segunda-feira, 15 de outubro de 2018

A FELICIDADE EM EPICURO


Suely Monteiro

O Ceticismo, por duvidar da possibilidade de o homem conhecer a realidade contingente e mutável e, consequentemente pregar a renúncia a busca pela verdade, valorizando o prazer como bem soberano, não sugere a exclusão da ética e a aceitação do prazer desvairado. 

Simplificando a Filosofia.
Longe disso, a felicidade para os antigos clássicos em geral, e, em especial, para Epicuro, encontra-se numa vida justa, vivida com moderação e simplicidade, regrada, sem abusos.

Para ser saudável do corpo e da alma, o homem precisa ser gentil, respeitar o outro, praticar a caridade, valorizar os amigos, passear ao ar livre, alimentar-se equilibradamente; ou seja, fazer tudo aquilo que a ciência, hoje, reconhece como sendo fonte de saúde e bem-estar.

Assim, ao invés de buscar a felicidade no consumismo exacerbado, no sexo descompromissado, nos prazeres do álcool ou outros tipos de drogas, o homem deve ser humilde e prudente, deve encantar-se com a imensidão de coisas, aparentemente pequenas, que estão graciosamente à sua disposição, e reconhecer que são elas que lhe propiciarão serenidade, uma vez que para Epicuro,  a felicidade só é encontrada no estado de ataraxia ou,  dizendo de outra forma, no prazer estável, sem perturbações ou desequilibrio, que, ao que tudo indica, não é próprio, não está ao alcance e nem é desejável pelo homem moderno.

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