quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Jesus Alegria dos Homens (legendado e traduzido)



Apesar de nunca ter estudado eu gosto, naturalmente, da música erudita.
Tenho postado algumas composições de Tchaikovsky,  Chopin, Mozart, entre outros.
Hoje resolvi postar Bach.~
 
 
Johann Sebastian Bach, nasceu e morreu na Alemanha. Foi cantor, compositor, cravista, pianista, maestro, organista, professor, violinista e violista. A composição escolhida por mim é Jesus Alegria dos Homens e, segundo li, é o décimo movimento da Cantata 147 constituída de duas partes e escrita para trompete, oboés, viola, baixo e coro.  A linha melódica é de autoria de Johann Schop, sendo orquestrada e harmonizada por Bach.
 
É uma música muito usada em casamentos, apesar de não ter sido criada com esta intenção, cultos, meditações e tem sido objeto de diferentes arranjos.
A letra é simples, mas tocante.  Ouvi-la eleva a alma aos mais altos recantos  do coração e nos torna, pelo menos por alguns momentos, mais próximos da humanidade como todo.
Ela nos afasta das convulsões da vida diária e nos faz deleitar nas alegrias da vida espiritual.
Experimente ouvir a música com foco na letra.
 
Jesus, Alegria dos Homens.
Jesus continua sendo minha alegria,
O conforto e a seiva do meu coração
Jesus refreia a minha tristeza,
Ele é a força da minha vida,
É o deleite e o sol dos meus olhos,
O tesouro e a grande felicidade de minha alma.
Por isto, eu não deixarei ir Jesus,
Do meu coração e da minha presença.
                          
 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

HISTÓRIA

                Rampsinito

               Suely Monteiro

             A História antiga, permeada de mitos, é uma narrativa muito rica de ensinamentos que para serem desvelados nos impõe a tarefa de desvestir os personagens de seus aspectos maravilhosos e sobrenaturais, entogá-los e trazê-los para as luzes da razão.  Se não estivermos dispostos a realizar esta façanha intelectual, um outro modo, igualmente produtivo é fazer o caminho inverso, ou seja, interagir com a fantasia e nos deixar conduzir por suas asas coloridas até as regiões mais altas onde moram a Criatividade e a Ética. Em lá chegando, com certeza, o oculto se nos concretizará em Saber.
            Feito este preâmbulo, compartilho com vocês, a história de Rampsinito, sucessor de Proteu no trono de Egito e, segundo Heródoto, o mais opulento dos reis egípcios. Rampsinito, para proteger sua fortuna, fez construir um prédio de pedras. Um dos muros ficava fora do recinto do palácio. O arquiteto, movido de más intenções, planejou a obra de tal forma que sem que ninguém percebesse, seria possível mover uma pedra e sua remoção daria passagem a um homem. Finalizada a obra, o rei transferiu para lá o seu tesouro.

         Khonsu e Thoth fizeram o tempo correr célere. O arquiteto à beira da morte, chamou seus dois filhos e contou-lhes do artificio utilizado para ludibriar o rei e garantir-lhes subsistência farta. Os filhos, ambiciosos, assim que o pai morreu, foram ao palácio, localizaram a pedra e subtraíram dali grandes somas.

         O rei, certo dia, ficou surpreso ao entrar no esconderijo, e perceber a redução de sua fortuna, sem poder acusar a quem quer que fosse, pois os lacres do esconderijo não haviam sido violados.  Trancou, novamente as portas mas, sempre que ali voltava, notava que o dinheiro minguava. Resolveu, assim, fazer uma armadilha em volta dos vasos. Os ladrões chegaram e um caiu na armadilha. Vendo-se apanhado, chamou o irmão e solicitou a ele que lhe cortasse a cabeça para evitar que fosse reconhecido e toda a família caísse em desgraça. O irmão obedeceu-o imediatamente. Em seguida, recolocou a pedra no lugar e levou para casa a cabeça do irmão.

       Imaginem o assombro do rei ao observar um corpo sem cabeça, caído na armadilha, um novo roubo, os lacres fechados e sem condições de acusar a quem quer que seja!

         Confuso, desejando solucionar o problema Rampsinito mandou pendurar o cadáver na muralha, deu ordens para que guardas de sua confiança ali estivessem dia e noite para prender qualquer pessoa que fosse chorar o morto.  A mãe do ladrão, ciente de tudo ficou tão indignada por não poder chorar o filho que concitou o outro  a resolver a situação, levando o cadáver do seu filho para ser chorado em casa, sob pena de ser delatado por ela. O jovem, sem conseguir demovê-la de seu intento, concebeu um plano engenhoso: fez encher vários odres de vinho, colocou-os sobre animais e dirigindo-se ao palácio, próximo ao corpo do irmão simulou um acidente causando o derrame do vinho. Os guardas observando a cena começaram a recolher o vinho tentando salvar a maior parte. O jovem fingindo cólera descarregou sobre eles muitas injúrias, mas ao ser consolado pelos guardas, fingiu-se mais calmo e deu-lhes autorização para beber do vinho bom. Logo, logo, estavam todos bêbados e adormecidos sobre os odres vazios. O jovem ladrão, capturou o corpo do irmão e voltou para casa com o fim de chorá-lo em família.

           Cientificado do rapto do cadáver Rampsinito ficou furioso, mas não desistiu de pegar os canalhas que abusavam de sua sabedoria e fortuna. Assim, fez com que sua filha se prostituisse e, que aos jovens que a procurasse para desfrutar de seus favores, somente cedesse se eles lhes contassem seu feito mais ardiloso e pérfido. O ladrão estava interessado na moça, mas sabendo que a teria somente se fosse o melhor de todos, cortou bem junto do ombro, o braço de um homem recém falecido e, ocultando-o sobre o manto foi ao encontro da princesa.

         Conta-nos Heródoto que ao fazer as mesmas perguntas que fizera aos outros homens, contou-lhe o rapaz que sua ação mais pérfida havia sido cortar a cabeça do irmão que havia sido apanhado numa armadilha quando roubava os tesouros do rei, e a mais ardilosa, fora ter raptado o seu corpo depois de ter embriagado a guarda de confiança do rei. A princesa tentou prendê-lo, mas como estavam no escuro, segurou o braço morto e, enquanto isto o jovem fugiu.

          O soberano, ao saber o que ocorreu, ficou admirado da astucia e audácia do jovem. Mandou apregoar por todas as cidades do reino que perdoava o ladrão, convidando-o para comparecer ao seu palácio onde seria cumulado de ouro e favores. O jovem ladrão se apresentou ao rei que em recompensa deu-lhe a filha em casamento, pois para Rampsinito, os egípcios eram superiores a todos os mortais, mas aquele ladrão era superior aos egípcios.

         Assim, caros leitores, deixo-lhes a escolha dos caminhos para, se for de seu interesse, desvelarem os segredos ocultos nesse texto da história egípcia que pode ser encontrado melhor, e, mais belamente escrito, no livro  02 , da coleção  História, de Heródoto.

Baseado em:
HERÓDOTO. Histórias: Livros 1 a 9. Centaur editions. Kindle. 2013.
Imagem: www.google.com.br.
 

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Fotografia

                                Fonte: www.charlesfonseca.blogspot.com.   Acesso: 07/Jan/14.    
      
               

POESIA


 

SONETO DA SAUDADE

João José de Melo Franco

 

Quando morrer, quero estar contigo.
Saudade sentirei só do outro lado,
Onde te esperarei com o mais puro trigo
Para fazer um pão, macio e bem sovado.


Quando morrer, vou querer dizer, e digo,
Que saudade sentirei porque fui amado.
Comi do pão que reparti contigo;
Te serei faminto nesse meu novo estado.


Em eterna manhã, na celeste padaria,
Com Jorge e Benedito, a nova irmandade,
Prepararemos com divinal poesia


A fôrma de assar nossa saudade.
E quando chegares, estarei à mesa,
Com um pão de amor. Tenha certeza!