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quinta-feira, 31 de março de 2016

Fotografia

Para encerrar a noite,  África, de Sebastião Salgado.
O grande brasileiro  desenha, com luz, as sombras que as dores do mundo geram nos corações sensíveis.  (Fotos livres do google).





Há Luz no Fim do Túnel

SUELY MONTEIRO


Oh Deus como me entristece ver o Brasil nas mãos de Dilma/Lula, Temer, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Aécio e seus aliados!!
O túnel que atravessamos nesse momento político é tão longo e escuro que estamos percorrendo-o guiados somente pela esperança, uns de que a rua podem ajudar, outros de que Deus não abandona seus filhos e outros por ambos motivos.
Minha dor é, principalmente, por não ver nenhum nome capaz de suprir as necessidades da nossa querida pátria. 
Todos me parecem ambiciosos, vaidosos e, principalmente interessados em resolver seus problemas de baixa estima com a permanencia no poder.
Ontem, nos debates da Câmara, um deputado, falou calmo e bonito dizendo que o povo não está contra a Dilma, que o povo está contra os políticos, ja não confiam neles, e que para satisfazer seu anseio (do povo) bastava todos os políticos entregarem os seus cargos. 
Falou e não tomou tomou a iniciativa. 
Sim, seria bom reformar os poderes.Tirar todo esse povo contaminado e colocar gente nova lá dentro.
Mas quem assumiria , eu pergunto? Quem tem experiencia, conhecimento e determinação para pegar e dirigir um barco que está afundando na lama da corrupção? 
Um amigo, ético e capaz, me disse no inicio do ano que iria se candidatar a um cargo público, mas, infelizmente, ele desistiu alegando que pode fazer muito mais pelo país trabalhando fora do governo. Concordo, plenamente, no caso dele.
Procuro acompanhar com ânimo sereno e isento de partidarismo as decisões. 
Faço o que posso trabalhando em minha comunidade, buscando promover ações que fomentem a paz pois, em se tratando de paz, já escrevi no meu blog faz um tempinho, penso que existem os grupos que vão para as ruas mostrando os problemas, outros que buscam apresentar soluções aos anseios da rua e outros, dos quais faço parte, que ficam na, como direi, na retaguarda, buscando ajudar a população a preservar os valores já aquiridos, e buscando implementar novas formas de ação e convivencia baseados na politica da não resistencia, da paz, em grupos menores. 
Não valorizo um mais do que os outros, acho-os todos importantes. Ligar-se a um ou outro grupo é apenas questão de afinidade com o trabalho.
E, dentro desta visão do meu papel na sociedade, utilizo,hoje pela primeira vez, minha página pública para dizer que penso que somos chamados a dar frutos onde fomos plantados e que Deus age em nós a favor de nós.
Tenhamos, pois cautelas ao julgar. 
Busquemos a serenidade que nos ajudará a agir de acordo com nossa consciencia, mas evitemos tentar subornar a consciencia do outro com razões que para ele não tem validade ou por não compreender ou por realmente não concordar com elas.
Tenho no face, e na vida particular, muitos amigos que amo sinceramente e que pensam diferente de mim. 
Isto não muda nada. Vejo-os como flores do grande jardim que enfeita a minha vida e , por isto mesmo ,aproveito para ofertar a eles, o meu carinho, a justificativa de minhas ações politicas diferenciadas das deles, a que não estou obrigada fazer, mas faço por amor.
Ofereço a eles, o meu desejo de que, juntos, por caminhos diferentes atravessemos, vitoriosamente, este mar de lamas que, apesar de tudo, creio, não vai nos sufocar e nem nos obrigar a atitudes extremistas do salve-se quem puder.
Também com eles, espero continuar caminhando até enxergarmos a luz no final do túnel. Pois, tem uma luz no final do túnel.
Esta é a minha esperança!
E como diriam os ingleses: Deus salve a Pátria!

O Cão e a Carroça

                                                                                

Este texto faz parte do capítulo de Alain de Botton em "As consolações da filosofia" (editora Rocco) com citações de filósofos estóicos. Tradução de Eneida Santos. As notas ao final são minhas.
Os estóicos lançavam mão de uma imagem para evocar nossa condição de criaturas fortuitamente capazes de efetuar mudanças, apesar de sujeitas às necessidades extremas. Somos como cães amarrados a uma carroça que, a qualquer instante, pode se colocar em movimento. O comprimento de nossa trela é suficiente para nos permitir uma certa liberdade de movimento, mas não nos concede a autonomia necessária para vagarmos a nosso bel-prazer.
A metáfora foi formulada pelos filósofos estóicos Zenão de Cício (fundador da escola estóica) e Crisipo e relatada pelo sacerdote romano Hipólito: 
“Quando um cão atrelado a uma carroça quiser acompanhá-la, ele é puxado por ela e avança, fazendo com que seu gesto espontâneo coincida com a necessidade. Mas se o cão decidir não se mexer, o movimento da carroça o obrigará a segui-la, de qualquer maneira. O mesmo acontece com os homens: mesmo que não queiram, eles são forçados a obedecer o que o destino lhes reservou.”
Naturalmente, um cão é livre para ir onde bem entender. Mas, como sugere a metáfora de Zenão e Crisipo, se seus movimentos estão tolhidos é melhor trotar para acompanhar a carroça do que ser arrastado e estrangulado por ela. Embora o primeiro impulso do animal talvez seja o de lutar contra a guinada repentina do veículo que o obriga a tomar uma direção imprevista, seu sofrimento só dura enquanto durar sua resistência.
Assim Sêneca se posicionou sobre o assunto [1]:
“Ao lutar contra o laço, o animal o aperta mais... qualquer cabresto apertado irá machucar menos o animal se ele se mover com ele do que se lutar contra ele. Somente a capacidade de resistência e a submissão à necessidade proporcionam o alívio para o que é esmagador.”
Para reduzir a violência de nossa insubordinação contra acontecimentos que tomam rumos opostos ao que desejávamos, devemos refletir que também nós temos um cabresto em volta do pescoço. O sábio aprenderá a identificar de imediato o que é necessário e o seguirá, em vez de deixar-se exaurir em protesto. Quando um homem sábio é informado de que sua mala se perdeu em trânsito, ele precisará de poucos segundos para resignar-se. Sêneca relatou de que forma o fundador do estoicismo se comportou quando soube que havia perdido todos os seus pertences:
“Ao ser avisado sobre um naufrágio e ser alertado para o fato de que sua bagagem havia afundado, Zenão comentou: ‘A Fortuna [2] me desafia a ser um filósofo menos sobrecarregado.’”
Isso pode soar como uma receita para a passividade e a placidez, um incentivo à resignação diante das frustrações que poderiam ter sido vencidas. Mas a argumentação de Sêneca é mais sutil. Existe o mesmo grau de irracionalidade em se aceitar como necessário algo que não é necessário e em se rebelar contra algo que é necessário. Podemos, com a mesma facilidade, cometer o mesmo erro, ao aceitarmos o desnecessário e negarmos o possível, e negarmos o necessário e desejarmos o impossível. Cabe à capacidade de raciocínio estabelecer a distinção.
Não importa que semelhanças possam existir entre nós e um cão atrelado, nós possuímos uma vantagem crucial: podemos raciocinar e o cão, não. O animal sequer percebe de imediato que foi amarrado a uma trela e nem entende a relação entre as guinadas da carroça e a dor que sente no pescoço. Ele se sentirá confuso com as mudanças de direção e será difícil para ele calcular a trajetória da carroça, portanto sofrerá puxões constantes e dolorosos. Mas a razão nos capacita a teorizar com precisão sobre a rota de nossa carroça e isto nos oferece uma oportunidade, única entre os seres vivos, de aumentar nosso senso de liberdade ao assegurar uma boa folga entre nós e a necessidade [3]. A razão nos permite determinar quando nossos desejos estão em conflito irrevogável com a realidade e nos desafia a não sentir revolta ou amargura, e sim a nos submetermos de bom grado às necessidades. Talvez sejamos impotentes para alterar determinados acontecimentos, mas permanecemos livres para escolher que atitude tomar em relação a eles, e em nossa aceitação espontânea da necessidade encontramos uma liberdade característica.

***
[1] Este trecho faz parte do capítulo intitulado “consolação para a frustração”, baseado no pensamento do Sêneca. Como este livro também deu origem a um documentário da BBC, é possível ver o capítulo inteiro – incluindo a metáfora do cão, onde a carroça é sutilmente substituída por uma bicicleta pilotada pelo próprio Alain – no vídeo abaixo (e suas seqüências).

quarta-feira, 30 de março de 2016

A Arte de Amar, de Ovídio.

Suely Monteiro

Inteligente, audaz, e se dizendo profundamente conhecedor das artes de sedução, o autor, num livro dividido em três partes, desvela para os supostos discípulos o modo de agir para conseguir êxito nas conquistas.


Escrito entre os séculos 1 a.C e 1 d.C., o manual do amor é dividido em três como segue: a) Ovídio orienta o homem como seduzir a amada; 
b), uma vez conquistada a amada e tendo-a por mulher/amante, ele aborda a ternura masculina; e, 
c) a terceira parte é totalmente voltada para as mulheres.  Segundo estudiosos, o livro foi considerado um dos maiores escândalos da época e motivo da expulsão do escritor de Roma

Vestir, dançar, cantar, tocar cítara são armas imprescindíveis para uma mulher conquistar seu amor. Ele assegura que é a arte que faz perdurar o amor. Os Comportamentos em sociedade também contam pontos. Ele diz no Livro III que “palavras elegantes, mas usuais no convício social, ó mulheres, é tudo o que deveis escrever! ”

 Ele vai além e ensina aos mais destemidos a corromper servidores (atualíssimo para os nossos políticos) para ajudar no caso de amores considerados impossíveis ou ilegais e as formas de trair e não ser descoberto, embora com certos riscos para dar sabor ao romance.

Tudo isto e muito mais você encontra descrito diretamente, mas com uma eloquência e beleza de linguagem que não desperta, como em alguns manuais do amor da atualidade, repugnância.

Eu destacaria, como bem atual, o fato da mulher não ser vista como objeto de contemplação e beleza insignificantes. Mas, como um ser independente, com os mesmos direitos do homem (pelo menos na maior parte da obra, com destaque depreciativo na terceira parte quando ele ensina os modos como a mulher deve fingir o gozo para manter o seu amado), dando a ela a liberdade que nunca tivera antes e que continuou não tendo mesmo depois do lançamento do livro.


Minha intenção ao compartilhar este texto é apresentar como sugestão de leitura poética, um livro bem-humorado que aborda as relações humanas, no aspecto da sedução, de modo muito intrigante e atual e nos tira por uns instantes dessa guerra cruenta de brigas partidárias, nos dando folego para continuar vivendo uma vida digna de ser vivida com responsabilidade, respeito aos direitos e deveres nossos e alheios, mas também com poesia, amor, fé, esperança e muita alegria!

Documentário: A Beleza das Mulheres Negras. Kenhinde Wiley.

Adorei este documentário.
O artista já refazia quadros famosos substituindo os personagens importantes e brancos por pessoas negras comum.
Dai, resolveu ampliar ou melhor, criar um novo projeto, desta vez com mulheres negras comuns das ruas de Nova York.  O resultado ficou simplesmente maravilhoso.
Se desejar conferir, assista ao vídeo abaixo e aproveite!

terça-feira, 29 de março de 2016

Café Torrado

Adoro café.
Descobri que eu não estou sozinha, pois grandes pintores se dedicaram a registrar a beleza do momento de degustação do pretinho cheiroso e saboroso.
Hoje escolhi ler e me enternecer com as imagens cafeinizadas.
Com vocês compartilho Debret.
Café Torrado" - Jean Baptiste Debret
Pintor e ilustrador francês (1768-1848).
O artista viveu no Rio de Janeiro entre 1816 e 1831.
Deixou registradas imagens consequentes da vinda da família real portuguesa à colônia (1808).

Vô Nino

Homenagem ao meu avô materno e, em consequencia a todos os avós da Terra.

Meu avô Virgilio, o Nino, adorava antúrios e cultivava-os aos montes. 
Hoje, sem querer, vi uma imagem dessa flor e resolvi capturá-la para ofertar a ele que partiu faz tempo para a Pátria Espiritual, mas deixou saudades nos nossos corações, tanto pela austeridade moral quanto pela docura que escondia atrás do cigarro de palha.
A você vô NIno e a todos os avôs do mundo o meu carinho mais do que especial.
Voces são delicadas mãos que nos ajudam a caminhar com alegria e segurança na vida.
Pais duas vezes, tem muita experiencia e não se apressam ao separar o joio do trigo das vidas de seus netos, fazendo a separação no momento certo, em um cerimonial tão belo que mais parece festa aos olhos dos pequeninos que se portam como gente grande nessas horas de mudança.
Obrigada querido vô, pelas lembranças ternas que você trouxe ao meu dia hoje!


Evangelho Comentado

CRESCEI
  “Antes crescei na graça e no conhecimento de Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. ” Pedro. (II Pedro. 3:18).

A situação de destaque preocupa constantemente a ideia do homem.
O próprio mendigo, esfarrapado e faminto, muita vez permanece, orgulhoso, na expectativa de realce no Céu.
Habitualmente, porém, toda ansiedade, nesse particular, é propósito mal dirigido objetivando crescimento ao inverso.
Não seria, propriamente, o ato de se desenvolver, mas de inchar.
Nessa mesma pauta, muitos aprendizes irrequietos pleiteiam altas remunerações financeiras, favores do dinheiro fácil, elevação aos postos de autoridade, invocando a necessidade de crescer para maior eficiência no serviço do Cristo.
Isto, contudo, quase sempre é pura ilusão.
Materializadas as exigências, transformam-se em servidores rodeados de impedimentos.
O Mestre Divino, que organizou a via planetária ao influxo do Eterno Pai, possui suficiente poder, e, para a execução de sua obra, não se demoraria à espera de que esse ou aquele dos aprendizes se convertesse em especialista em determinados negócios do mundo.
O crescimento, a que o Evangelho se reporta, deve orientar-se na virtude cristã e no conhecimento da vontade divina.
Aprenda cada um a sua parte, na esfera de nossos deveres com Jesus. Atenda ao programa de edificação que lhe compete, ainda que se encontre sozinho ou perseguido pela incompreensão dos homens e, então, estará crescendo na graça e no discernimento para a vida imortal.
Emmanuel através de Francisco Cândido Xavier. CRESCEI. Vinha de Luz. Pag. 103. Federação Espirita Basileira.15ª. ed. RJ. 1998

segunda-feira, 28 de março de 2016

Para encerrar o dia eu falo de/sobre mim.
( Com o perdão dos discretos)

Ao voltar da Amazônia, desenvolvi uma tosse rouca, seguida de debilidade física que está me dando um trabalhão.

Como não sou do tipo que valoriza muito as doenças, enquanto estou afastada das minhas atividades de rua, assisto filmes, leio e penso.

Nessa semana que passou por exemplo eu revi dois belos clássicos do cinema: a) E o Vento Levou, em homenagem à minha amiga Elisangela Andrade; e  b)Casablanca para chorar, com ele, as dores de ter que ficar de molho.

Assisti, também,  um documentário sobre Frida Khalo: A casa de Frida Khalo.

Li grandes trechos de Ovidio e sua bela arte de amar e páginas e mais páginas de comentários do meu amoroso Emmanuel sobre o Evangelho de Jesus.

Achei que, no final das contas, o saldo não foi negativo.

Gratidão a esse tempo vivido com dificuldade respiratória que está me ajudando a treinar paciência.

Aliás, hoje, depois de ficar horas e horas no hospital fazendo exames me dei conta de que só reclamei duas vezes contra a demora,  e, em ambas, falei  com o Charles, bem baixinho.

Será  que estou aprendendo?

Deus queira!

domingo, 27 de março de 2016

Milton Nascimento Cio da Terra HD


Para comemorar a Páscoa, mas do que ovos, eu creio que esta música é a pedida ideal.
Seus versos  de renovação, fazem jorrar bençãos à todos aqueles que tem ouvidos de ouvir.
Valoriza o trabalho e nos faz ver que é do esforço pessoal e conjunto que se tornam possíveis as mudanças.
A música  espalha esperança para os que trabalham e confiança de que nada falta àqueles cujos membros se esforcam na labuta diária.
Exalta a gratidão, sentimento maior do homem de bem.
Feliz Páscoa para você!

OBRA DE ARTE

OBRA DE ARTE
Amores na bela Capital Catarinense.