SUELY MONTEIRO
Basta uma chama para aplacar as trevas. Isto não é menos verdadeiro quando nos referimos à Espanha inquisitorial que, no meio de tantas trevas, deu à luz o grande pintor Diego Rodriguez de Silva y Velásquez, o nosso comentado desta semana.
Filho de um advogado de nobre ascendência portuguesa, Velásquez nasceu em Madrid em junho de l599 e morrreu em l660. Estudou artes, inicialmente, com Francisco Herrera e, mais tarde ingressou no atelier de Francisco Pacheco onde permaneceu por muitos anos.
Seus primeiros trabalhos ressaltam os aspectos de luz e sombra característicos de Caravaggio, muito embora diferenciasse deste por destacar cada detalhe do modelo e não ater-se apenas ao grotesco ou cômico.
Quando teve a oportunidade de ingressar na corte, sua vida mudou completamente e se tornou o principal pintor da corte do Rei Felipe IV. Artista formidável, com grande habilidade técnica para retratar pessoas, fez várias obras retratando celebridades.
Em suas viagens para a Itália ele aperfeiçoou o realismo antecipando traços do impressionismo que influenciaria muitos outros artistas como o Édouard Manet para quem Velásquez era o “pintor dos pintores”.
Sabe-se que foi muito amigo de Paul Rubens e que este o inspirou a pintar cenas mitológicas.
O que Velásquez fazia com os pinceis eu sou incapaz de fazer com os signos linguísticos e talvez por isto nem me animo a aprofundar os detalhes da obra deste artista que foi o primeiro a pintar o ar.
Em uma de minhas viagens a Madrid tive a oportunidade de, em companhia de meu marido, visitar o museu do Prado e conhecer um pouco do que ele fez.
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