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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sob o azul do céu...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Elvis Presley Live - My Way

ARTE


MUSEU DE VERSAILLES
ARTE CONTEMPORÂNEA,
EU, INCLUSIVE.

SOBRE O CASAMENTO

O casamento é um momento de consagração de duas pessoas, de promessas que deverão ser lembradas e guardadas todo dia e para sempre, não arquivadas numa fita magnética na última gaveta do armário menos acessível. Veja.
Fonte:


Peggy Wolf é artista plástica.
Nasceu na Alemanha e estudou design de moda por muitos anos. O curso serviu como uma complementação para o sucesso porque Wolf percebeu que sua verdadeira paixão era mesmo o desenho artístico
O trabalho de Peggy Wolf tem tudo de moda e elegância. Sua principal inspiração é o universo feminino que por sua vez vem representada numa mistura de cores leves e fortes, flores, animais, muita maquiagem, adereços e charme. Wolf utiliza aquarela, nanquim, lápis e na maioria das vezes faz colagens para compor suas telas.

O CÉREBRO NA CUBA

Tudo começou numa quinta‑feira à noite.
Eu estava sozinho em meu escritório observando pela janela a chuva que caia nas ruas desertas lá fora.
Foi então que o telefone tocou.
Era Anne, a esposa de Harry, e ela parecia terrificada.
Ela me contou que estavam sozinhos em seu apartamento preparando a última refeição do dia quando a porta da frente do apartamento veio a baixo e por ela entraram seis homens encapuzados. Os homens estavam armados e obrigaram Harry e Anne a deitarem‑se no piso do apartamento com o rosto para baixo. Um dos homens passou a examinar os bolsos de Harry até que encontrou sua carteira de motorista. Examinou a carteira por algum tempo, comparando a foto com o rosto de Harry. Após algum tempo de exame falou para os outros “OK! É ele mesmo”. Dito isto retirou do bolso uma agulha hipodérmica e introduziu na veia do braço de Harry uma substância que o fez perder a consciência quase que imediatamente. Por alguma razão que Anne desconhece, eles não fizeram o mesmo com ela. Apenas a amarraram e deixaram no piso do apartamento. Dois outros homens, vestidos de branco e usando máscaras, entraram no apartamento conduzindo uma maca sobre rodas. Colocaram o corpo inerte de Harry sobre ela e o cobriram com lençóis brancos. Imediatamente conduziram a maca para fora do apartamento. Todos partiram e Anne ficou imobilizada no piso do apartamento. Ela conseguiu lutar para se soltar e ainda conseguiu ir aos pulos até a janela do apartamento a tempo de ver os sujeitos colocarem a maca com Harry sobre ela, dentro de uma ambulância. Partiram à toda velocidade.

No momento em que me telefonava, ela já havia se livrado das amarras. Antes disto telefonou para a polícia para fazer uma denúncia de sequestro. Para sua surpresa não vieram policiais normais e sim dois homens vestindo terno e gravata e nada amistosos. Eles, sem nem mesmo examinar a cena do ocorrido, disseram para ela que nada poderiam fazer e que se ela soubesse o que era bom para ela, deveria manter silêncio sobre o ocorrido. Caso comunicasse a mais alguém, eles lançariam sobre ela a acusação de que era paranóica e nunca mais iria ver seu marido novamente.

Não sabendo o que mais fazer, Anne telefonou para mim. Ela ainda teve a presença de espírito de anotar a placa da ambulância e eu não tive dificuldades em encontrá‑la estacionada numa clínica nos arredores do centro da cidade. Quando cheguei mais próximo da clínica fiquei surpreso em notar que era mais reforçada que uma fortaleza militar. Havia guardas na entrada e muros altos ao redor de todo prédio. Como eu tive treinamento militar me esforcei para superar os muros altos e penetrar dentro da clínica. Todas as janelas do piso térreo possuiam grades de proteção. Assim, tive trabalho de soltar uma das grades da janela que, por sorte, alguém deixou aberta. Quando entrei percebi que estava num laboratório. Ouvi vozes abafadas numa sala ao lado, caminhei pelo corredor com todo cuidado e espiei pelo buraco da fechadura o que ocorria dentro daquela sala. O que pude ver era como que uma sala de operações com uma equipe de cirurgiões conversando e trabalhando sobre a maca em que se encontrava o corpo inerte de Harry. Ele estava coberto com tecido usado em cirurgias e parecia que saiam tubos da parte superior de seu corpo. Tive de conter um grito quando percebi que eles haviam removido a parte superior do crânio de Harry. Para minha consternação, um dos cirurgiões pôs as mãos enluvadas dentro do crânio de Harry e retirou de lá seu cérebro e o colocou numa cuba de aço inoxidável. Os tubos e conexões que vi estavam agora ligados ao cérebro, fora do corpo, de Harry. Os cirurgiões transportaram o cérebro de Harry cuidadosamente até um tanque cheio de um líquido irreconhecível. Minha primeira impressão foi a de que eu estava presenciando uma espécie de ritual moderno satanista que faziam suas magias através da vivecção de cérebros das pessoas. Meu segundo pensamento foi o de que Harry nunca teve, de fato, um cérebro e que aquela rotina era normal.
Minhas especulações foram interrompidas quando luzes apareceram atrás de mim e, ao me voltar, deparei‑me com os tipos de cirurgiões mais assustadores que já havia conhecido. Eles me imobilizaram e conduziram a uma sala colocando meu corpo sobre uma mesa de cirurgia. Logo pensei “É minha vez agora!” Podia ouvir as vozes dos médicos atrás de mim, mas não conseguia observar o que faziam. Talvez estivessem decidindo meu futuro. Neste momento uma porta se abriu e pude ouvir a voz de uma mulher. A maneira como os médicos malignos se comportaram com a presença da mulher permitiu saber que ela era a chefe de todos. Eu tentava ver quem era a mulher, mas a forma como estava amarrado à mesa não permitia. Foi então que ela se aproximou e olhou diretamente para meu rosto.
Fiquei surpreso ao reconhecer minha secretária Margot. Comecei a pensar se tudo aquilo era devido a um aumento de salário que lhe neguei no Natal. Era Margot, mas uma Margot diferente daquela que eu sempre conhecera. Ela usava uma entonação autoritária quando se dirigiu a mim “Bem Mike, você acreditou que era uma cara esperto, seguindo Harry até a clínica”. Mesmo nesta situação ela ainda mantinha uma voz sexy, apesar de eu não estar pensando sobre isto naquele momento. Ela continuou falando “Tudo isto foi um truque para trazê‑lo até aqui. Você viu o que ocorreu com Harry. Mas, sabe, ele não está totalmente morto. Aqueles cavalheiros são neurocientistas premiadíssimos no mundo todo. Eles desenvolveram um procedimento cirúrgico com o qual podem remover o cérebro de um corpo e, mesmo assim, manter o cérebro vivo numa cuba com nutrientes. Por certo que o departamento de saúde pública não aprovaria o procedimento, nem nós apresentaremos este fato a eles. Você vê todos aqueles tubos e conexões saindo do cérebro de Harry? Eles o conectam a um super‑poderoso‑computador. O computador monitora o output do córtex em provê um input no córtex sensório de tal forma que tudo parece normal para Harry. São produzidas ficções mentais da vida que combinam perfeitamente com suas lembranças do passado de tal forma que ele não sabe nada do que está lhe ocorrendo de fato. Ele acredita que, neste momento, está se aprontando para ir ao escritório. Contudo, ele nada mais é que um cérebro numa cuba”.
Ela continuou me explicando “Uma vez que nosso procedimento tenha sido completamente testado iremos até o Departamento de Administração de Drogas (FDA). Contudo, ainda necessitamos de mais algumasexperiências iniciais. Com Harry foi fácil. Mas necessitávamos de alguém com uma vida mais variada e interessante para realizar testes com nossos softwares: alguém como você!” Neste momento eu me preparei para começar a gritar por socorro. Os cirurgiões reuniram‑se em torno a mim com olhares malévolos. Um dos cirurgiões ainda segurava um bisturi ensanguentado na mão se aproximou de mim, mal contendo sua excitação. Mas Margot aproximou‑se mais de meu ouvido e disse Aposto que você está pensando que vamos operar você e retirar seu cérebro, tal com fizemos com o Harry, não é? Mas você não tem do que se assustar. Nós não vamos remover seu cérebro. Nós já o fizemos, de fato, três meses atrás”.
Com isto, me deixaram sair. Encontrei o caminho de volta ao meu escritório numa espécie de torpor. Por alguma razão, eu não contei nada disto a outras pessoas. Eu não conseguia acreditar naquela experiência que vivenciei na clínica. Contudo, algumas marcas ficaram. Me sinto atônito com a suspeita de que eu sou, de fato, um cérebro numa cuba e tudo que vejo ao meu redor é apenas invenção daquele software maligno. Além disto, como poderia contar? Se o programa do computador realmente funciona, não importa o que eu faça, tudo parecerá normal para todas as pessoas. Talvez tudo que eu veja não seja real! Esta possibilidade está me deixando maluco. Estou considerando a possibilidade de ir até aquela clínica voluntariamente e pedir que removam meu cérebro apenas para que eu tenha certeza de que vivo num mundo real.
 Mike é um sujeito de sorte, pois Margot lhe contou o que havia lhe ocorrido. Talvez ele não seja um cérebro numa cuba. Não há como ele ter certeza. Se você meditar sobre o caso, talvez nem você tenha certeza de que “não” seja um cérebro numa cuba. Quais as evidências que você possui de que sua percepção do mundo é real? Será que sua visão, tato, olfato, audição são de coisas reais, ou são fruto de inputs do software maligno? Todo o mundo que você vê e com o qual corresponde, pode ser uma ficção. Se você não consegue provar que não é um cérebro numa cuba, então também não consegue provar que o conhecimento do mundo material é possível. Você está diante de um problema cético
Autor: John Pollack
Fonte LD Curso Filosofia Unisul Virtual
www.unisulvirtual.com.br 
A sua universidade à distância!


NOTASS SOBRE O CÉREBRO NA CUBA




01-O cérebro na cuba, ou no aquário, é uma experiência do pensamento, ou seja, serve para esclarecer certos argumentos filosóficos.

02-O que é um cérebro na cuba? Basicamente, situação em que o corpo se perdeu e o indivíduo esta limitado a ser um cérebro conectado a um computador, que lhe fornece a ilusão de realidade. Mesma situação do filme Matrix.

03-Crença: é ter uma forte convicção sem uma razão ou motivo para acreditar em alguma coisa.

04-Conhecimento: é quando existe uma razão ou motivo para acreditar em alguma coisa.

05-Somos um cérebro em uma cuba?

1-Temos a crença de possuirmos um corpo e que existe uma realidade circundante.

2-Mas não temos conhecimento sobre o corpo e o mundo, já que não existe uma razão ou motivo para acreditar nisso.

06-É escandaloso, mas fosse você um cérebro em uma cuba ou um ser humano completo (real) tudo pareceria exatamente igual, já que não há como distinguir uma situação da outra.

07-O argumento do cético: não conhecemos nada sobre o mundo que nos cerca. A respeito do mundo e mesmo do nosso corpo, só temos crenças não fundamentadas.

08-A palavra-chave aqui é conhecimento. Conhecer não é a mesma coisa que crer.

09-A visão do senso comum sustenta que de fato nós conhecemos o mundo exterior.

10-Visão do cético: não há razão, nem motivo, para acreditar que há um mundo exterior e mesmo que tenhamos um corpo.

11-Devemos nos fiar no senso comum?

1-As pessoas achavam que era óbvio que a Terra era plana.

2-Parece que o sol gira em torno da Terra.

3-Parece que o sol é menor que a lua e a Terra.

12-Diante de duas hipóteses sobre o mundo - o mundo real e o mundo virtual - o cético diz não haver razão para acreditar no mundo real ou mundo virtual.

13-A navalha de Ockan nos diz que entre duas hipóteses que se equivalem, devemos preferir a mais simples.

14-Então, entre um mundo real e um mundo virtual, devemos ficar com o mundo real.

15-Por quê?

1-No caso do mundo real só existe um único mundo, este que estamos.

2-No caso do mundo virtual há dois mundos. Um mundo real com a cuba, seu cérebro, o computador e os cientistas, e o mundo virtual em que você pensa que está, com árvores, pessoas, cidades virtuais.

16-Resta saber se a hipótese de que o mundo que vemos (mundo real) é de fato a hipótese mais simples.

17-Talvez a hipótese do cérebro na cuba seja a mais simples que a do mundo real, já que ela precisa de muito menos objetos físicos.

18-A hipótese do cérebro na cuba só precisa: dos cientistas, da cuba, do seu cérebro e do computador que simula o real.

19-Não haveria necessidade nenhuma de bilhões de pessoas, árvores, cachorros, montanhas, mares do mundo real.

20-Na hipótese do cérebro na cuba, haveria necessidade de um número menor de mentes para funcionar.

21-As únicas mentes reais que se precisaria seria a do seu cérebro (na cuba!) e as dos programadores do computador que simula a realidade.

22-Resumido:

1-Hipótese do mundo real - existe somente um mundo com bilhões de objetos e mentes.

2-Hipótese do cérebro na cuba - existe dois mundos, mas menos objetos e menos mentes.



Perguntei a um velho dinossauro marxista, que estudou filosofia na cartilha de Konstantinov, o que ele achava da hipótese do cérebro na cuba. Ele me respondeu cortante: "O mundo que vivemos é real. Eu não conseguiria imaginar um mundo tão idiota!". Então, tá...



Fonte: Stephen Law, "Os Arquivos Filosóficos", onde a argumentação é mais densa e divertida.
Zekzander "Cacos para um Vitral"
http://zekzander.blogspot.com/2011/10/notas-sobre-o-cerebro-na-cuba.html
Acesso em 02/02/2012

OBRA DE ARTE

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Amores na bela Capital Catarinense.