Suely Monteiro
Dito de um modo bem simples a Filosofia da Mente abrange outras áreas do saber como a psicologia, a neurologia e inteligência artificial. Está voltada a pesquisas da mente, dos estados mentais e conscienciais. Aos pesquisadores da Filosofia da Mente interessam os problemas das relações entre a mente e o cérebro, a natureza da representação mental, a psicologia da mente e as implicações éticas que envolvem o comportamento mental.
Na atualidade a Filosofia da mente desenvolve-se em quatro perspectivas a saber:
1.New mysterianism
A abordagem conhecida por New Misterianism tem em Colim McGinn o seu mais proeminente representante e introduz a ideia de fechamento cognitivo, ou seja, nos diz que as operações que a mente humana pode realizar são incapazes de nos levar a conhecer o modo como a consciência funciona.
2. Funcionalismo
Atualmente é a teoria do espírito mais popular. Parte do princípio que os estados mentais – crenças, desejos, dores entre outros - são identificados pelo seu papel funcional, ou seja, por aquilo que fazem e não pelo modo como são feitos. Diferentemente da teoria de identidade, o funcionalismo não aceita que os estados do cérebro seja estados mentais.
Algumas formas de funcionalismo para quem desejar aprofundar o assunto
a) Funcionalismo;
b) psicofuncionalismo;
c) funcionalismo analítico; e
d) funcionalismo homuncular.
3) Reducionismo
Em seu artigo sobre a Filosofia da Mente, Everaldo Cescon esquematiza o reducionismo da seguinte forma que é bem fácil de compreender:
“ — A mente não é nada mais do que o cérebro.
— O cérebro não é nada mais do que um sistema biológico.
— Sistemas biológicos não são nada mais do que interações químicas.
— Interações químicas não são nada mais do que interações físicas.
Portanto, a mente não é nada mais do que um jogo de interações físicas.”
4) Fenomenologia
Ainda segundo Cescon, a fenomenologia se contrapõe a corrente reducionista afirmando que a consciência é uma propriedade ou aspecto irredutível a qualquer outra propriedade ou aspecto material. Ela promove formas de dualismo mais suaves, como a teoria do duplo aspecto ou do paralelismo psicofísico. Isto significa que a consciência e os processos nervosos não dependem de relação causal, mas que as modificações que ocorre em um ocorre em outro simultaneamente.
Conclusão
O avanço neste campo está emperrado e continuará assim até que a Ciência resolva investir mais incisivamente em aparelhamento capaz de investigar o aspecto espiritual da vida.
Ciencia e Espiritualidade (não falo de religiosidade) são dois campos diferentes e complementares, mas a ciência materialista tem descartado a possibilidade de incluir o aspecto espiritual em suas pesquisas ou quando o faz, utiliza-se igualmente dos mesmos instrumentos quando, por serem diferentes, exigem modos distintos de análise.
Que fazer, como fazer e por que fazer, ainda levarão muitos leigos e pesquisadores a discursos contraditórios antes de fecharem a questão em definitivo, mas oTempo é um grande mestre até mesmo para a Ciência.
Aguardemos.
Revista Internacional de Filosofia
http://revistas.um.es/daimon/article/viewFile/119491/112551. Acesso em 07/07/2015
Wikipedia https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_da_mente
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