SUELY MONTEIRO
Basta uma chama para aplacar as trevas. Isto não é menos verdadeiro quando nos referimos à Espanha inquisitorial que, no meio de tantas trevas, deu à luz o grande pintor Diego Rodriguez de Silva y Velásquez, o nosso comentado desta semana.

Seus primeiros trabalhos ressaltam os aspectos de luz e sombra característicos de Caravaggio, muito embora diferenciasse deste por destacar cada detalhe do modelo e não ater-se apenas ao grotesco ou cômico.
Quando teve a oportunidade de ingressar na corte, sua vida mudou completamente e se tornou o principal pintor da corte do Rei Felipe IV. Artista formidável, com grande habilidade técnica para retratar pessoas, fez várias obras retratando celebridades.

Sabe-se que foi muito amigo de Paul Rubens e que este o inspirou a pintar cenas mitológicas.
O que Velásquez fazia com os pinceis eu sou incapaz de fazer com os signos linguísticos e talvez por isto nem me animo a aprofundar os detalhes da obra deste artista que foi o primeiro a pintar o ar.
Em uma de minhas viagens a Madrid tive a oportunidade de, em companhia de meu marido, visitar o museu do Prado e conhecer um pouco do que ele fez.