Ainda que os sofistas e Platão já houvessem tratado temas lógicos, foi Aristóteles que deu à lógica sua estrutura sistêmica definitiva, ocorrendo depois apenas novos desenvolvimentos.
Os estóicos, que deram bastante atenção à lógica, cunharam seu nome.
Distinguiu Aristóteles claramente as três operações mentais:
- idéia,
- juízo,
- raciocínio este subdividido em dedução (ou silogismo) e indução.
A idéia apenas oferece a noção do objeto, sem afirmar e nem negar. Admite classificações, de que se fez muito conhecida a das dez categorias: substância, quantidade, qualidade, relação, tempo, lugar, posição, ação, paixão, hábito (ou posse). Mais tarde Porfírio, o Fenício, dará particular atenção `esta classificação, em libreto famoso Intodução (Eisagogué) às categorias de Aristóteles.
O juízo é a operação mental que afirma ou nega um termo de outro; o primeiro se denomina sujeito e o outro predicado, ligados pela cópula. Aristóteles deu especial atenção à análise do juízo, estabelecendo os primeiros princípios, os quais são afirmativas implicitas em afirmativas explícitas.
O juízo é a operação mental que afirma ou nega um termo de outro; o primeiro se denomina sujeito e o outro predicado, ligados pela cópula. Aristóteles deu especial atenção à análise do juízo, estabelecendo os primeiros princípios, os quais são afirmativas implicitas em afirmativas explícitas.
O raciocínio é produtor de uma conclusão. Aristóteles distingui entre raciocínio indutivo e dedutivo ou silogismo, mas estudou exaustivamente apenas este último. Foi o primeiro a apresentar uma explicação sistemática do mesmo, mostrando suas premissas, bem como figuras e modos, a partir dos quais se produz a conclusão, virtualmente contida no precedente.
"O silogismo é um discurso no qual, postas certas coisas, resulta algo outro que estes dados, pelo fato mesmo destes dados" (Analíticos, 24b 18).
"O silogismo é um discurso no qual, postas certas coisas, resulta algo outro que estes dados, pelo fato mesmo destes dados" (Analíticos, 24b 18).
Silogismo é perfeito
"quando três termos estão entre si com relações tais que o menor esteja contido na totalidade do médio e o médio contido ou não contido na totalidade do maior, então haverá entre os extremos silogismo perfeito" (I Anal. 25 b, 35).
Aristóteles mostrou no silogismo o antecedente, como composto de premissas, das quais se extrai a conclusão. Nas premissas se entrelaçam termos, que se distinguem como extremos, entre um termo médio (isto é, instrumental).
Não reaparece o termo médio na conclusão. Mas, o sujeito da conclusão se diz termo menor e o predicado da conclusão termo maior. Respectivamente, a premissa que contém o termo menor (da conclusão), se denomina premissa menor. E a premissa que contém o termo maior (da conclusão) se chama premissa maior.
Não reaparece o termo médio na conclusão. Mas, o sujeito da conclusão se diz termo menor e o predicado da conclusão termo maior. Respectivamente, a premissa que contém o termo menor (da conclusão), se denomina premissa menor. E a premissa que contém o termo maior (da conclusão) se chama premissa maior.
Veja um exemplo, para atender ao que Aristóteles explica:
(Premissa menor): se Alfa é afirmado de todo Beta
(Premissa maior): e se Beta é afirmado de todo Gama,
(Conclusão): Alfa é afirmado de todo Gama (I Anal. 25b, 38).
Observe-se que "Beta" é termo médio, porque aparece duas vezes no antecedente; que "Alfa" é termo menor, porque é sujeito na conclusão; que "Gama " é termo maior, porque é predicado na conclusão.
Consequentemente a premissa a ser denominada "menor" é "Alfa é Beta". A premissa a ser chamada "maior" é "Beta é Gama".
Quanto ao raciocínio indutivo, peculiar da ciiência experimental, ele foi vastamente estudado apenas modernamente, a partir de Francisco Bacon, que neste sentido publicou um tratado sugestivamente denominado Novum Organum (1620). Mas Aristóteles já lhe deu a definição e o distinguiu da dedução silogistica.