sábado, 16 de março de 2013
A Mudança está em suas mãos
Chico Xavier |
"Você nasceu no lar que
precisava nascer, vestiu o corpo físico que merecia, mora onde melhor Deus te
proporcionou, de acordo com o teu adiantamento.
Você possui os recursos financeiros coerentes com tuas necessidades... nem mais, nem menos, mas o justo para as tuas lutas terrenas.
Seu ambiente de trabalho é o que você elegeu espontaneamente para a sua realização.
Teus parentes e amigos são as almas que você mesmo atraiu, com tua própria afinidade.
Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle.
Você escolhe, recolhe, elege, atrai, busca, expulsa, modifica tudo aquilo que te rodeia a existência.
Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes. São as fontes de atração e repulsão na jornada da tua vivência.
Não reclame, nem se faça de vítima.
Antes de tudo, analisa e observa.
A mudança está em tuas mãos.
Reprograma tua meta, busca o bem e você viverá melhor.
Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."
Facebook, página de minha amiga Mercedes Avelleyra, belo texto de nosso querido Chico Xavier.
sexta-feira, 15 de março de 2013
A FILOSOFIA DE PUTNAM NA UFSC
SIMPOSIO INTERNACIONAL PRINCIPIA
Hilary Whitehall Putnam |
De 12 a 15 de agosto de 2013 acontecerá em Florianópolis o
VIII Simpósio Internacional Principia apresentando o filósofo estadunidense
Hilary Whitehall Putnam, estudioso das filosofias da linguagem, da mente e da
ciência.
Realização múltipla da mente, conceito de funcionalismo e
teoria causal da referência são alguns enfoques da filosofia de Putnam.
Muitos de seus experimentos extrapolaram o mundo
acadêmico e filosófico, através de sites da internet pelo seu aspecto, no
mínimo, intrigante. Um deles, o Cérebro na Cuba, já foi objeto de um artigo
neste blog.
Cerebro na cuba |
Hoje, transcreverei da Wikipédia, o “A formiga que desenha
Churchill”, pois estou numa correria para realizar mil coisas que ainda nem
foram iniciadas e não queria deixar de
motivá-los para participar deste simpósio. Ai vai o texto:
A formiga que desenha
Churchill
No experimento mental sobre a formiga que desenha Churchill,
Putnam nos conta o cenário de uma formiga que está caminhando em um trecho de
areia. Conforme ela caminha, ela traça uma linha na areia. Por acaso a linha
que ela traça deixa um rastro de curvas e recrosses que acaba parecendo uma
caricatura da efígie Winston Churchill.
Putnam questiona retoricamente se a formiga realmente traçou na areia
uma foto do rosto de Winston Churchill. Podemos afirmar veridicamente que a
formiga criou uma imagem que retrata Churchill? Embora nós possamos reconhecer
a figura do estadista britânico, segundo Putnam, a maioria das pessoas, com uma
pequena reflexão, diriam que não podemos afirmar que a formiga procurava representar
tal personalidade.
A formiga criou uma imagem que
retrata Churchill?
A formiga, afinal, nunca viu Churchill, ou nem mesmo viu uma imagem de
Churchill, e podemos acrescentar a isto que ela não tinha a intenção de
retratar Churchill. Ela simplesmente traçou uma linha que podemos "ver
como" uma imagem de Churchill. Embora os rastros deixados pelo inseto
assemelham-se a ele, não podemos afirmar que a formiga procurava representar
tal personalidade.
Podemos expressar isso dizendo que a linha não é "em si"
uma representação de alguma coisa ao invés de qualquer outra coisa.
A semelhança com as feições do rosto de Winston Churchill não é
suficiente para fazer algo representar ou se referir a Churchill. Nem é
necessário formato grafico impresso "Winston Churchill", ou a palavra
falada "Winston Churchill", e muitas outras coisas são usados para
representar Churchill, apesar de não ter o tipo de semelhança com Churchill que
um imagem da formiga tem.
- Se semelhança não é necessária ou suficiente para fazer algo representar algo mais, como alguma coisa pode ser necessária ou suficiente para essa finalidade?
- Como representar uma coisa (ou elas representam, etc) com uma coisa diferente?
A resposta parece ser fácil. Suponha que a formiga tinha visto Winston
Churchill, e suponha que teve a inteligência e habilidade para desenhar uma
imagem dele. Suponha que a caricatura foi produzida intencionalmente. Então as
linhas na areia representariam Churchill.
Caso se interessem, a organização do simpósio está sob a
responsabilidade do Núcleo de Epistemologia e Lógica, juntamente com os
editores de Principia, e com o apoio do Programa de Pós-graduação em Filosofia
e do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina.
Fonte:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hilary_Putnam
quinta-feira, 14 de março de 2013
Os Médicos só Sabem o Que tem nos Livros...
Suely Monteiro
A autora com seus pais. |
Minha mãe ao ser surpreendida por mim, levando mingauzinho na
bolsa para a irmã que estava hospitalizada se justificou:
“Minha filha aprendi com seu avô que os médicos só sabem o quem
tem nos livros, e nos livros não tem amor, explicou-me ela, pacientemente.”
Veja bem - continuou- quando sua irmã era criança, lá na roça,
ela ficou muito doente. Um dia o médico foi lá. Antes de ir embora me
chamou num canto e me disse baixinho: “olha aqui, dona, sua filha quase não tem
água no corpo, a senhora vai fazer um chá preto e dar a ela de cinco em cinco
minutos, senão ela vai morrer, porque está muito fraca. Ela tem que beber
bastante água ou chá preto. Mas tem que ser de pouquinho em pouquinho,
entendeu? ”.
- Sim, respondi. Na mesma hora eu fui pra cozinha, fiz o chá e
levei pra ela. Mas cadê que ela bebia? Cuspia tudo e chorava fraquinha, pois
não tinha mais força nem para abrir a boca. Comecei a ficar mais angustiada.
Eu rezava e pedia a Nossa Senhora - que é a mãe dos pobres - que
cuidasse de minha filha e não levasse ela embora, porque eu tinha muitas filhas,
gostava demais de todas, mas gostava mais daquela porque estava doentinha. Que
ela me perdoasse a preferência, mas quando ela curasse a minha filha eu
voltaria a gostar de todas do mesmo jeito.
Eu acabei de rezar, peguei sua irmã no colo e ficamos bem
abraçadinhas. Eu queria cantar uma musiquinha pra ela, mas não conseguia, só
tinha vontade de chorar, chorar, chorar e chorar...
Seu pai, meio desesperado tinha saído pra refrescar a cabeça.
Vocês eram muito pequenas. Naquela hora, era eu, o menino Jesus e Nossa
Senhora. Só que eu estava tão desesperada que nem lembrava que eles estavam
comigo.
Nessa hora, minha filha, seu avó chegou lá em casa e me viu
naquele desespero. Não pensou duas vezes. Foi pra cozinha, pegou um pouco de
fubá, molhou, fez uma bola, enrolou num pano e botou esta bola de fubá enrolado
no pano, na água fervendo com um pouquinho de sal e açúcar e deixou no fogo por
meia hora. Depois tirou a bola da panela, esfriou aquela aguinha de fubá, levou
até o quarto onde eu estava chorando agarrada à sua irmã e me disse:
- “ Sua filha não vai morrer. Os médicos só sabem o que tem nos
livros e nos livros não tem amor. Não sabem nada de vida. Chá preto é pra velho.
Criança gosta de coisa boa, docinha. Dê esta água de fubá a ela de cinco em
cinco minutos. Fique forte e cante uma canção de ninar pra ela dormir e não
gastar as forças. Procure os brinquedos que ela gosta e coloque perto do
bercinho. Mostre a ela o passarinho na janela. Amanhã ela vai estar melhor. Eu
vou agora, mas amanhã sua mãe vem pra ficar com você, ajudando a cuidar das
crianças. Sossegue o coração e confie em Deus.”
Olhe minha filha, você pode nem acreditar em mim, mas aconteceu
exatamente como meu pai falou. Sua irmã, aos poucos, foi ficando fortezinha, e,
com uma semana já estava brincando com vocês, bem alegre. Foi aí que entendi
que os livros não ensinam todas as coisas. Agora, você quer saber mais ?!! Eu vou levar, sim,
o mingau para a sua tia. Se você quiser, pegue o carro e vá ao hospital me
denunciar, mas a culpa não será minha se ela morrer – ameaçou-me a poderosa e
maravilhosa mãezinha, analfabeta de pai e mãe, não no sentido figurado, mas na dura
realidade.
Não. Eu não a denunciei se querem saber. Embora na qualidade de
profissional da saúde eu reconheça a necessidade de se estabelecer certos
parâmetros na conduta hospitalar, não tive coragem de tomar-lhe a garrafinha
com o milagroso mingau e muito menos falar com ela sobre a medicina e suas competências.
No entanto, confesso que fiquei muito feliz quando o telefone, dias depois, tocou
avisando que minha tia estava, novamente, em casa.
É, mãezinha, o amor de fato precede o saber e, juntos, fazem
milagres!
Tilly
quarta-feira, 13 de março de 2013
Roma mais uma vez surpreendeu o mundo ao anunciar o novo Papa.
A pouco mais de uma hora os sinos da
Santa Sé badalaram e a fumaça branca foi liberada seguindo o ritual de anúncio
da eleição do novo Papa que deverá guiar os milhões de fiéis da religião
católica. O anúncio da escolha de um argentino para o alto escalão da Igreja, tanto quanto a renúncia do seu antecessor, supreendeu o mundo.
Eu não professo o catolicismo, mas reconheço
a importância do momento para a Igreja Católica que vem enfrentando muitas
crises no seu seio. Crises que vão desde os escândalos envolvendo padres em episódios
de pedofilia, roubo de documento até às práticas de crimes
contra o patrimônio. Todavia, é bom
lembrar, nesse momento que é o movimento católico que está em crise, não o
Cristianismo. Os ensinos do Cristo seguem solicitando-nos que evitemos os julgamentos,
que amemos a Deus em primeiro lugar e, em seguida, uns aos outros; que o perdão
deve ser oferecido sempre que necessário.
Para todas as religiões cristãs Jesus
é o modelo e guia. São os Seus exemplos
que devem ser seguidos e, por isso
mesmo, a reflexão que se impõe é de que se reconhecemos Deus como Pai e Criador, temos, também, toda a
humanidade como irmã, senão de fé, pelo menos “pela parte de Pai”. E quem quer ver a infelicidade do
irmão?
Assim, regozijemo-nos com os
católicos. Peçamos juntos, com eles, que Deus proteja o novo Papa e o ajude a
reinaugurar, como Francisco de Assis o fez, um novo período na Igreja,
tornando-a mais próxima da prática dos ensinamentos da Igreja Primitiva.
Imagem:http://br.msn.com/?ocid=iehp
ARTE QUE PRECEDE O RENASCIMENTO
A autora com as flores recebidas de seu amor |
O período Medieval
compreende mais ou menos mil anos e sua arte sofreu, nesse período algumas
mudanças, tanto nos aspectos técnicos quanto nos sociais. Dois estilos marcam
esse período: o Romântico e o Gótico. De modo geral, apresentam características
fundamentalmente religiosas do catolicismo que exercia forte poder. Os padres
eram os grandes encomendadores de obras, principalmente, santos e objetos
sagrados para as Igrejas e Catedrais, com construções românicas, pesadas,
pequenas janelas. O espaço e o tempo
eram considerados divinos e, portanto, não são representados nas obras iniciais
do período, assim como os personagens não transmitiamm emoções, por que os santos
não as podiam exprimir.
Miniaturas e
vitrais têm objetivos didáticos, ou seja, transmitir ensinamentos aos fieis e
promover o afastamento das obras pagãs, o que certamente a Igreja não conseguiu
totalmente, uma vez que os bárbaros, aos poucos, impõem uma arte decorativa,
mais leve, fácil de carregar e utilizar como adorno.
(afresco) Noli me tangere – Giotto di Bondone – Capela Arena - Pádua
|
Outros empregadores,
naquele período, eram os senhores feudais, os barões e os ricos que solicitavam obras para decoração
de seus castelos. Um exemplo disto é a Cappella della Scrovegni ou da Arena,
na Itália, cujos afrescos foram encomendados a Giotto (Giottto di Bondonne - 1266-1337), e figura entre as grandes
obras primas da arte.
O ciclo de afrescos
de Giotto celebra o papel salvador da Virgem Maria della Carità. A obra de
Giotto marca a introdução do espaço tridimensional, o aparecimento do peso, das curvas que tornam as figuras mais leves e sugerem a anatomia dos corpos sob suas pregas. Os
personagens dos santos ganham semelhança com as figuras humanas
comuns, abandonando a rigidez bizantina dos primeiros tempos (veja
isto no afresco da Cappella della Scrovegni, reproduzido no corpo do artigo). Giotto, com suas inovações, abre os caminhos para a chegada da arte renascentista.
Multiplos Estilos
http://multiplosestilos.blogspot.com.br/2009/12/giotto-pintor-pioneiro.html
Acesso: 13/03/2013
terça-feira, 12 de março de 2013
PONTES: Uma paixão em qualquer lugar do mundo.
ou será na Alemanha, com amor? |
VARIAÇÕES DE UM MESMO TEMA ...
... SOB A ÓTICA DE CHARLES FONSECA:
BEM QUERER
Charles Fonseca.
No quintal de um sobrado
Tinha um pé de fruta-pão
Que a chorar manava leite
Se ferido por facão.
Só que a cada golpe sentido,
Decorrente do desgosto,
Do âmago da cicatriz
Surgia mais novo brôto.
Novo brôto hei de seer
Do golpe que me atingiu!
Hei de novo esgalhar,
Reflorir, frutificar!
Nova sombra ha de ter
Quem vive pra o bem querer.
Charles Fonseca.
No quintal de um sobrado
Tinha um pé de fruta-pão
Que a chorar manava leite
Se ferido por facão.
Só que a cada golpe sentido,
Decorrente do desgosto,
Do âmago da cicatriz
Surgia mais novo brôto.
Novo brôto hei de seer
Do golpe que me atingiu!
Hei de novo esgalhar,
Reflorir, frutificar!
Nova sombra ha de ter
Quem vive pra o bem querer.
segunda-feira, 11 de março de 2013
LENDA: ORIGEM DA FRUTA PÃO
Suely Monteiro
O texto de hoje é baseado no ritual amor-morte, retirado de "As Máscara de Deus" e sintetiza a
história de mitos agrícolas.
Eu o escolhi quando decidi escrever sobre o tema, pelo encanto que me causou assim que o li.
Eu o escolhi quando decidi escrever sobre o tema, pelo encanto que me causou assim que o li.
Trata-se da história de Ulu, um
homem das longínquas eras, nas terras do Havaí, perto da atual cidade de Hilo e
que havia ido ao templo de Pueeco, rogar ao Deus Mo’o pela vida do filhinho
que estava quase morrendo de debilidade causada pela fome.
À noitinha, ao retornar do templo
ele falou à mulher que Mo'o lhe disse que quando a escuridão cobrisse o mar, o pano negro da morte
cobriria sua cabeça. Assim que isto acontecesse e tão logo seu espírito tivesse
partido para o reino dos mortos, ela deveria enterrar-lhe, cuidadosamente, a
cabeça perto da fonte de água corrente. Plantar seu coração e entranhas perto
da porta da casa. Os pés, pernas e braços, também, deveriam ser ocultados, da
mesma maneira cuidadosa, ao redor da casa.
Em seguida, ela deveria deitar na
cama onde eles costumavam descansar e, durante toda a noite prestar atenção ao
vento e não levantar senão quando os primeiros raios ruborizassem o céu da
manhã. Quando ela ouvisse barulhos de folhas e coisa caindo, saberia que o
pedido dele ao deus havia sido atendido e que seu filhinho estaria salvo. Então, poderia abrir a porta e sair .
Tão logo acabou de dar-lhe as
instruções recebidas no templo, caiu de rosto no chão e morreu.
A mulher de Ulu, como todas as outras mulheres da região, cantou um canto de lamento, mas em seguida tratou de dar cumprimento às instruções recebidas do marido.
Depois de separar cada parte do seu corpo e enterrá-las segundo as instruções recebidas, ela se deitou ao lado do filhinho e aguardou o chamado do vento para abrir a porta.
De manhã, cedinho, tomada de supresa, ela viu que da secura da terra, no lugar onde havia enterrado
o coração do marido havia crescido uma imponente árvore de folhas grandes e verdes que ela chamou de ulu (fruta pão) .
Viu que uma grande fonte de água estava quase
oculta por uma estranha planta com folhas gigantes e frutos amarelos em cachos. Depois de admirar-lhe a beleza, resolveu que se chamaria banana.
Todos espaços intermediários onde havia plantado os
membros do marido estavam cobertos por vegetação exuberante com caules finos, e
trepadeiras trançadas, que ela chamou de cana, as primeiras, e, as segundas, de
inhame.
Ao redor de toda a casa cresciam plantas e flores comestíveis que ela
, contente, cantando, foi nomeando.
Seus olhos resplandeciam de felicidade ao chamar seu filhinho e lhe mostrar a
plantação.
Riram, os dois abraçadinhos durante um tempo, tomados pelo êxtase do momento.
Depois , tomou o menino pelos braços, olhou-o seriamente nos olhos e disse-lhe que após retirar a melhor parte para os deuses, ela
assaria uma parte na brasa para se alimentarem e, também, para repartir com o povo, mas que replantaria todas as sobras do corpo do seu pai e que ele deveria manter, durante toda a sua vida, o compromisso de levar adiante a missão de proteger e alimentar o povo, refazendo a plantação.
Assim fez, e desde
aquele dia, nunca mais faltou alimento a ninguem daquela terra. E o menino que
era franzino, ficou forte, se tornou um grande guerreiro. Ajudou seu povo e quando morreu, seu
nome, Mokuolo, foi dado à ilhota na baia de Hilo, onde seus ossos foram
enterrados e, ainda hoje, ela é chamada assim em homenagem a ele.
Deste texto singelo emerge o entendimento de que muito mais do que história ou pensamentos primitivos, o mito é um
modo de nos situarmos diante do novo, do desconhecido, de nos relacionarmos com o sagrado, nas situações de medo, insegurança, alegria e prazer. Foi assim no passado. É assim, na atualidade e, creio que passará muito tempo até que o homem se despoje da magia para viver no templo interno, uma relação racional com o seu criador.
Fonte de inspiração:
Ritual do Amor-morte, pag. 167 e
seguintes, do livro Mitologia Primitiva, da série As Máscaras de Deus, de
Joseph Campbell, 8ª. Edição, Ed. Palas – 2010.
O BEIJO
Nascido
François-Auguste-René Rodin, as primeiras esculturas de Rodin foram
feitas na cozinha de sua mãe, com massa que ela usava para fazer pão. Aos 14
anos, aquele que seria um dos escultores mais geniais da história da arte, já
tinha aulas numa pequena academia. Em pouco tempo foi aceito na Escola de Artes
Decorativas, sob a orientação de Boisbaudran e de Barye. Ingressou depois na
Academia de Belas-Artes, onde conheceu os escultores Carpeaux e Dalou. Trabalhou
inicialmente como ornamentista, modelador, prático e
cinzelador.
Suas obras mais
célebres, O Beijo, que faz parte de uma série de esculturas realizadas
para a Porta do Inferno, do Museu de Artes Decorativas, O
Pensador, da mesma série, e o retrato de Balzac.
Rodin teve como
assistente a escultora Camille Claudel, com quem teve um romance e cujos
trabalhos são muitas vezes confundidos com os de Rodin. Camille acreditava que
Rodin queria se apropriar dos seus trabalhos. À época, foi considerada insana e
terminou seus dias internada em um manicômio.
Fonte: wikipédia. 10/03/1013.
domingo, 10 de março de 2013
DEUS EXISTE?
É possível, com o uso da razão demonstrar a existência de Deus?
Tomás de Aquino |
Primeira
via
Primeiro
motor imóvel: tudo o que se move é movido por alguém, é impossível uma cadeia
infinita de motores provocando o movimento dos movidos, pois do contrário nunca
se chegaria ao movimento presente; logo há que ter um primeiro motor que deu
início ao movimento existente e que por ninguém foi movido.
Segunda
via
Causa
primeira: decorre da relação "causa-e-efeito" que se observa nas coisas criadas.
É necessário que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada,
pois a todo efeito é atribuída uma causa, do contrário não haveria nenhum efeito,
pois cada causa pediria uma outra numa sequência infinita.
Terceira
via
Ser
necessário: existem seres que podem ser ou não ser (contingentes), mas nem todos
os seres podem ser desnecessários se não o mundo não existiria; logo é preciso
que haja um ser que fundamente a existência dos seres contingentes e que não
tenha a sua existência fundada em nenhum outro ser.
Quarta
via
Ser
perfeito: verifica-se que há graus de perfeição nos seres, uns são mais
perfeitos que outros, qualquer graduação pressupõe um parâmetro máximo; logo
deve existir um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que é a causa da
perfeição dos demais seres.
Quinta
via
Inteligência
ordenadora: existe uma ordem no universo que é facilmente verificada, ora toda
ordem é fruto de uma inteligência, não se chega à ordem pelo acaso e nem pelo
caos, logo há um ser inteligente que dispôs o universo na forma ordenada.
Agora é só refletir sobre elas, observar ao redor e tirar suas próprias conclusões.
Sucesso!
Imagem:
História da Escatólogia: Escolástica Medieval. Caritatis.Portal Católico.
http://caritatis.com.br/2010/03/19/historia-da-escatologia-escolastica-medieval/. Acesso em:10/03/2013.
VOLTE BREVE, SIM?!!!
Querido,
Moninha, Freud, os passarinhos e eu, estamos esperando seu retorno com bolos e muito carinho.
Volte, breve, mas somente após aproveitar cada minutinho com esses dois presentinhos que Deus nos deu.
A saudade, por aqui é grande, mas dá pra aguentar um pouco mais.
Enquanto isto, reveja um pouco de nossa penúltima viagem.
ROMANTISMO
Suely Monteiro
Ao voltarmos nosso olhar para o passado, dificilmente, poderemos
identificar um período em que o homem esteve totalmente estacionado em todos os
aspectos. Criado para a perfeição, ele busca, ao logo dos milênios cumprir sua
sina de crescer e ser feliz. A arte, nos seus variados aspectos, tem sido sua
companheira de viagem e, como ele, sofreu, ao logo dos tempos, muitas
transformações, algumas vezes recebendo influências dos costumes sociais e em
outras, reagindo a eles em busca de novos modelos.
O Romantismo foi um movimento reacionário com características tanto
de protesto quanto progressista, surgido na Europa por volta de 1800.
Inicialmente, se fez sentir na literatura e Filosofia, para depois expandir-se
nas outras variantes da arte, conservando, porém, em todas elas, nos diversos
momentos que marcaram o movimento: a) cunho pessoal e subjetivista em
detrimento do coletivo; b) liberdade de criação, de expressão; c) nova
concepção da natureza; d) crítica social, principalmente na sua ultima fase; e)
sentimentalismo: emoção, paixão exagerada, que se desdobram em tendências e
temas voltados para o nacionalismo, indianismo, o confessionalismo, o
individualismo e o pessimismo exagerados, entre outros, e que são grandemente
marcados na literatura, por autores que levam seus personagens mais evidentes a
optar pela morte como forma de solucionar suas dores, seus problemas.
Na literatura europeia, Lorde Byron, Goethe, Schiller, Stendhal,
Walter Scott, Victor Hugo, Almeida Garret e Camilo Castelo Branco são
importantes representantes de diferentes períodos do Romantismo, tomado aqui,
também, como extensão do pré-romantismo, cujas obras influenciaram muitíssimo a
literatura romântica brasileira, como por exemplo, o byronismo de Álvares de
Azevedo e ultrarromantismo de Casimiro de Abreu, ambos pertencentes à segunda
geração de românticos. Na primeira geração, sobressaltam o
nacionalismo-indianismo de Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo
Porto Alegre.
Além de Sousândrade e Tobias Barreto, a terceira geração de
românticos no Brasil, conta como principal representante o poeta baiano Castro
Alves.
Em relação à
música, além de manter as características de valorização da liberdade, da
expressão e das emoções, próprias do movimento, não poucas vezes os
compositores românticos se inspiraram na literatura e na pintura para se
expressarem musicalmente. Vale lembrar
que, historicamente, a Revolução Francesa, recém-ocorrida, havia causado
grandes mudanças sociais e que a classe burguesa, em ascensão, tornara-se,
portanto, um público ideal, que acorria às salas de concertos, em busca da nova
música que incorporava canções populares e instrumentos como o piano e a
orquestra, “numa explosão de cores sonoras” (Wikillerato, 2013).
Ainda hoje, nomes como Beethoven, iniciador do Romantismo na Alemanha, Schubert (Sinfonia inacabada); Schulman (Poemas Sinfônicos), Liszt (Rapsódia Húngara), Chopin (Noturnos), fazem muitos corações balançarem emocionados. Wagner, mais tardiamente, encanta Nietzsche. Na ópera, Rossini (O Barbeiro de Sevilha), Verdi (Aída), dentre outros, continuam a ser executados e levam um grande público aos teatros, mesmo em plena época da estonteante música eletrônica.
Ainda hoje, nomes como Beethoven, iniciador do Romantismo na Alemanha, Schubert (Sinfonia inacabada); Schulman (Poemas Sinfônicos), Liszt (Rapsódia Húngara), Chopin (Noturnos), fazem muitos corações balançarem emocionados. Wagner, mais tardiamente, encanta Nietzsche. Na ópera, Rossini (O Barbeiro de Sevilha), Verdi (Aída), dentre outros, continuam a ser executados e levam um grande público aos teatros, mesmo em plena época da estonteante música eletrônica.
Mas, para concluir é preciso vestir a túnica do confessionalismo romântico e
dizer que olhar um quadro, como por exemplo, “A Liberdade guiando o povo”, de Eugène
Delacroix, a “Maja Nua” ou a “Maja Vestida”, de Francisco Goya, ou mesmo ler
uma bela página de Goethe ao som de Tchaikovsky, gera uma sensação de bem estar
e plenitude que, são certamente, motivos suficientes para que o Romantismo
continue tão atual e justificam, o leigo, chamar de Romântica, toda música
erudita de sucesso.
MITOS E LENDAS
A LENDA DA FLAUTA DE BAMBÚ
Uma antiga lenda conta que
existiu na Terra um ser mágico chamado Uakti, cujo corpo era repleto de buracos
que, ao serem penetrados pelo vento, produziam um som de grandiosa beleza. A
melodia encantava as mulheres da aldeia dos índios tucanos, as quais por Uakti
instantaneamente se enamoravam.
Os homens da aldeia, por despeito e ciúme, uniram-se para caçar e matar Uakti. Atacaram-no e mataram-no com tal veemência, que de seu corpo só restaram pedaços que foram enterrados próximo à taba.
No local, primaveras mais tarde, brotaram plantas cilíndricas e longas, curiosamente ocas e enogadas. Nascia ali um bambuzal e quando o vento soprava entre os bambus, produzia o mesmo som encantador de Uakti.
Foi então que os homens da aldeia se deram conta que poderiam produzir instrumentos daqueles bambus para seduzir as mulheres. Passaram então a fazer flautas de bambu para encantar suas amadas com a beleza do som do instrumento.
Os homens da aldeia, por despeito e ciúme, uniram-se para caçar e matar Uakti. Atacaram-no e mataram-no com tal veemência, que de seu corpo só restaram pedaços que foram enterrados próximo à taba.
No local, primaveras mais tarde, brotaram plantas cilíndricas e longas, curiosamente ocas e enogadas. Nascia ali um bambuzal e quando o vento soprava entre os bambus, produzia o mesmo som encantador de Uakti.
Foi então que os homens da aldeia se deram conta que poderiam produzir instrumentos daqueles bambus para seduzir as mulheres. Passaram então a fazer flautas de bambu para encantar suas amadas com a beleza do som do instrumento.
Fonte texto e imagem:
História dos Instrumentos:
Flauta de Bambu
Porto Web: A Internet de Porto
Alegre