Ao voltarmos nosso olhar para o passado, dificilmente, poderemos
identificar um período em que o homem esteve totalmente estacionado em todos os
aspectos. Criado para a perfeição, ele busca, ao logo dos milênios cumprir sua
sina de crescer e ser feliz. A arte, nos seus variados aspectos, tem sido sua
companheira de viagem e, como ele, sofreu, ao logo dos tempos, muitas
transformações, algumas vezes recebendo influências dos costumes sociais e em
outras, reagindo a eles em busca de novos modelos.
O Romantismo foi um movimento reacionário com características tanto
de protesto quanto progressista, surgido na Europa por volta de 1800.
Inicialmente, se fez sentir na literatura e Filosofia, para depois expandir-se
nas outras variantes da arte, conservando, porém, em todas elas, nos diversos
momentos que marcaram o movimento: a) cunho pessoal e subjetivista em
detrimento do coletivo; b) liberdade de criação, de expressão; c) nova
concepção da natureza; d) crítica social, principalmente na sua ultima fase; e)
sentimentalismo: emoção, paixão exagerada, que se desdobram em tendências e
temas voltados para o nacionalismo, indianismo, o confessionalismo, o
individualismo e o pessimismo exagerados, entre outros, e que são grandemente
marcados na literatura, por autores que levam seus personagens mais evidentes a
optar pela morte como forma de solucionar suas dores, seus problemas.
Na literatura europeia, Lorde Byron, Goethe, Schiller, Stendhal,
Walter Scott, Victor Hugo, Almeida Garret e Camilo Castelo Branco são
importantes representantes de diferentes períodos do Romantismo, tomado aqui,
também, como extensão do pré-romantismo, cujas obras influenciaram muitíssimo a
literatura romântica brasileira, como por exemplo, o byronismo de Álvares de
Azevedo e ultrarromantismo de Casimiro de Abreu, ambos pertencentes à segunda
geração de românticos. Na primeira geração, sobressaltam o
nacionalismo-indianismo de Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias e Araújo
Porto Alegre.
Além de Sousândrade e Tobias Barreto, a terceira geração de
românticos no Brasil, conta como principal representante o poeta baiano Castro
Alves.
Em relação à
música, além de manter as características de valorização da liberdade, da
expressão e das emoções, próprias do movimento, não poucas vezes os
compositores românticos se inspiraram na literatura e na pintura para se
expressarem musicalmente. Vale lembrar
que, historicamente, a Revolução Francesa, recém-ocorrida, havia causado
grandes mudanças sociais e que a classe burguesa, em ascensão, tornara-se,
portanto, um público ideal, que acorria às salas de concertos, em busca da nova
música que incorporava canções populares e instrumentos como o piano e a
orquestra, “numa explosão de cores sonoras” (Wikillerato, 2013).
Ainda hoje, nomes como Beethoven, iniciador do Romantismo na Alemanha, Schubert (Sinfonia inacabada); Schulman (Poemas Sinfônicos), Liszt (Rapsódia Húngara), Chopin (Noturnos), fazem muitos corações balançarem emocionados. Wagner, mais tardiamente, encanta Nietzsche. Na ópera, Rossini (O Barbeiro de Sevilha), Verdi (Aída), dentre outros, continuam a ser executados e levam um grande público aos teatros, mesmo em plena época da estonteante música eletrônica.
Ainda hoje, nomes como Beethoven, iniciador do Romantismo na Alemanha, Schubert (Sinfonia inacabada); Schulman (Poemas Sinfônicos), Liszt (Rapsódia Húngara), Chopin (Noturnos), fazem muitos corações balançarem emocionados. Wagner, mais tardiamente, encanta Nietzsche. Na ópera, Rossini (O Barbeiro de Sevilha), Verdi (Aída), dentre outros, continuam a ser executados e levam um grande público aos teatros, mesmo em plena época da estonteante música eletrônica.
Mas, para concluir é preciso vestir a túnica do confessionalismo romântico e
dizer que olhar um quadro, como por exemplo, “A Liberdade guiando o povo”, de Eugène
Delacroix, a “Maja Nua” ou a “Maja Vestida”, de Francisco Goya, ou mesmo ler
uma bela página de Goethe ao som de Tchaikovsky, gera uma sensação de bem estar
e plenitude que, são certamente, motivos suficientes para que o Romantismo
continue tão atual e justificam, o leigo, chamar de Romântica, toda música
erudita de sucesso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário