Suely Monteiro
As raízes do mito situam-se nas eras mais distantes. Seus frutos alimentaram as mentes de muitas civilizações e continuam alimentando as nossas, embora com a algumas modificações “genéticas” que dão a impressão de que eles ficaram lá atrás, na companhia dos velhos pajés e outros chefes de tribos.
Dizemos que na infância e na adolescência de nossa civilização, pela necessidade de proteção própria da idade, acreditavámos no divino e viviamos com ele, uma relação muito mais de termor, do que de amor. Oferecíamos oferendas ao sagrado, que se manifestava através dos mitos. Mas, hoje, na contemporaneidade, quando a sociedade se diz adulta e, intelectuamente capacitada,o mito perdeu sua força? E o temor ? Encontramos em Mircea Eliade, pg. 20, a afirmação de que, não somente o temor continua a fazer parte de nosso universo, como a causa desse temor advém da perfeição do sagrado. Vejamos o texto:
“... seja em que domínio for, a perfeição assusta, e é neste valor sagrado ou mágico da perfeição que será necessário procurar a explicação do receio que até a mais civilizada das sociedades manifesta perante o santo ou gênio. A perfeição não pertence a este mundo. É uma coisa diferente deste mundo, embora venha até ele.”
As buscas pelo divino estão crescendo, mesmo e, apesar, do discurso do materialismo.
As dores, os medos, as catástrofes estão levando as pessoas a repensarem o divino e sua relação com Ele e, isto ocorre de muitas maneiras a depender do grau de compreensão, de maturidade e necessidade do homem em sua sociedade.
Repito, sempre, uma frase que ouvi a algum tempo atrás, de um desconhecido: “Deus criou várias religiões para atender as diferentes necessidades de seus filhos.” E a Filosofia, na sua função de ajudar o homem a refletir, felizmente, está aberta, para repensar esta relação com os mitos. Ela reconhece a sua importância para o aprofundamento do conhecimento sobre a sociedade originária; o seu valor histórico-social em todas as épocas e, como forma, sempre atualizada, de entender e viver a relação com o sagrado.
Portano, desvendar nossos mitos pessoais pode ser uma excelente idéia !
Repito, sempre, uma frase que ouvi a algum tempo atrás, de um desconhecido: “Deus criou várias religiões para atender as diferentes necessidades de seus filhos.” E a Filosofia, na sua função de ajudar o homem a refletir, felizmente, está aberta, para repensar esta relação com os mitos. Ela reconhece a sua importância para o aprofundamento do conhecimento sobre a sociedade originária; o seu valor histórico-social em todas as épocas e, como forma, sempre atualizada, de entender e viver a relação com o sagrado.
Portano, desvendar nossos mitos pessoais pode ser uma excelente idéia !
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