil. Suponha que a formiga tinha visto Winston
Churchill, e suponha que teve a inteligência e habilidade para desenhar uma
imagem dele. Suponha que a caricatura foi produzida intencionalmente. Então as
linhas na areia representariam Churchill.
Caso se interessem, a organização do simpósio está sob a
responsabilidade do Núcleo de Epistemologia e Lógica, juntamente com os
editores de Principia, e com o apoio do Programa de Pós-graduação em Filosofia
e do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hilary_Putnam
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