terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ARTE CONTEMPORANEA DE DI CAVALCANTI

                                                                                                                             Suely Monteiro
 
          A História da Arte Brasileira tem em Di Cavalcanti um dos principais representantes.  Ele nasceu no Rio e Janeiro em l897 com o extensivo nome de Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, celebrizando-se, no entanto, com o diminuto e gentil nome de Di Cavalcanti.  Estudou direito, ilustrou o livro Carnaval de Manuel Bandeira e se eternizou na Vanguarda brasileira envolvido pelos fortes braços do Fauvismo e Cubismo.
           Sua obra reveste-se de reflexões de cunho social dedicando um grande espaço ao cotidiano da vida brasileira, retratando situações variadas com suas cores vivas e cuidados especiais na relação entre volumes e planos. Morreu no dia 26 de outubro de l976, no Rio de Janeiro.
Samba , 1925- óleo sobre tela.
 
 
           O quadro "SAMBA" foi pintado em 1925 e mostra um grupo de sambistas tendo ao fundo vários morros. Foi adquirida pelo marchand Jean Boghici, romeno, residente em Ipanema, onde em 2012, um incêndio que destruiu grande parte de seu acervo deixou somente os pés dos sambistas retratados pelo artista brasileiro. Segundo A Folha de São Paulo de 15/08/2012.
"No modernismo não há peça tão poderosa quanto essa. É a maior manifestação da cultura negra, e também feita por um artista negro."
Tadeu Chiarelli, diretor do Museu de Arte Contemporânea da USP, equipara a importância de "Samba" à tela "A Negra", de Tarsila do Amaral, uma das obras mais emblemáticas da arte nacional.”
"Essa tela tem uma monumentalidade", diz Chiarelli. "Tem o caráter do Brasil dentro do universo modernista." (Folha de S.Paulo,15/08/12 -edição digital).
               Na ocasião jornalistas e críticos de artes de manifestaram a favor de não se permitir obras relevantes para o acervo cultural brasileiro em mãos de particulares. O prejuízo de aproximadamente cinquenta milhões gerado pela destruição das obras é pequeno se comparado à perda efetiva da nossa arte.
 

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