domingo, 28 de abril de 2013

REFLEXÃO SOBRE A ÉTICA

 

Paz!
 

    A  ética platônica  cria uma correspondência entre as três partes da alma,  tomando uma feição mais ou menos assim:
 
-  a alma sensual  requer, moderação, temperança;
-  a alma afetiva  demanda fortaleza, temperança;
-  e a alma racional reclama a prudência ou sabedoria. Da unificação e boa relação entre elas é que surge a Justiça, a quarta e fundamental virtude.
 
   Analisando essas virtudes, me deparei pensando no quanto o mundo seria melhor se as praticássemos em nossos meios. Tomando como modelo o Brasil, seria importante para o exercício dessa prática - da Justiça -,  que o respeito às Leis fosse praticado a começar pelos nossos representantes nos três poderes, muitos dos quais ajudaram a formulá-las.       
    
    Lamentavelmente, o que vemos são políticos e magistrados protagonizando tristes episódios de corrupção,  desvio de verbas, intimidação, abuso do direito e  do poder que receberam das mãos do povo, por ocasião da eleição, para administrar e gerir seus bens. Aliás, eles administram e gerem, mas em beneficio próprio. O enriquecimento ilícito é um fator da desconfiança do povo nos governantes.
 
  A conclusão que chego à partir desta análise é que falta-lhes (aos nossos governantes) as virtudes da  moderação, temperança e sabedoria e, desta forma  -  a Justiça, como emanação da boa relação entre  elas -, não pode existir.
 
  O que fazer? 
 
   Infelizmente, não é possível adornar os nossos políticos e nossos homens de poder com virtudes, pois estas são conquistas individuais.  Por isto,  a importância de cultuá-las e, mais , vivenciá-las no dia-a-dia nos lares, nas comunidades, na empresas de modo que pelo exemplo pessoal possamos aos poucos, modificar o cenário, criando novas formas de viver e ser feliz justamente.
 
 - Demorado,  difícil? -  Talvez.
 - Utópico? -  Pode parecer.
 - Inviável? - Não creio, pois já avançamos muito em relação ao passado e isto nos torna mais esperançosos.  E mais, além de Platão e, com muito mais autoridade do que ele, Cristo nos concitou a fazer a nossa parte e nos advertiu que seriamos julgados segundo o modo como a  executássemos. Portanto, mão à obras em prol de uma reforma interior que faça com que  resplandeça  a nossa luz!
 
  


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