João Teixeira
Filosofia da mente é um estilo de
filosofar que nos últimos anos vem recolocando questões centrais da filosofia
como: O que é o pensamento? Qual a natureza do mental? O que é consciência?
Será o cérebro o produtor da mente? Ou apenas o seu hospedeiro biológico? O
principal problema abordado pelos filósofos da mente é a relação mente-cérebro.
A data oficial do surgimento da filosofia da mente é 1949, ano em que
foi publicado o livro clássico do filósofo inglês Gilbert
Ryle, “The Concept of Mind”. De lá para cá a filosofia da mente se expandiu
muito, estabelecendo interfaces com várias outras disciplinas filosóficas como
a filosofia da ciência, a filosofia da linguagem, e a filosofia da psicologia.
Sua característica distintiva é constituir-se numa investigação impura, na qual
a filosofia se alia às ciências que investigam empiricamente os fenômenos
mentais.
Dois grandes movimentos científicos interessam aos filósofos da mente: a
neurociência, principalmente depois da descoberta da neuroimagem e a
inteligência artificial, que mais recentemente tornou-se ciência cognitiva. A
inteligência artificial quis produzir máquinas pensantes, a neurociência quis
fotografar a consciência, localizando-a num ponto específico do cérebro. Nenhum
desses projetos foi concluído, mas ambos vêm tendo conseqüências profundas
sobre as comunidades científica e filosófica.
Atualmente a filosofia da mente é um rizoma bibliográfico imenso, com
milhares de artigos e livros publicados. Seus autores são, na sua maioria,
cientistas-filósofos ou filósofos cientistas.
Fonte:
Acesso: 29/11/1012 -14:30h
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