As mais remotas raízes da tradição cultural e religiosa do Ocidente se situam na Mesopotâmia, às margens do rio Eufrates e rio Tigre, onde floresceram inicialmente os sumeros, os babilônios e os ninivitas. Praticamente ao mesmo tempo se desenvolveu a civilização egípcia, no vale do rio Nilo.
Inventaram estes povos a escrita, através da qual deixaram, em documentos, a expressão de sua cultura e ideologia. Alguns reflexos se transmitiram até os primeiros escritos bíblicos, os quais, além de não serem de conteúdo original, servem de texto comparativo no estudo do que ainda resta de notícias sobre o segundo e terceiro milênios antes da era cristã.
Sumeros é o nome que se deu ao povo pré-semítico que viveu ao sul da Mesopotâmica, com uma história que vem dos remotos 5000 anos antes de Cristo e perdura até 2000. Vivem em cidades que têm os nomes de Sumer (de onde foi tomado o nome Sumeros), Akad, Uruk, Shurupak, Lagash e outras, de cujos reis restaram estátuas e inscrições.
Por volta do ano 2800 a.C. entram os sumeros a exercer a escrita. Superam então também a fase neolítica e passam a utilizar os metais.
Superados, cerca do ano 2000, pelos semitas, em especial pelos babilônios, permanece a cultura sumeriana, porquanto algumas de suas narrativas foram traduzidas ao semítico. Também a língua permaneceu na liturgia. Praticaram o calendário lunar e a semana de 7 dias.
Os templos sumeros têm a forma de torres volumosas, com acessos externos, com altar no topo, criando a imagem da aproximação com o céu.
Esta forma se transmitiu aos babilônios, cuja capital Babilônia se fez famosa pela chamada Torre de Babel. Significa Babel portão do céu.
A Bíblia Judaica transcreveu um episódio referente à construção da referida torre, interpretando ao nome Babel como significando confusão (- de línguas) (cf. Gênesis 9, 1-9).
Os dez reis fundadores dos sumeros teriam reinado milhares de anos e sua história apresenta feições míticas e sobrenaturalistas.
Estes episódios lembram mais uma vez as narrativas bíblicas sobre os patriarcas de alta longevidade e relacionados de perto com a divindade. Entre estes um é o fabuloso Noé, herói do dilúvio e que tem o seu correspondente sumero em Ut-Napishtim.
O poema de Guilgamesh, que narra sobre o dilúvio, cerca de 200 linhas, remonta aos séculos 17 e 18 nas versões babilônicas; fragmentos sumeros conduzem a narrativa até cerca dos séculos 15 e 16.
O texto bíblico mais recente, é de cerca do século 8.
A narrativa do dilúvio, dos sumeros, coloca em cena o herói Guilgamesh, um rei de Uruk. Este, em busca da imortalidade, procurou Ut-Napishtim, ao qual ela havia sido concedia. Encontrando-o, este lhe conta a respeito do dilúvio, do qual se evadira pela construção de uma arca, em que também colocou os animais. Não falta o episódio do pombo, que parte no sétimo dia.
Quanto ao dilúvio, as escavações revelaram que ele ocorrera na forma de grande inundação pela volta do terceiro milênio; poderia efetivamente ter dado motivo para as narrativas heróicas, do tipo Ut-Napishtim e Noé.
Babilônia, cidade principal da Mesopotâmia e fundada por volta de 2350 pelos habitantes de Akad, foi herdeira e retransmissora da cultura suméra. Destacou-se o rei Hammurabi (c. 1728-1686 a. C.), que unificou amplamente o mundo mesopotâmico.
Vem ainda de Hammurabi um antigo código de leis. Seu texto de 282 preceitos foi reencontrado em Susa (1901-1902), numa estela cilíndrica em diorito, conservada no Louvre. Codifica a jurisprudência de seu tempo, já que resultou de um reino de cidades unificadas.
No alto da estela se apresenta o deus Shamash transmitindo ao rei as leis, figuração esta indicativa do conceito de que o poder político vem do alto.
Inventaram estes povos a escrita, através da qual deixaram, em documentos, a expressão de sua cultura e ideologia. Alguns reflexos se transmitiram até os primeiros escritos bíblicos, os quais, além de não serem de conteúdo original, servem de texto comparativo no estudo do que ainda resta de notícias sobre o segundo e terceiro milênios antes da era cristã.
Sumeros é o nome que se deu ao povo pré-semítico que viveu ao sul da Mesopotâmica, com uma história que vem dos remotos 5000 anos antes de Cristo e perdura até 2000. Vivem em cidades que têm os nomes de Sumer (de onde foi tomado o nome Sumeros), Akad, Uruk, Shurupak, Lagash e outras, de cujos reis restaram estátuas e inscrições.
Por volta do ano 2800 a.C. entram os sumeros a exercer a escrita. Superam então também a fase neolítica e passam a utilizar os metais.
Superados, cerca do ano 2000, pelos semitas, em especial pelos babilônios, permanece a cultura sumeriana, porquanto algumas de suas narrativas foram traduzidas ao semítico. Também a língua permaneceu na liturgia. Praticaram o calendário lunar e a semana de 7 dias.
Os templos sumeros têm a forma de torres volumosas, com acessos externos, com altar no topo, criando a imagem da aproximação com o céu.
Esta forma se transmitiu aos babilônios, cuja capital Babilônia se fez famosa pela chamada Torre de Babel. Significa Babel portão do céu.
A Bíblia Judaica transcreveu um episódio referente à construção da referida torre, interpretando ao nome Babel como significando confusão (- de línguas) (cf. Gênesis 9, 1-9).
Os dez reis fundadores dos sumeros teriam reinado milhares de anos e sua história apresenta feições míticas e sobrenaturalistas.
Estes episódios lembram mais uma vez as narrativas bíblicas sobre os patriarcas de alta longevidade e relacionados de perto com a divindade. Entre estes um é o fabuloso Noé, herói do dilúvio e que tem o seu correspondente sumero em Ut-Napishtim.
O poema de Guilgamesh, que narra sobre o dilúvio, cerca de 200 linhas, remonta aos séculos 17 e 18 nas versões babilônicas; fragmentos sumeros conduzem a narrativa até cerca dos séculos 15 e 16.
O texto bíblico mais recente, é de cerca do século 8.
A narrativa do dilúvio, dos sumeros, coloca em cena o herói Guilgamesh, um rei de Uruk. Este, em busca da imortalidade, procurou Ut-Napishtim, ao qual ela havia sido concedia. Encontrando-o, este lhe conta a respeito do dilúvio, do qual se evadira pela construção de uma arca, em que também colocou os animais. Não falta o episódio do pombo, que parte no sétimo dia.
Quanto ao dilúvio, as escavações revelaram que ele ocorrera na forma de grande inundação pela volta do terceiro milênio; poderia efetivamente ter dado motivo para as narrativas heróicas, do tipo Ut-Napishtim e Noé.
Babilônia, cidade principal da Mesopotâmia e fundada por volta de 2350 pelos habitantes de Akad, foi herdeira e retransmissora da cultura suméra. Destacou-se o rei Hammurabi (c. 1728-1686 a. C.), que unificou amplamente o mundo mesopotâmico.
Vem ainda de Hammurabi um antigo código de leis. Seu texto de 282 preceitos foi reencontrado em Susa (1901-1902), numa estela cilíndrica em diorito, conservada no Louvre. Codifica a jurisprudência de seu tempo, já que resultou de um reino de cidades unificadas.
No alto da estela se apresenta o deus Shamash transmitindo ao rei as leis, figuração esta indicativa do conceito de que o poder político vem do alto.
Ainda que existam fragmentos pouco mais antigos que o código de Hammurabi, eles expressam apenas uma legislação local. É, pois, o código redescoberto em Susa a mais antiga importante fonte do direito, inclusive com influências sobre os judeus, como se observa na legislação mosaica.
Enuma-Elisch, poema babilônico denominado pelas suas primeiras palavras e encontrado em 1875 na biblioteca do rei Assurbanipal, é o mais importante documentário sobre a origem do mundo, ao modo como o entendiam os babilônios. Poderá expressar as idéias mais antigas dos sumeros, dos quais teriam sido herdadas pelos semitas.
Nas origens existia um caos aquoso, de duas entidades, masculina e feminina - o velho Apsu, como um oceano primordial; e Tiamat, personificação do mar.
Criados os primeiros deuses, opõem-se ao velho Apsu. Tiamat resiste aos deuses, criando onze monstros horríveis. Marduk, o mais inteligente dos deuses, vence Tiamat, e constrói o mundo com o corpo desta, separando a terra e o firmamento do céu.
Texto inicial do Enuma-Elisch;
"Quando no alto não se nomeava o céu,
e em baixo a terra não tinha nome;
do oceano primordial (Apsu), seu pai,
e da tumultuosa Tiamat, a mãe de todos,
as águas se fundiam,
e os campos não estavam unidos uns com os outros,
nem se viam os canaviais;
quando nenhum dos deuses tinha aparecido,
nem eram chamados pelo seu nome,
nem tinham qualquer destino fixo,
foram criados os deuses no seio das águas".
Enuma-Elisch, poema babilônico denominado pelas suas primeiras palavras e encontrado em 1875 na biblioteca do rei Assurbanipal, é o mais importante documentário sobre a origem do mundo, ao modo como o entendiam os babilônios. Poderá expressar as idéias mais antigas dos sumeros, dos quais teriam sido herdadas pelos semitas.
Nas origens existia um caos aquoso, de duas entidades, masculina e feminina - o velho Apsu, como um oceano primordial; e Tiamat, personificação do mar.
Criados os primeiros deuses, opõem-se ao velho Apsu. Tiamat resiste aos deuses, criando onze monstros horríveis. Marduk, o mais inteligente dos deuses, vence Tiamat, e constrói o mundo com o corpo desta, separando a terra e o firmamento do céu.
Texto inicial do Enuma-Elisch;
"Quando no alto não se nomeava o céu,
e em baixo a terra não tinha nome;
do oceano primordial (Apsu), seu pai,
e da tumultuosa Tiamat, a mãe de todos,
as águas se fundiam,
e os campos não estavam unidos uns com os outros,
nem se viam os canaviais;
quando nenhum dos deuses tinha aparecido,
nem eram chamados pelo seu nome,
nem tinham qualquer destino fixo,
foram criados os deuses no seio das águas".
Texto sobre a formação do mundo por Marduk com o corpo de Tiamat vencida:
"Divide a carne monstruosa, concebe idéias artísticas.
Despedaça-a como um peixe nas suas duas partes.
Instalou uma das suas metades, cobrindo com ela o céu.
Colocou o ferrolho; pôs um porteiro e
ordenou-lhe que não deixasse sair as águas".
Segue a criação dos luzeiros do céu, formação dos dias e finalmente do homem, como servidor dos deuses.
O modelo criacionista babilônico se refletirá sobre as cosmogonias posteriores, com as adaptações e melhorias peculiares aos tempos em curso. O paralelismo com o Gênesis bíblico é evidente.
Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio
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