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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Jean Jacques Rousseau.






ENSINAR A PENSAR.


Immanuel Kant

Espera-se que o professor desenvolva no seu aluno, em primeiro lugar, o homem de entendimento, depois, o homem de razão, e, finalmente, o homem de instrução. Este procedimento tem esta vantagem: mesmo que, como acontece habitualmente, o aluno nunca alcance a fase final, terá mesmo assim beneficiado da sua aprendizagem. Terá adquirido experiência e ter-se-á tornado mais inteligente, se não para a escola, pelo menos para a vida.
Se invertermos este método, o aluno imita uma espécie de razão, ainda antes de o seu entendimento se ter desenvolvido. Terá uma ciência emprestada que usa não como algo que, por assim dizer, cresceu nele, mas como algo que lhe foi dependurado. A aptidão intelectual é tão infrutífera como sempre foi. Mas ao mesmo tempo foi corrompida num grau muitíssimo maior pela ilusão de sabedoria. É por esta razão que não é infrequente deparar-se-nos homens de instrução (estritamente falando, pessoas que têm estudos) que mostram pouco entendimento. É por esta razão, também, que as academias enviam para o mundo mais pessoas com as suas cabeças cheias de inanidades do que qualquer outra instituição pública.
[...] Em suma, o entendimento não deve aprender pensamentos mas a pensar. Deve ser conduzido, se assim nos quisermos exprimir, mas não levado em ombros, de maneira a que no futuro seja capaz de caminhar por si, e sem tropeçar.
A natureza peculiar da própria filosofia exige um método de ensino assim. Mas visto que a filosofia é, estritamente falando, uma ocupação apenas para aqueles que já atingiram a maturidade, não é de espantar que se levantem dificuldades quando se tenta adaptá-la às capacidades menos exercitadas dos jovens. O jovem que completou a sua instrução escolar habituou-se a aprender. Agora pensa que vai aprender filosofia. Mas isso é impossível, pois agora deve aprender a filosofar. [...] Para que pudesse aprender filosofia teria de começar por já haver uma filosofia. Teria de ser possível apresentar um livro e dizer: “Veja-se, aqui há sabedoria, aqui há conhecimento em que podemos confiar. Se aprenderem a entendê-lo e a compreendê-lo, se fizerem dele as vossas fundações e se construírem com base nele daqui para a frente, serão filósofos”. Até me mostrarem tal livro de filosofia, um livro a que eu possa apelar, [...] permito-me fazer o seguinte comentário: estaríamos a trair a confiança que o público nos dispensa se, em vez de alargar a capacidade de entendimento dos jovens entregues ao nosso cuidado e em vez de os educar de modo a que no futuro consigam adquirir uma perspectiva própria mais amadurecida, se em vez disso os enganássemos com uma filosofia alegadamente já acabada e cogitada por outras pessoas em seu benefício. Tal pretensão criaria a ilusão de ciência. Essa ilusão só em certos lugares e entre certas pessoas é aceita como moeda legítima. Contudo, em todos os outros lugares é rejeitada como moeda falsa. O método de instrução próprio da filosofia é zetético, como o disseram alguns filósofos da antiguidade (de zhtein). Por outras palavras, o método da filosofia é o método da investigação. Só quando a razão já adquiriu mais prática, e apenas em algumas áreas, é que este método se torna dogmático, isto é, decisivo. Por exemplo, o autor sobre o qual baseamos a nossa instrução não deve ser considerado o paradigma do juízo. Ao invés, deve ser encarado como uma ocasião para cada um de nós formar um juízo sobre ele, e até mesmo, na verdade, contra ele. O que o aluno realmente procura é proficiência no método de refletir e fazer inferências por si. E só essa proficiência lhe pode ser útil. Quanto ao conhecimento positivo que ele poderá talvez vir a adquirir ao mesmo tempo — isso terá de ser considerado uma consequência acidental. Para que a colheita de tal conhecimento seja abundante, basta que o aluno semeie em si as fecundas raízes deste método.

Texto retirado de “Anúncio do Programa do Semestre de Inverno de 1765-1766” da coletânea de textos Theoretical Philosophy, 1755-1770 (edição de David Walford e Ralf Merbote, Cambridge University Press, 1992), pp. 2:306-7.
Fonte:
http://ateus.net/artigos/ceticismo/ensinar-a-pensar/


FOTOGRAFIA


Abro um parêntese nos estudos de Filosofia para prestar homenagem a um grande pai.
À mesa o homenageado com seus lindos cabelos brancos abre-se em sorriso para as câmeras, na certeza de que ao longo dos anos tem sido um pai para quem os filhos estão sempre em primeiro lugar.
Nossa família, feliz, celebra esse dia estendendo esta homenagem ao todos os pais de nossa terra.
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Comédia Antiga

Aristóteles, ao afirmar que a imitação é parte da natureza humana (Arist. Po. 1448a-b), pontuou que, enquanto a tragédia mostrava os homens melhores do que eram, a comédia imitava mostrando os homens piores do que são...
Não se sabe ainda qual a origem exata desse gênero cômico, mas foi sem dúvida em Atenas que as condições políticas, econômicas e sociais favoreceram seu pleno desenvolvimento. As representações cômicas em Atenas começaram oficialmente nas Dionísias Urbanas[1] de -486, porém cenas pintadas em vasos mostram que elas já existiam bem antes disso.

O mais antigo formato cômico de que temos notícia segura é o da "Comédia Antiga" e a mais antiga comédia que chegou até nós, da autoria de Aristófanes, data de -425. Conhecemos a Comédia Antiga, desse modo, somente através de seus momentos finais, o período que corresponde aproximadamente à Guerra do Peloponeso (-431/-404).

A Comédia Antiga se caracterizou pela sátira direta aos políticos do momento, aos cidadãos proeminentes e às insituições da cidade. Eram notáveis, ainda, os temas fantásticos e a caracterização extravagante do coro. Havia também uma parte característica da representação, a parábase, situada mais ou menos no meio da peça, quando o coro suspendia parcialmente a ilusão dramática e se dirigia diretamente ao público.
Para nós, mais de 2.400 anos depois, a Comédia Antiga é sinônimo de Aristófanes, o único poeta de quem temos comédias completas. Suas duas últimas comédias, representadas entre -400 e -388, mostram já o esgotamento do gênero: o coro desapareceu e há apenas vestígios da parábase. Essa fase, conhecida entre os eruditos por "Comédia Intermediária", prenuncia o novo estilo cômico da "Comédia Nova" helenística.
Notas
1.       As dionísias urbanas eram uma das mais importantes festas religiosas de Atenas. Era dedicada ao deus Dioniso e celebrada todos os anos no início da primavera — fins de março e início de abril —, no mês conhecido por elaphebolión (gr. ἐλαφηβολιών). Durava seis dias e consistia em procissão solene, sacrifícios, concurso de poesia ditirâmbica, concurso de tragédias e concurso de comédias. Além dos atenienses, comparecim à festa gregos de outras cidades e até estrangeiros aliados de Atenas
Fonte
http://greciantiga.org/arquivo.asp?num=0255

PLUTÃO


Plutão, em Roma, era o nome do deus grego Hades, deus do submundo. Irmão de Júpiter, Netuno, Ceres, Vesta e Juno, faz parte da primeira geração dos deuses olímpicos.

De acordo com a mitologia, quando os três filhos de Cibele e Saturno fizeram a partilha do universo, Netuno ficou com os mares, Júpiter tomou posse do Olímpo, e Plutão ficou conseqüentemente com os Infernos (também chamado Hades). O deus governou o reino da morte sozinho até se apaixonar pela bela deusa Proserpina.

Embora o relacionamento entre os dois parecesse ter começado mal, pois Plutão sequestrou a deusa separando-a de sua família deixando-a inconsolável, sua união era calma e amorosa, ao contrário do casamento de seus irmãos Jupíter e Juno.

Embora identificado com Hades, o deus grego do mundo dos mortos, representa o seu aspecto benfazejo, e presidia as riquezas agrícolas. Hades era tão temido que ninguém ousava pronunciar seu nome, e quando era para se referir a ele, usavam outras definições. Dentre muitas, a mais conhecida é Plutão.

Por bastante tempo, o apelido substituiu o verdadeiro nome de Hades, dando origem ao deus romano.
  Fonte:
 http://www.espiritualismo.hostmach.com.br/mitologia_greco_romana_6.htm

OBRA DE ARTE

OBRA DE ARTE
Amores na bela Capital Catarinense.