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sábado, 5 de dezembro de 2009

Roma - Constantino.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Quando a Noite Vem...


Quando a noite chega e o sono não vem, entrego meu corpo ao doce aconchego da cama e, em espírito, alço vôo ao mundo dos sonhos. Encontro amigos, corrijo distorções do pensamento, envio mensagens de esperança a todos os que estão em sofrímento e, me deleito na maravilha de estar nu mundo onde nada além do eu pode acontecer...
Quando a noite vem e o sono não chega, fecho os olhos e penso em Deus na imensidão das pequeninas coisas, dos gestos delicados e das forças que sustentam o fraco na desgraça....
Quando a noite vem e o sono não chega, caminho pelos caminhos dos céus iluminada pelas estrelas que conspiram para que a escuridão não me entorpeça a alma.
Quando a noite vem e o sono não chega, penso nos peregrinos da arte que fazem viagens pelo interior dos seres e, ao final dão concretude aos sonhos que de suas almas não puderam nascer.
Quando a noite chega e o sono demora, rolo na cama qual ave derrapando pela ribanceira e sinto as dores das morte dos sonhos que não foram sonhados por não insistirem que podiam ser.
Quando a noite chega e o sono demora, contemplo as paredes do mundo na certeza de que mesmo acordada muita gente dorme .
Enfim, depois de tanto tempo em atividade na cama, o corpo cansado resolve, ele mesmo, sair e buscar o sono que estava escondido num programa de TV, num livro ou mesmo sentado tranquilo na varanda...
Tilly Monteiro

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A arte no conceito de Platão e Aristóteles.

Fernando Santoro
“... Dizer que a poesia é imitação, para a teoria apresentada na República, é distanciá-la duplamente da verdade, pois em primeiro lugar está a verdade na idéia em si mesma de algo; se um artesão vislumbra esta idéia e produz um objeto, este é gerado a certa distância da verdade, e se um poeta canta nos seus versos este objeto, então ele está afastado mais ainda da verdade.
O poeta, sendo imitador, é um artífice de segunda categoria, o mais afastado da verdade, próximo aos prestidigitadores e ilusionistas, porque não produz mais do que sombra das coisas. Isto é quase uma afronta ao senso comum dos gregos, que cultuavam seus poetas como os mais sábios dentre os homens, porta-vozes de seu panteão tradicional e do conhecimento das virtudes.
Aristóteles herda de Platão a categoria de “arte mimética”, mas, ao menos no tocante ao que nós chamamos de artes literárias, ele está disposto a resgatar-lhes aquele valor arcaico tradicional de sabedoria e verdade. Já no que diz respeito às outras artes miméticas, as não literárias, Aristóteles, por omissão, as deixa no mesmo patamar em que sempre estiveram: ofício de artesão, atividade socialmente inferior, servil.
Quando muito, o Filósofo faz uma distinção entre os mestres arquitetos e os que simplesmente obram com as mãos. Tal distinção ainda salva do total desprestígio alguém como Fídias, o arquiteto e mestre escultor dos monumentos da Atenas de Péricles. ... Se Aristóteles chegou a enquadrar num mesmo gênero mimético as artes literárias e as artes plásticas, como certamente o fez Platão, não era por dar-lhes o mesmo “valor artístico”. A mímesis aristotélica é um contraponto à mímesis de Platão: ela não define o valor artístico (baixo), mas vem resgatar o valor de verdade.
Se, para Platão, a imitação era o distanciamento da verdade e o lugar da falsidade e da ilusão, para Aristóteles, a imitação é o lugar da semelhança e da verossimilhança, o lugar do reconhecimento e, assim, da representação."
Trechos retirados dos ANAIS DE FILOSOFIA CLÁSSICA, vol. 2 nº 4, 2008
ISSN 1982-5323
Fonte: http://www.pec.ufrj.br/ousia/

OBRA DE ARTE

OBRA DE ARTE
Amores na bela Capital Catarinense.