sábado, 11 de julho de 2015

CORES E CONTAS DA INDIA


Que me falte tudo menos as cores que enfeitam a  vida.



 Meditando no quanto a miséria me fez independente...


Sentada na calma da carencia eu espero  o futuro, desejando um presente materializado dos mil sonhos e cores.


 Não é um fardoSão as cores da  vida que eu carrego no balaio pardo.

                                                         E me escondo do calor  das incertezas num belo e colorido chapeu quebrado. 
               


           




            Nas mãos tenho.. hum..
            contas...
            contas... e...
            mais ... contas.














Ei, você, turista!  
Leve-as . 
Leve-as. 
Leve-as.
São cinco por dez.





Algumas fotos são minhas outras de Eileen McDonald Davis.

Paz e Amor na Hungria

Adicionar legenda
Está chovendo e estou com preguiça, por isso resolvi seguir os conselhos de Domenico De Masi e investi no ócio criativo.

Lamentavelmente, no meu caso, isto não significa empreender teorias para grandes projetos sociais, industriais, filosóficos, sociológicos, matemáticos ou psicológicos. Significa, simplesmente, rever e selecionar fotos para divulgar.

Escolhi algumas fotos de um dia muito especial que vivi na Hungria. Depois de uma bela discussão com meu marido, coisa normal em relações cujos corações estão entrelaçados pelos fios luminosos das estrelas, o sol ofuscou a nuvem de lágrimas e a cidade providenciou a pacificação do nosso território afetivo. 

Passeamos de mãos dadas pelas ruas com meu pescoço protegido do vento cortante por um lenço velho, mas de grande valia em termos de proteção. Muitas vezes nesse dia seus braços me envolveram com a ternura tão comum em nosso dia a dia. A paz estava consolidada. 

Foi tudo de bom!

A Hungria é linda. Mágica. Bela arquitetura.

A culinária é rica em pratos picantes, principalmente a base de carne. O goulash prato conhecido internacionalmente, um guisado com carnes de porco, repolho, batatas e muito pimenta eu nem provei. 

Cada vez mais curto comidas vegetarianas e atualmente estou bem vegana, por força da convivencia com minha filha que mora no Canadá onde temos muitas opções de deliciosos pratos veganos.

A maioria da população é cristã, principalmente católica e protestante calvinista.

Não tive oportunidade de visitar museus e, também não conheci seus hábitos de leitura.


A economia é proveniente da agricultura , da industria e, claro, do turismo que me levou até eles.



O povo é muito gentil. Precisei de informações e elas me foram dadas com presteza num inglês que pude compreender. 

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Filosofia da Mente


Suely Monteiro

Dito de um modo bem simples a Filosofia da Mente abrange outras áreas do saber como a psicologia, a neurologia e inteligência artificial.  Está voltada a pesquisas da mente, dos estados mentais e conscienciais. Aos pesquisadores da Filosofia da Mente interessam os problemas das relações entre a mente e o cérebro, a natureza da representação mental, a psicologia da mente e as implicações éticas que envolvem o comportamento mental.

Na atualidade a Filosofia da mente desenvolve-se em quatro perspectivas a saber:

1.New mysterianism
A abordagem conhecida por New Misterianism tem em Colim McGinn o seu mais proeminente representante e introduz a ideia de fechamento cognitivo, ou seja, nos diz que as operações que a mente humana pode realizar são incapazes de nos levar a conhecer o modo como a consciência funciona.  

2. Funcionalismo
    Atualmente é a teoria do espírito mais popular. Parte do princípio que os estados mentais – crenças, desejos, dores entre outros -  são identificados pelo seu papel funcional, ou seja, por aquilo que fazem e não pelo modo como são feitos. Diferentemente da teoria de identidade, o funcionalismo não aceita que os estados do cérebro seja estados mentais.
Algumas formas de funcionalismo para quem desejar aprofundar o assunto
a) Funcionalismo;
b) psicofuncionalismo;
c) funcionalismo analítico; e
d) funcionalismo homuncular.

3) Reducionismo
Em seu artigo sobre a Filosofia da Mente, Everaldo Cescon esquematiza o reducionismo da seguinte forma que é bem fácil de compreender:  

“ — A mente não é nada mais do que o cérebro.
  — O cérebro não é nada mais do que um sistema biológico.
  — Sistemas biológicos não são nada mais do que interações químicas.
 — Interações químicas não são nada mais do que interações físicas.
Portanto, a mente não é nada mais do que um jogo de interações físicas.”

4) Fenomenologia

Ainda segundo  Cescon, a   fenomenologia se contrapõe a corrente reducionista afirmando que a consciência é uma propriedade ou aspecto irredutível a qualquer outra propriedade ou aspecto material.  Ela promove formas de dualismo mais suaves, como a teoria do duplo aspecto ou do paralelismo psicofísico.  Isto significa que a consciência e os processos nervosos não dependem de relação causal, mas que as modificações que ocorre em um ocorre em outro simultaneamente.

Conclusão

O avanço neste campo está emperrado e continuará assim até que a Ciência resolva investir mais incisivamente  em aparelhamento capaz de investigar o aspecto espiritual da vida.

Ciencia e Espiritualidade (não falo de religiosidade) são dois campos diferentes e complementares, mas a ciência materialista tem descartado a possibilidade de incluir o aspecto espiritual em suas pesquisas ou quando o faz, utiliza-se igualmente dos mesmos instrumentos quando, por serem diferentes, exigem modos distintos de análise.

Que fazer, como fazer e por que fazer, ainda levarão muitos leigos e pesquisadores a discursos contraditórios antes de fecharem a questão em definitivo, mas oTempo é um grande mestre até mesmo para a Ciência.


Aguardemos.


Fontes de pesquisa:
Revista Internacional de Filosofia
http://revistas.um.es/daimon/article/viewFile/119491/112551. Acesso em 07/07/2015
Wikipedia https://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia_da_mente

quinta-feira, 9 de julho de 2015

MITOS: CONHEÇA OS SEUS.


Suely Monteiro

As raízes do mito situam-se nas eras mais distantes. Seus frutos alimentaram as mentes de muitas civilizações e continuam alimentando as nossas, embora com a algumas modificações “genéticas” que dão a impressão de que eles ficaram lá atrás, na companhia dos velhos pajés e outros chefes de tribos.
Dizemos que na infância e na adolescência de nossa civilização, pela necessidade de proteção própria da idade, acreditavámos no divino e viviamos com ele,  uma relação muito mais de termor, do que de amor. Oferecíamos oferendas ao sagrado, que se manifestava através dos mitos. Mas, hoje,  na contemporaneidade, quando a sociedade se diz adulta e, intelectuamente capacitada,o mito perdeu sua força? E o temor ?  Encontramos em Mircea Eliade, pg. 20, a afirmação de que, não somente o temor continua a fazer parte de nosso universo, como a causa desse temor advém da perfeição do sagrado. Vejamos o texto:


“... seja em que domínio for, a perfeição assusta, e é neste valor sagrado ou mágico da perfeição que será necessário procurar a explicação do receio que até a mais civilizada das sociedades manifesta perante o santo ou gênio. A perfeição não pertence a este mundo. É uma coisa diferente deste mundo, embora venha até ele.”


Pensamos como Eliade. O  mito não ficou no passado, não é forma de pensamento primitivo, mas é um modo de nos situarmos diante do novo, do desconhecido .

As buscas pelo divino estão crescendo, mesmo e, apesar, do discurso do materialismo.

As dores, os medos, as catástrofes estão levando as pessoas a repensarem o divino e sua relação com Ele e, isto ocorre de muitas maneiras a depender do grau de compreensão, de maturidade e necessidade do homem em sua sociedade. 

Repito, sempre, uma frase que ouvi a algum tempo atrás, de um desconhecido: “Deus criou várias religiões para atender as diferentes necessidades de seus filhos.” E a Filosofia, na sua função de ajudar o homem a refletir, felizmente, está aberta,  para repensar esta relação com os mitos. Ela reconhece a sua importância para o aprofundamento do conhecimento sobre a sociedade originária;  o seu valor histórico-social em todas as épocas e, como forma, sempre atualizada, de entender  e viver a relação com o sagrado. 
Portano, desvendar nossos mitos pessoais pode ser uma  excelente idéia !

OTAWA - Capital do Canadá - FOTOS



Ontem, meu marido, minha filha e eu vivemos um dia especial em Otawa.
A capital canadense é muito  charmosa e gentil com seus aproximados 420 mil filhos  e  visitantes.
Meu lugar preferido é o Museu Histórico, mas quem não curte museus pode ficar tranquilo, pois a cidade apesar de pequena possui atrações para todos os gostos.
Cliquem no link e vejam  mais algumas fotos que eu fiz.



Amy Winehouse: Valerie


                              Estréia, amanhã, aqui em Montreal, o documentário  sobre 
            Amy Winehouse, 
de Asif Kapadia, com relatos sobre sua vida desde o inicio da carreira,
 seu relacionamento com Blake Fielder, 
suas participações no grammy, escandalos,  desejo de ser amada, a aparente falta de participação da familia (que segundo alguns sites não aceita a versão do documentário), no seu drama, 
 seu  envolvimento com drogas e bebidas, o que a levou à morte aos 27 anos, supostamente por over dose de bebida. 

O filme lotou mais de 130 salas em Londres e parece que não será diferente aqui.

Embora eu não faça  
apologia ao tipo de vida que ela viveu , Amy como qualquer outra pessoa, não merece ser julgada,  como pessoa ou artista, principalmente por alguém que, como eu,  não participou intimamente de sua vida e não é um critico profissional de música

Mas, ela proporcionou muitos bons momentos a muita gente, inclusive a mim que fico emocionada com sua voz toda vez que a ouço cantar, e isto, sim, importa ressaltar e agradecer.

Rogando a Deus que a ampare no mundo espiritual, preferi não divulgar o video oficial do filme, mas escolhi este em que ela  canta Valerie, como forma de lembrá-la e de homenagear Gabriela e Beatriz Leite, duas de suas ardorosas  fãs.

Boa audição!


quarta-feira, 8 de julho de 2015

George Grosz (26/07/1893 -06/07/1959)



George Grosz nasceu e morreu em Berlim .

Foi um pintor expressionista, ideologicamente comprometido o que o levou várias vezes à justiça de seu pais.  Junto com Max Beckmann e Otto Dix, ambos pintores expressionistas como ele, usou a arte como arma na Alemanha conturbada de seu tempo.

Foi aluno de Emil Orlik , grande gravurista e  litógrafo, na Academia de Artes e Ofícios de Berlim.

Morou em Paris onde conheceu o Cubismo.  Admirava  Goya e  Toulouse.

Suas obras lançadas no mercado americano acabaram levando-o definitivamente para aquele país, de onde regressou a Berlim, antes de morrer. Abaixo, algumas de suas obras retiradas do site Vicios da Poesia, conforme link no final da página.







Imagens: 
VICIOS DA POESIA http://viciodapoesia.com/2012/11/08/george-grosz-1893-1959-expoente-do-expressionismo-alemao/  Acesso em 07/07/2015.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Homenagem a meu pai


Para você papai que partiu a um mês, para constituir na Pátria Espiritual um novo lar para , se Deus quiser, um dia nos receber.

Eu lhe agradeço por ter me recebido como filha amada do seu coração o que me deu oportunidade de experimentar a vida na terra e aprender um pouco mais do muito que sei que ainda falta para eu aprender.

Ao longo de nossa convivência nos julgamos, culpamos, compreendemos e nos perdoamos, mutuamente, inúmeras vezes. 

Criamos feridas e curamos chagas pesadas que nem acreditaríamos que conseguiríamos fazer.

Vivemos dias tristes e alegres, momentos de desespero e de paz, mas, principalmente, vivemos momentos que serviram para nos unir definitivamente.

Guardo no meu coração suas manhas e seus humores, nossas mudanças e nossas construções de afeto que tiveram por base seus beijos e seus abraços e que perduram como relíquias que não troco por nenhum dinheiro, pois foram temperadas com sangue e suor, cachaça e cerveja, brigas, choros e rezas durante anos e anos de dores e amores.
Meus pais. Meus amores.

Guardo em meu coração sua voz cantando “Suely és linda e fascinante”, ou ainda, numa variante do tema seresteiro, seu preferido “ Boemia “ que cantávamos juntos como se canta um hino, no mais sagrado templo de oração.

Guardo em meu coração a sua imagem cantando músicas de amor para a mamãe, seus pedidos incessantes de dinheiro e a certeza de que estamos quites e não devemos nada um ao outro.

Você partiu e nos deixou a certeza de que fomos muito amadas.

Com você segue para sempre o nosso amor e você sabe o quanto ele é grande e profundo.

Cuide-se nesta nova vida!

(De Montreal, unida à família que oração)

Bahia de Todos os Santos

Foto Bicho de Pé

Amo esta terra de gente simples que abriga doutores.
Amo esta terra em cujas águas, as dores se diluem  ou se transformam em doces emoções.
Terra de gente colorida que aceita e incorpora  diferenças.
Terra de amor, de poesia e de paixão.
Amo esta terra que me ofereceu calor e humor.
Terra que me embalou e confortou durante muitos anos.
Salve Bahia de todos os Santos!
Salve a cidade do Salvador!

Primeiro de Julho em Montreal

Suely Monteiro  


                  A vida tem me proporcionado muitas alegrias. Mas nenhuma se compara aos amigos que ela me oferece graciosamente. 

             Tenho-os aos montes e gosto de colecioná-los. Cuido deles com todo o carinho do meu coração e cultivo seus canteiros no jardim da minha vida, com o cuidado de um jardineiro fiel. 

                   Procuro dar a cada um o melhor de mim. É claro que não tenho a pretensão de suprir todas as necessidades dos meus amigos em suas relações comigo. 

                Sei que muitas de suas expectativas são frustradas, pois o limite das minhas imperfeições é ilimitado. Mas, por serem amigos, eles relevam e continuam me fazendo imensamente feliz. Pois bem, nesses meses em Montreal, passaram a fazer parte da minha familia, pessoas que eu nem de longe imaginava que existissem. 

                   Isto é fantastico! 

                 Fomos nos encontrando, trocando figurinhas e percebendo que tinhamos mais em comum do que supunhamos como  gostos, interesses, medos, problemas, visão de mundo etc e tal  e de repente ... pimba, o coração disparou o dispositivo de entrada permitida e definitiva!

               Uma dessas pessoas é Cecilia Leite que trouxe junto com ela, o marido  Reinaldo (Rei, como ela carinhosamente o chama) e suas filhas Gabriela e Beatriz duas belas canções em forma de gente.

             Chegaram, também, a Cida com o Carlos e Amanda e muitos outros, que tudo fazem para nos agradar  (falo agora, em nome de Charles, pois sei que ele também pensa assim).  
                Hoje quero homenagear esses amigos e escolhi fazer isto atraves do filme que Cecilia , excelente  fotógrafa , fez na noite de 1 de julho. 

            Em outra oportunidade, disponibilizarei filmes nossos, mas eu ainda preciso aprender a postá-los no blog. Vou seguindo com calma o meu aprendizado de blogueira.

Então, com voces, o filme de Cecilia Leite...

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Pra que Religião?:O Mundo como eu Imagino

Suely Monteiro

Amo a Natureza em suas diferentes formas
Penso o mundo como um grande jardim cujas flores e arvores diversificadas se deixam embalar pelo vento espalhando o que elas têm de melhor para os passantes sem se preocuparem em saber que recebem.
No grande jardim da minha imaginação as funções são exercidas harmoniosamente.
É assim que algumas flores dão um colorido especial a toda área, outras lançam perfumes que embriagam os passantes, outras emitem sons ao serem tocadas pelo vento, sons que vão desde leves sussurros de amor a estalidos graves por se sentirem incomodadas com o toque.  No grande jardim, existem flores pequenas e flores grandes, flores que se abrem totalmente para todos e outras que apenas se insinuam. Flores vegetarianas e carnívoras.

As arvores de todas as idades oferecem frutos e sombras aos corpos que sob um tapete de gramas, suave e macio tal qual maravilhosa e moderna cama, se deitam para ver as estrelas, para relaxar após exaustivo trabalho, para brincar de saltar como e com crianças e para se deleitarem em ler livros e outros corpos.
Insetos e os animais longe de serem excluídos, fornecem mais vida e movimento que elevam as formas. E o sol?  Este, na grandiosidade de seu poder, muitas vezes se esconde para que as nuvens pesadas, escuras e tímidas possam ter seus momentos de prazer e chorar de gozo fecundando a terra.

Tanta aceitação, harmonia, beleza e solidariedade me comove!

Na Espanha pela Igualdade dos direitos.
Com direito a peruca  (rs).
Integrando este grande jardim, procuro, qual pequeno pássaro que leva água no bico para apagar o grande incêndio da floresta, ofertar a minha parte para que um dia, nós, os seres maiores do planeta, acordemos da ilusão de poder que nos aprisiona em um individualismo cruel, recobremos a visão de irmandade e construamos obras maiores que ultrapassem as que já sabemos construir com nossa fria e competitiva tecnologia!

Serão nossas obras frutos do Amor e nos tornarão mais gentis, amáveis e tolerantes uns com os outros.
Quando isto acontecer não mais precisaremos de religião, pois o Amor e a Caridade nos terão religados, que é o objetivo da religião, definitivamente, ao Criador.

Utopia? É possível. Afinal, com diferentes nomes ela tem precedido todas as nossas grandes realizações e egoisticamente não lhe dedicamos os créditos. 



Utopia não é um destino, mas a direção.