quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

E OS FINS?


 Suely Monteiro


“Mas nem todas as coisas edificam”

 Paulo (I Coríntios, 10:23)

 

             Parece-me muito importante, as comemorações de final e início de ano. São ritos mobilizadores de ações em prol de mudanças em nossas vidas. Nessas ocasiões renovamos votos de amar mais, de ser mais generosos; compartilhamos, com os amigos frases que estimulam o bem, que aumentam a confiança; acreditamos que os outros estão mais disponíveis para recomeçar a caminhada de modo mais solidário e que a alteridade será final e definitivamente, eleita como a companheira do homem contemporâneo. Todavia, em geral, as mudanças são tão poucas e ocorrem tão lentamente que quase não se fazem perceptíveis.

               Trabalhamos, estudamos, nos divertimos sem parar para refletir sobre o sentido de nossas vidas.  Dançamos, seguindo a música que sugere que deixemos a vida nos levar. Mas, levar pra onde e para fazer o quê?  

              Emmanuel, num belíssimo texto, comentando sobre a epístola de Paulo (Coríntias 10:20) nos fornece um roteiro de ação capaz de produzir mudanças mais efetivas. Para começar, ele nos concita a analisar o sentido de nossas vidas e nos propõem a partir da análise a formular novas diretrizes com bases no fortalecimento das propostas de renovação com base no aprimoramento espiritual.

            Na verdade, é fato que precisamos estudar, trabalhar e ganhar dinheiro para nos mantermos no mundo em que estagiamos temporariamente. Contudo, mostra-nos ele, que devemos focar nos valores que poderemos levar conosco ao retornar à verdadeira Pátria, o mundo espiritual, de onde saímos com projetos de renovação intimas para ser executado no nosso estágio na matéria. Assim sendo, não basta agirmos como bons cidadão aos moldes do mundo moderno, ou seja, que não pratica o mal; é muito importante praticarmos o bem.  Há, no dizer de Emmanuel,


“Muitas aflições e amarguras nas oficinas do aperfeiçoamento terrestre, porque os seus servidores cuidam, antes de tudo, dos ganhos de ordem material, olvidando os fins a que se destinam. Enquanto isso ocorre, intensificam-se projetos e experimentos, mas falta sempre a edificação justa e necessária"  (Pão Nosso,28).


               O ano de 2014 se apresenta com muitas oportunidades para nós de ajudarmos a construir um mundo melhor e de nos auto modificarmos. É um ano em que nós brasileiros recepcionaremos companheiros de várias partes do mundo para a participação nos jogos olímpicos, ano eleitoral e, portanto, ano para pararmos e pensarmos nas atitudes ponderadas que precisamos ter para que esses eventos ocorram de forma tranquila e que seus fins sejam atendidos a contento. Além disso, as obras sociais nos convidam a colaborar, tanto quanto nos chamam os labores em prol do meio ambiente. Atitudes de mudanças nos hábitos assumindo forma mais modesta de viver compartilhando com os menos favorecidos o que possuímos, dedicar algum tempo às reflexões antes de agir, certamente, são modos de garantir a nossa mudança e atender à finalidade da vida espiritual. Afinal, é sempre bom lembrarmos que não somos seres materiais vivendo temporariamente a vida espiritual, somos seres espirituais em breve jornada na vida material. Assim, a pergunta E os Fins? além de pertinente, é urgente.
 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

ARTE CONTEMPORANEA DE DI CAVALCANTI

                                                                                                                             Suely Monteiro
 
          A História da Arte Brasileira tem em Di Cavalcanti um dos principais representantes.  Ele nasceu no Rio e Janeiro em l897 com o extensivo nome de Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, celebrizando-se, no entanto, com o diminuto e gentil nome de Di Cavalcanti.  Estudou direito, ilustrou o livro Carnaval de Manuel Bandeira e se eternizou na Vanguarda brasileira envolvido pelos fortes braços do Fauvismo e Cubismo.
           Sua obra reveste-se de reflexões de cunho social dedicando um grande espaço ao cotidiano da vida brasileira, retratando situações variadas com suas cores vivas e cuidados especiais na relação entre volumes e planos. Morreu no dia 26 de outubro de l976, no Rio de Janeiro.
Samba , 1925- óleo sobre tela.
 
 
           O quadro "SAMBA" foi pintado em 1925 e mostra um grupo de sambistas tendo ao fundo vários morros. Foi adquirida pelo marchand Jean Boghici, romeno, residente em Ipanema, onde em 2012, um incêndio que destruiu grande parte de seu acervo deixou somente os pés dos sambistas retratados pelo artista brasileiro. Segundo A Folha de São Paulo de 15/08/2012.
"No modernismo não há peça tão poderosa quanto essa. É a maior manifestação da cultura negra, e também feita por um artista negro."
Tadeu Chiarelli, diretor do Museu de Arte Contemporânea da USP, equipara a importância de "Samba" à tela "A Negra", de Tarsila do Amaral, uma das obras mais emblemáticas da arte nacional.”
"Essa tela tem uma monumentalidade", diz Chiarelli. "Tem o caráter do Brasil dentro do universo modernista." (Folha de S.Paulo,15/08/12 -edição digital).
               Na ocasião jornalistas e críticos de artes de manifestaram a favor de não se permitir obras relevantes para o acervo cultural brasileiro em mãos de particulares. O prejuízo de aproximadamente cinquenta milhões gerado pela destruição das obras é pequeno se comparado à perda efetiva da nossa arte.
 

PARA LEMBRAR:


RELAÇÃO DE AFIGURAÇÃO

 A forma de afiguração é  constituída por um conjunto de elementos que compõem a proposição. Para Wittgenstein, a linguagem e a realidade são isomorfas.
Significa dizer que os mesmos elementos que compõem a figura compõem a realidade. 
 
 
À conexão entre forma e realidade ele chama de Relação de Afiguração e o seu estudo deve ser vinculado à psicologia, pois na sua primeira fase, época em que escreveu o Tractatus Logico-Philosophicus (único livro publicado em vida e escrito na época em que era soldado durante a Primeira Guerra Mundial - l918) , Wittgenstein buscava e validava apenas as expressões com significado. Tudo o mais deveria pertencer ao estudo da psicologia. 
É  bom lembrar, também, que para este filósofo, a linguagem não tem como função revelar o nosso pensamento. 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

OBJETOS DE IMAGINAÇÃO


     Para Husserl, citado por Julián Marías, existe três sentidos para consciência: ... “

a) O conjunto de todas as vivencias, ou seja a unidade da consciência;

b) O sentido que se expressa ao dizer ter consciência de uma coisa, o dar-se conta: se vejo uma coisa, ver é um ato da minha consciência (no primeiro sentido), mas se me dou conta do ver, tenho consciência (no segundo sentido) de tê-la visto.

c) O sentido da consciência como vivencia intencional.” (História da Filosofia, pág. 42).

        É com este sentido de vivência intencional, que aponta para o objeto, Husserl afirmará que mesmo os objetos de imaginação trazem consigo objetos fenomenais.  Ou seja, os objetos da imaginação, (não tem importância se não existam de fato), na qualidade de objeto intencional tem vida fenomenológica, como “não-objeto-real, constituída pela consciência uma vez que é a percepção como tal que possibilita compreender o objeto como existente.

Bibliografia:

MARÍAS, Julián. História da Filosofia. Ed. Martins Fontes. São Paulo-SP. 2004.    

POESIA : REFLEXÕES EM VERSO.

 

Astênio Evangelista de Oliveira
 
 
O dia é composto de horas, de minutos;
Os segundos compõem a eternidade.
Cada ato determina o futuro,
Projetando sua sombra ou claridade.

Veja o que fazes do seu tempo;
O tempo deve gerar sabedoria;
Se o gastas em meros passatempos;
Não reclames da colheita de agonia.

Não te preocupes tanto, em demasia;
Com o futuro que te espera, lá na frente.
Atue agora, sendo fonte de alegria,
E sorrirás, dando exemplo a muita gente.

A vida não exige tanto dos viventes;
Apenas espera que cada um,
Realize, responsável, a sua parte,
Pois sem trabalho, não se vai a lugar algum.

Agradeço a você, amigo Astênio,  sua participação no meu Blog.

ARTE: PINTURA.

                                                     COLONAS - DI CAVALCANTI

domingo, 10 de novembro de 2013

COMO SERÁ O AMANHÃ?



          Suely Monteiro

         O Mundo caminha a passos largos para o futuro. Ninguém pode deter o progresso e a despeito de muitas previsões de final do mundo de maneira trágica, como por exemplo com guerras nucleares e/ou biológica antes mesmo do ano de 2020, as previsões cientificas seguem, também, projetando um futuro com grande consumo energético por parte da população que continuará crescendo desrespeitando o uso das pílulas e dos muitos países com leis favoráveis ao aborto.

           Espera-se que em 2020 a população mundial esteja se aproximando da casa dos 8 bilhões de habitantes o que requererá mais habitação, transporte e energia. O aumento da população gera necessidade de aumento de transporte, de moradia, de mudanças na direção da condução das questões da imigração, gera aumento dos crimes internacionais e interdependência financeira entre países e nações. Uma outra questão muito grave é a da auto sustentação em relação à agua e à energia elétrica. 

          A economia movida a queima de produtos, como carvão, gás e petróleo que hoje prepondera, em 2020 estará à beira de ser sepultada, pois uma nova perspectiva se faz anunciar com o desenvolvimento de tecnologias capazes de retirar energia do vento, da terra e do sol e espera-se que até lá esteja muito mais desenvolvida e em utilização progressiva. A grande dificuldade que os países enfrentam para a substituição é econômica. A Alemanha está investindo muito dinheiro em energia eólica marítima, mas ainda assim, está longe de conseguir sua auto sustentação energética.

          Segundo nos informa Lesner Brown em seu artigo: “A Economia Mundial de Energia em 2020,

 

 “... o desenvolvimento de 5,3 mil megawatts de capacidade de geração de energias não-renováveis no mundo até 2020 – mais da metade decorrente do vento – seria mais que suficiente para substituir todo o carvão e petróleo e 70% do gás natural utilizado para gerar eletricidade. A adição de cerca de 1,5 mil giga watts de capacidade de aquecimento térmico até 2020, quase dois terços em virtude de aquecedores solares de telhado, diminuirá em muito o uso de petróleo e de gás para aquecimento de prédios e de água.

Ao olhar as grandes mudanças de 2008 para a economia energética do Plano B de 2020, a eletricidade gerada por combustíveis fósseis cai mais de 90% no mundo todo. Isto é mais que compensado pelo crescimento em cinco vezes da eletricidade gerada de forma renovável. No setor de transportes, a energia vinda de fósseis recua em torno de 70%”.

 

              A substituição, segundo Brown, será gradual iniciando-se com a substituição dos carros e trens movidos a gasolina por híbridos movidos, quase que totalmente por eletricidade. As casas, também terão iluminação, refrigeração e aquecimento efetuados por eletricidade renovável sem carbono.

 

          Mudanças maiores ocorrerão, naturalmente, por volta do ano de 2050 quando o mundo acobertará uma população de 9,731 bilhões de habitantes  segundo um estudo bienal do Instituto francês de Estudos Demográficos (INED) republicado no jornal online Novo Hamburgo em 24 de outubro de 2013.

De acordo com o jornal referenciado, o pais que mais concentrará população em 2050, será a África com 2,435 bilhões de habitantes, o que representa quase o dobro da população atual. Ainda de acordo com o estudo publicado pelo INED,

“... a Europa Continental será a única a registrar uma queda da população que passará de 740 milhões de habitantes em 2013, para 726 milhões em 2050. A América vai superar 1 bilhão de habitantes em 1050; a Ásia dará um saldo de 4,305 bilhões de habitantes em 2013 para 5.284 em 2050; e a Oceania vai progredir de 38 para 58 milhões prevê o Instituto.

Atualmente, o "G7", grupo dos países populosos do planeta, é composto por China (1,360 bilhão de pessoas), Índia (1,276 bilhão), Estados Unidos (316,2 milhões), Indonésia (248,5 milhões), Brasil (201 milhões), Paquistão (190,7 milhões) e Nigéria (174,9 milhões).Em 2050, a classificação dos países mais populosos deverá ser bastante diferente, com a Índia à frente (1,650 bilhão) seguida de China (1,314 bilhão) e Nigéria que, com 444 milhões de habitantes, vai superar os Estados Unidos (400 milhões)” .  (Jornal online Novo Hamburgo, em24/10/13).

 

          A Organização das Nações Unidas – ONU -  conforme artigo: “População Mundial chegará a 9,6 Bilhões de Pessoas em 2050”, publicado no Jornal online Cenário MT, descreve três possíveis cenários populacional até 2050, ou seja, crescer medianamente e chegar a 9.306.128 habitantes, ir além e alcançar a marca de 10.614.318 ou, ainda poderá haver um decréscimo o que baixaria a expectativa para 8.112.191 habitantes.

        Espera-se uma redução da taxa de mortalidade infantil e de velhos e que a população de idosos acima de 65 anos ainda estará ativa e competindo no mercado de trabalho com a população jovem.

       Estima-se que haverá um crescimento da média de vida com boa qualidade, para 82 anos, graças aos avanços da ciência e da tecnologia, como a medicina preventiva, transplantes, uso de células troncos, nanotecnologia e alimentação balanceada, produzida e armazenada segundo técnicas seguras.

         Os estudos mostram, ainda, que a economia mundial crescente e o aumento da renda da população demandará maiores consumos de bens e de transporte, exigindo o aumento de indústria com altas tecnologias e grande consumo de energia, mas a principal fonte será de energia limpa, e para tanto espera-se:

 “1. Implementar soluções renováveis, especialmente através de sistemas de energia descentralizados 2. Respeitar os limites naturais do meio ambiente 3. Eliminar gradualmente fontes de energia sujas e não sustentáveis 4. Promover a Equidade na utilização dos recursos 5. Desvincular o crescimento econômico do consumo de combustíveis fósseis. 

 

         Como os estudos acima nos mostram, a energia renovável que ainda, nos próximos trinta anos, não estará entre as primeiras opções de utilização, em função do alto custo para a sua obtenção, será elevada à categoria de preferencial em 2050, e com o uso racional, contribuirá para o bem do ecossistema. Isto acontecerá em função da redução em 50% do nível de CO2, em relação aos níveis de 1990.

 

CONCLUSÃO

 

        Ao deixar para traz as fontes energéticas destruidoras da camada de ozônio e, passando operar com energia limpa, cria-se a boa expectativa de  que os comportamentos sociais sejam diferenciados nestes quase dez bilhões de novos habitantes do planeta terra, que, enterrando junto com os dejetos energéticos do passado, o orgulho e a vaidade pessoal e das nações, faça surgir  um novo um mundo mais harmônico, com menos violência, mais aceitação das diferenças que continuarão a existir; que sejam aniquilados os preconceitos de raça, sexo, social e cultural; que surja uma medicina preventiva e rica em procedimentos reduzidores de sofrimentos e incapacitações físicas, mentais e psicológicas; que os avanços da tecnologia favoreçam as comunicações virtuais, mas que voltem a prevalecer os contatos pessoais e o amor frutifique nos corações.

          Sou bastante otimista quanto ao futuro e, como sou reencarnacionista, desejo ao voltar, encontrar um mundo bem melhor do que o atual. Pelo menos, estou trabalhando para que Assim seja.

      

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A AUTENTICIDADE SARTREANA.


           Suely Monteiro

         Jogado no mundo como um projeto condenado a se realizar, o homem é livre para fazer escolhas, é o único responsável pelas escolhas que faz e, à medida que faz escolhas vai se construindo como pessoa.

         Desta forma, e diferentemente, do ser potencial que se atualiza, na concepção  Aristotélica, para Sartre o ser é somente aquilo que é, e mais nada. A este ser que apenas é, ele chama de ente-em-si e o contrapõe ao ser especificamente humano que é o ente-para-si. O ente-para-si não tem a plenitude do ente-em-si. Ele é um espaço sem nada, “aberto”, às múltiplas possibilidades.  Com este entendimento, Sartre faz do nada a principal característica humana e, consequentemente,  se impossibilita de falar da existência humana como uma coisa universal, entendendo-a somente como uma condição humana.

           Voltando às escolhas, para Sartre, se cabe ao homem fazer escolhas e adotar comportamentos auto realizadores, auto constituidores, cabe a ele, também, respeitar os limites do outro, ou dizendo de outro modo, ele não pode fazer o que quiser, pois existem obstáculos que precisam ser superados (situação) ao longo do tempo, na busca da sua construção a partir do projeto. Portanto, para Sartre Projeto, Liberdade, Situação e Responsabilidade são vigas estruturadoras da realidade do homem, da mesma forma que para ele, a existência precede a essência, na medida em que o homem só se realiza através da existência e o desvelamento da sua essência está subordinada à sua realização.

           Por tudo o que foi dito, a busca constante de si mesmo, a autoconstrução, o caminhar em direção à realização é o que se pode considerar como autenticidade no sentido sartreano, pois se é verdade que para Sartre a autenticidade é adquirida de vez, em bloco, não é menos verdadeiro que ele considera que é preciso inventá-la a cada minuto novo, a cada nova situação, do mesmo modo que o homem se realiza, no mundo, de minuto a minuto a cada escolha. 
 
          É importante considerar, nesta análise, que a autenticidade não apenas, livra o homem de ser inautêntico, de não realizar o seu projeto, como também, lhe confere a responsabilidade pelo seu modo de agir e de construir –se como pessoa.
        
          Todavia, e isto é uma questão bem pessoal,  este modo de compreender a autenticidade vinculada ao modo de agir, de se autoconstruir, também  favorece o desenvolvimento do egoísmo, do individualismo, uma vez que, se o homem  não pode acusar Deus, a família e o Estado pelas consequências de suas escolhas, ele se desobriga de ajudar, de colaborar com o outro, porque vê nas escolhas do outro, os seus desejos de realizar sua essência e entende que não deve interferir. O amor solidário poderia virar uma opressão.
 
 

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Em algum lugar do passado.

                            Suely Monteiro

Nós e o amor.
                 Nessa nossa vida corrida em que vivemos correndo mundo, as fotos se acumulam e muitas vezes, não fazemos  a menor ideia de onde estávamos e em que tempo.
                Achei por acaso esta foto minha e de Charles e não consigo identificar o lugar, mas sei, com certeza , que estávamos felizes. Aliás, na maior parte do tempo estamos felizes. Temos muitas afinidades que sustentam as nossas diferenças e o amor que dedicamos um ao outro é a grande carta no baralho de nossas vidas.
           O tempo passa, vamos envelhecendo e, no entanto, quando olhamos um para o outro, enxergarmos a frescura do amor nos revitalizando a alma, nos aprimorando as atitudes, nos elevando nos conceitos mútuos, nos fazendo parte e nos constituindo como ser.
 
             A vida tem sido um premio para nós, e da minha parte, confio que continuará assim, enquanto eu puder sentir seus braços  envolvendo meu corpo em suaves caricias e ouvir seus lábios sussurrarem que eu sou a sua amada.
Eu,  dez anos mais jovem.
Engraçado, pois, normalmente, sou contida em falar dos meus sentimentos em público. Mas, hoje, ao entrar no quarto e encontrá-lo calmo, tranquilo, fazendo suas anotações em seus blogs, mas uma vez me dei conta da força do amor que nos une e resolvi dizer ao mundo inteiro o quanto isto é bom.
           Acontece, também, que tenho acompanhado muitas criticas e reclamações que circulam na rede, dando-nos a sensação de que o amor está "saindo do ar " .
          Para muitos corações que se isolam em relações superficiais e fugidias, ele parece distante, inalcançável. E, no entanto, ele está tão próximo de mim, ou melhor, ele   preenche  a minha  vida e os  meus ambientes  pessoais com tanta intensidade que considero uma descortesia não compartilhar com todos vocês, meus amáveis leitores, a certeza de que é possível ser feliz, de  que é possível amar e ser amado, de que é possível viver uma relação segura e duradoura, ainda que a mídia e as redes sociais insistam em nos dizer o contrário.
           O amor, para mim,  continua sendo um sentimento contagiante e abrangente e, espero contribuir com esta minha declaração, para que ele alcance, também, o seu coração, fazendo-o vibrar em ternas ondas e tornando, aos seus olhos, o mundo melhor.
 
           Quando a energia do amor  começar a circular mais intensamente nos lares, nas redes sociais, nas rodas de amigos, ela promoverá  mudanças muito mais rapidamente do que as reclamações tem conseguido promover. Por isto,  sugiro delicadamente a você leitor:
 
 
                            Pense o Bem, sinta o Bem, Viva o Bem !
                                         SEJA, SEMPRE, FELIZ.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

TRATADO SOBRE OS PRINCIPIOS DO CONHECIMENTO HUMANO


                                                          RESUMO

David Hume Tratado sobre os Princípios do Conhecimento Humano. Os Pensadores. Tradução de Antonio Sérgio et al. Páginas l35 -137. 2ª. ed. São Paulo. Abril Cultural. 1980.

 

Nesta obra Hume descreve seus estudos sobre a natureza humana. Inicia a  primeira seção falando sobre as várias filosofias dentre elas a filosofia fácil e a profunda pouco aceita pelo mundo por não contribuir em nada para o deleite das sociedades. Hume constata que o homem possui de um lado impressões a que ele dá o sentido de percepções e, de outro, idéias. As  primeiras são mais  fortes e vivas do que as segundas que são cópias das percepções,  e delas provém todo o material do pensamento e a vontade da mente só é exercida sobre as maneiras de articulá-las. Para ele toda idéia é copiada de alguma impressão ou sentimento anterior e quando dizemos que um objeto está ligado a outro, na realidade o que ocorre é que estabeleceu uma conexão entre ambos no nosso pensamento.  Ele relaciona três princípios para fazer as conexões entre as idéias, a saber: semelhança, contigüidade de tempo ou lugar e causa e efeito os quais são os únicos laços que ligam nossos pensamentos entre si e engendram a cadeia regular de reflexão ou discurso que em maior ou menor grau está presente em toda a humanidade. Ele divide todos os objetos de investigação humana em relações de idéias e questões de fato. Em relações de idéias estão englobadas as ciências exatas ou toda demonstração que seja intuitivamente correta. As questões de fato ele considera mais complexas por implicar inferências e em contradições. Levanta várias hipóteses e termina por relacioná-las às relações de causa e efeito. E quanto a causalidade, para ele,  não existe senão o peso do hábito e da experiência pessoal. 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A Responsabilidade Individual na Garantia de um Estado Democrático


 


Suely Monteiro


                O contrato social é um pacto, um veículo de livre transferência dos direitos dos indivíduos ao soberano ou a um grupo de pessoas, com base na garantia de segurança.  É a base do Estado Moderno.


                Sua linha norteadora advém das filosofias de Hobbes e de Locke, ou seja, do Absolutismo e do Liberalismo, tomando características mais ou menos diferenciadas conforme a tendência para seguir um ou outro pensador.


               Hobbes fundamenta sua teoria no convencionalismo ético e no pessimismo antropológico, caminhando na contramão de Locke que é mais confiante em sua visão do homem.


               Enquanto Hobbes concebe o cidadão, no estado civil, como despido de qualquer dos direitos naturais que tinha antes, conservando somente os direitos civis, que estão à disposição do soberano para a melhor manutenção da paz, Locke diz que os direitos naturais seguem existindo, representando seu conteúdo um limite natural para a soberania e sua efetivação o fim último do governo.
 

                Hobbes pensa a partir do individuo. O todo é concebido como uma solução provisória. Para ele, a luta por reconhecimento e poder continua sendo fundamental nas relações humanas, não apenas no âmbito econômico, mas também, no âmbito psicológico. Para ele, isto é factível de verificar nas relações em comunidades, entre cônjuges e entre pais e filhos.


                  Todavia, para além do fato de priorizar esta ou aquela visão é importante lembrar que os aprimoramentos de ambas as filosofias propiciaram, ao longo dos séculos, várias mudanças no cenário político, favorecendo o surgimento da democracia.


                No que toca ao Brasil, a inserção da expressão Estado Democrático de Direito na Constituição de 1988, orientou o constituinte para uma visão menos individualista de Estado, provocando maior participação dos componentes individuais, “em uma perspectiva ascendente” (Zimemermanna, 2002, pg. 109), citado por Julia Maurmann Ximenes.


                 É bom que tenha ocorrido desta maneira. Todavia, não é o suficiente.
 

                 O que sobressai no momento atual é o fato de que o cidadão brasileiro comum ao depositar o seu voto na urna não se sente seguro de que seus direitos serão defendidos, protegidos.


                   A igualdade e a segurança, garantias presumidas em Lei, estão distantes de alcançar o “status” de realidade. As minorias continuam não sendo contempladas nas resoluções tomadas e a insatisfação com os abusos nas políticas governamentais brotam em manifestações que, muitas vezes, a força poderosa do Estado contém, mas não elimina, pois não tem poder de resolução das questões que as originaram.


                    As longas filas para as consultas, a deficiência de moradia, os medos que invadem os corações daqueles que precisam sair de casa cedo ou voltar tarde e a educação à beira da falência, a corrupção e a impunidade são provas incontestes de que muita coisa precisa ser feita  e de que o cidadão precisa estar cada vez mais, motivado para participar, ativamente, de ações que ajudem a mudar o rumo da sociedade constituída, porém com outras estratégias.


               Parece mais do que provado que a violência não tem força para coibir abusos ou garantir mudanças promissoras. Vivemos em sociedade e devemos respeito uns aos outros.


              Estamos às vésperas de ano eleitoral, analisar bem as fichas dos candidatos, antes de decidir em quem votar,  é um caminho que  ajudará a coibir  alguns  abusos e, consequentemente, concorrerá para avançar na concretização das promessas que fomentaram o pacto social. É, também, um ato que imprimirá na sociedade a marca de nossa participação responsável no processo do seu engrandecimento.

           A braços com a paz!

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

História da Arte: Arte Renscentista.


A Virgem do Rochedo
Suely Monteiro

                 Contextualizando, sumariamente, a arte renascentista, surge no ambiente remanescente da abertura dos portos, dos avanços científicos da astronomia e da medicina, que passou a construir castelos e a contratar pintores para fazer retratos e quadros ornamentais para seus ambientes. 
                  Notável que a  revalorização da cultura Greco-romana traz junto o preconceito que existia contra os artistas que, na Grécia, eram considerados de categoria inferior, por trabalhar com as mãos. Todavia, segundo Gombrich, em  A História da Arte (2009), que mais uma vez é o amor à fama, por parte dos mecenas, que ajudará os artistas e vencerem este preconceito.
                 De que forma isto acontece?
                 Algumas cortes precisavam de prestigio e começaram a contratar os artistas que passaram, então, a ter outra opção de trabalho fora da Igreja, a ser reconhecidos e valorizados profissionalmente, pois podiam expandir sua criatividade não se restringindo somente a pinturas sacras. 
                 A arte renascentista tem seu diferencial na  revalorização da cultura Greco-romana, conforme mencionado acima,  e, também, na valorização do homem, de sua inteligência, dos dons artísticos e na valorização da natureza.
A Virgem do Rochedo - Leonardo da Vinci
                A Itália foi o seu berço e ofereceu ao mundo grandes artistas, mas nos fixaremos em Leonardo da Vinci que, junto com Rafael e Michelangelo, é um grande representante da arte da renascença. Fayga Ostrower (2003), falando sobre a Madona dos Rochedos, diz que "Da Vinci usa movimentos ritmos em linhas cruzadas como se fossem melodias com variações".
               Outra característica, segundo ela, dessa obra de Da Vinci "é a justa medida do conjunto e da composição". A luz não incide sobre as figuras. Não as ilumina, mas fornece a impressão de que ela irrompe das mesmas. O volume, também é outra inovação do mestre renascentista. No quadro Da Vinci pinta a Madona com gestos singelos, abençoando o anjo e este cobre e protege o Menino Deus, enquanto aponta para São João Batista. É nos dedos e nos cabelos da Virgem e dos santos que os movimentos falados por Ostrower se faz mais claros. Os tons claros e escuros fornecem um ar misterioso à caverna ornamenta com flores e com rochedos visíveis ao fundo. A obra é delicada, gentil e humanamente santa.


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Reflexões sobre a oração: a arte de tornar tudo Belo.

Suely Monteiro 


Eu queria muito saber fazer poema, pintar ou escrever contos...
Mas, não fui dotada ou não desenvolvi sensibilidade para produzir o belo.
Sei apreciá-lo e isto me faz muito feliz.
Olho ao meu redor e a beleza me enternece...

Vejo-a nas plantas, nas flores, no céu, nos animais;
Vejo-a nas atitudes gentis e amáveis das pessoas bem resolvidas na vida;
Vejo-a naquelas que, recebendo pedradas, perdoam.

Vejo beleza nas crianças tranquilas e nas que fazem birra para chamar a atenção...
Vejo o belo nos corações daqueles que exibem suas dores ao mundo como se fossem grandes troféus, pois compreendo que estão compartilhando o melhor que possuem e,  se é verdade que seus comportamentos desgastam os que lhes dividem a estrada, não é menos verdadeiro que servem de modelos a não serem seguidos.


Mas, onde a beleza mais me encanta é no silencio do coração que ora.

Diante dela me inclino humilde, pois a luz que esse coração emana é como um raio que atinge a minha alma e dobra minha vaidade, meu orgulho até que ficam bem pequeninos e quase somem...

Diante de um coração que ora fico leve, elevo altos voos atraída, qual mariposa, pela luz.

Esqueço do mundo e da sensação de existir, para, somente muito tempo depois, me dar conta de que também, estou orando, e do quanto a paz da minha consciência tranquila supre as faltas que sinto por não possuir das belas artes, a arte de fazê-las.

domingo, 1 de setembro de 2013

IGOR SAVITSKY: Salvador da Arte Russa Contemporânea

Suely Monteiro



Euzinha, num dia especial.
Hoje, a saudade bateu no meu coração. Saudade de minha infância, dos brinquedos que eu fazia com barros e pequenos vegetais, dos livros que eu tomava emprestado na biblioteca do bairro e, sobretudo, da solidariedade que reinava entre meus irmãos e eu, naquela distante cidade do interior de Minas Gerais. A cidade, não oferecia recursos para o crescimento sócio cultural dos seus jovens e, assim os pais que tinham dinheiro enviavam seus filhos para estudarem no Rio. Eu, no entanto, precisava permanecer ali, mas, o desejo de estudar, de saber mais era meu mais fiel companheiro e me estimulava a vasculhar a biblioteca em busca de livros sobre diversos assuntos tais como Filosofia, Literatura, Arte.  Mas, especialmente, eu gostava de ler biografias e me identificar com os biografados.



Igor Savitsky
Ainda não perdi a mania de ler biografias, e hoje quero dividir com vocês um pouco sobre o artista, colecionador e arqueólogo Igor Savitsky.  Ele nasceu em berço esplêndido, renunciou à sua origem  aristocrática para sobreviver ao regime stalinista  e refugiando-se na solidão do deserto, no trabalho paciente de pintar e descobrir as grandezas escondidas debaixo das areias, conseguiu, desafiando a própria sorte, salvar das mãos desrespeitosas de Josef Stalin uma coleção de arte que hoje nos trazem prazer aos olhos e enchem nossos corações de gratidão, pois se há mãos que matam, há mãos que acariciam e salvam convidando-nos à reflexão de que existem caminhos diferentes e diferentes modos de existir, mas que a escolha, sempre, será nossa!

A vida de Savitsky é uma epopeia em favor do artista e da arte contemporânea. Percorreu, ele, milhares e milhares de quilômetros de estradas, “vasculhando” lares e armários de artistas e familiares de artistas em busca de suas composições que comprava e guardava, cuidadosamente, na garagem de sua casa, esperando um dia poder construir um templo para abrigá-las. Tapetes, máscaras, roupas, joias, moedas, quadros foram adquiridos apenas com a promessa de que um dia ele as pagaria. E consta que ele pagou.

Audacioso e dono de uma obstinada vontade Savitsky angariou recursos, por vias indiretas, do próprio governo russo e ergueu, no deserto de Uzbequistão, na República de Karakalpaquistão, o Museu de Arte de Nukus, templo das artes proibidas que Moscou tentou, em vão, sufocar; arte que mostrava a distância entre a vida real do povo e as imagens de operários sorridentes, com seus capacetes e instrumentos de trabalho mostradas pelo opressor como símbolos de gente feliz, de povo satisfeito.


Museu de Arte de Nukus em Uzbequistão
Graças à sua sensibilidade e persistência conhecemos hoje nomes e obras que estavam destinados a desaparecerem em função da vaidade dos dirigentes de uma nação que não amava igualmente a seus filhos, mas que exigia deles sangue e vida para que alguns pudessem se manter no pedestal erigido pelo orgulho. Mas, como os fatos valem mais do que mil palavras ai está  uma foto do museu e do "Schindler do Deserto".
Assim que eu me acostumar com o meu novo ultrabook acrescentarei algumas das imagens preservadas que foram preservadas nesse museu. Por enquanto, não estou conseguindo postá-las.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

POPPER E A QUESTÃO DA INDUÇÃO


SUELY MONTEIRO

                 A questão que se coloca é quanto à posição de Popper em relação à inferência indutiva na prática cientifica e, este trabalho defenderá a tese de que ele é radicalmente contrário à sua validade.  Para isto, portanto, é preciso esclarecer, inicialmente que por inferência indutiva entende-se a prática da ciência empirista, baseada na repetição dos fatos observáveis para alcançar às leis, de modo generalizado. Ou como no dizer do próprio Popper citado por Silveira (Silveira, 1994, pg. 200):

“É comum dizer-se “indutiva” uma inferência, caso ela conduza de enunciados singulares (...), tais como descrições dos resultados de observações ou experimentos, para enunciados universais, tais como hipóteses ou teorias.”  

               Na concepção de Popper esta é uma maneira equivocada de proceder cientificamente, e ele se opõe a ela radicalmente, alegando dentre alguns de seus muitos argumentos que

Está longe de ser óbvio, de um ponto de vista lógico, haver justificativa   no inferir enunciados universais singulares, independentemente de quão numerosos sejam estes; com efeito qualquer conclusão colhida desse modo sempre pode revelar-se falsa; isto não justifica a conclusão de que todos os cisnes são brancos” (Silveira, pág. 200 .1994).

                   Ou seja basta um dado, neste caso, o aparecimento de um único cisne não branco para a teoria perder a validade abrir campo para novas perquirições. Ou dizendo de outro modo, tanto a indução repetitiva que se baseia em observações de fatos muito bem observados para daí concluir uma teoria, quanto a indução eliminatória que, aparentemente se aproxima da posição de Popper, mas que difere dela na medida em que é impossível eliminar, indefinidamente, toda teoria rival e firmar uma verdade única é carente de validade cientifica.  No entendimento de Popper as observações não são puras. São mescladas dos pressupostos e teorias com as quais os cientistas se harmonizam e, à partir delas, fazem testes que as confirmam ou não.

                      Por outro lado, a posição de Popper em relação aos problemas da indução, e consequentemente, de verificação, também não se assemelha às dos céticos uma vez que ele não suspende juízo de valores diante de duas teorias com igual valor de verdade e aceita que uma teoria pode “ser mais verdadeira do que a outra sem que jamais se possa afirmar estar-se contemplando a verdade finalmente desvelada”. (Lacoste, 1998, pg.71).

                     Popper tem uma posição que aproxima de certo modo, ciência e metafísica na medida em que aceita o conhecimento cientifico como um saber não somente objetivo, mas também, conjectural, possível de ser refutável. Fazer ciência implica uma dose de imaginação criadora, de capacidade de gerar hipóteses.

                     Também para Targa a postura de Popper é radicalmente contrária à inferência indutiva na prática cientifica na medida em que afirma que

“...nenhuma teoria pode ser considerada verificada ou definitivamente verdadeira. Mesmo as mais consagradas teorias cientificas consistem em conhecimento provisórios, explicações bem sucedidas, que a qualquer momento, podem ser derrubadas por novos problemas ou teorias mais adequadas “(Targa.2011, pág. 83).

                     E, para concluir, nada melhor do que as palavras do próprio Popper, citado por Lacoste “... Não existe indução: jamais argumentamos fatos à teoria a não ser por intermédio da refutação ou da ‘falsificação’.”  (Lacoste, 1998. pg.169).
Bibliografia:
TARGA, Dante Carvalho. Filosofia da Ciência: Livro Didático Disciplina de Modalidade à Distância. 1ª. Ed. Revista. Ed. Unisul Virtual. Palhoça, Santa Catarina. 2011.
LACOSTE, Jean. A Filosofia no Século XX: Ensaios e textos. 2ª. Ed.Papirus Editora. Campinas. SP. 1998.
SILVEIRA. Fernando Lang. A Filosofia da Ciência de Karl Popper: o Racionalismo Crítico. Disponível em:  http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/7046/6522. Acesso em 18.ago.2013.