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sexta-feira, 23 de julho de 2010

ARTE: PINTURA.

OS QUEBRADORES DE PEDRAS
GUSTAVE COUBERT - REALISMO - 1849.

SEGUNDO PERÍODO DA FILOSOFIA ANTIGA: PLATÃO.

III - DOUTRINAS DE PLATÃO:
De maneira geral, o platonismo é:

- Inteletualista (não sensista);
- Racionalista (não empirista);
- Racionalista radical, atingindo universais independentemente da experiência (não racionalista moderado, como Aristóteles);
- Ineista (das idéias universais);
- Trinitarista na visão geral do ser (idéias reais, demiurgo, mundo);
- Dualista (não reducionista da alma e corpo);
- Absolutista em política.

Por estas e outras razões teve Platão a aceitação relativamente fácil das religiões, por exemplo dos primeiros cristãos. Considere-se, que entre os primeiros cristãos, além da idéia da ressurreição final, havia os que, como Orígenes, admitiam a reencarnação dos espíritos, até a purificação final de todos, inclusive dos demônios, como definitivo triunfo do bem.

Divisão das ciências:
Ao tempo de Platão já andavam bastante distintas as ciências, ora mencionadas pelos dois gêneros teóricas e práticas; ora, pela divisão em dialética, física, ética. Aristóteles reformulará ligeiramente as divisões platônicas.
Dedicou-se Platão mais às ciências práticas, especialmente à política; manteve-se, por conseguinte, numa linha de conduta socrática. Esta tendência moral foi própria sobre tudo dos primeiros escritos do grupo chamados diálogos socráticos - Apologia, Criton, Hípias menor, Alcibíades, Laques, Carmides, Apologia de Sócrates, Criton.
Não obstante, é vasto o que Platão escreveu sobre ciências teóricas nos diálogos mais recentes, ainda que no decurso das exposições prevaleça ainda como global o prático. Por causa destas considerações teóricas acrescidas, Platão se manteve sempre vivo.
Nas suas considerações práticas, abordou ao mesmo tempo, e progressivamente, a lógica, a filosofia da linguagem e da arte, a cosmologia, a psicologia racional, a teoria do conhecimento e a ontologia. As ciências especulativas não alcançam subdistinção entre si, como sucederá em Aristóteles; este diferenciará claramente entre filosofia primeira e filosofia segunda, bem como as tratará em separado.

Gnosiologia dialética de Platão. A primeira parte da filosofia de Platão conhecida por Dialética (e seguida da Física e da Ética) trata de teoria do conhecimento ou gnosiologia, acompanhada de uma metodologia. Esta metodologia é, a rigor a dialética; os outros nomes aqui usados são entretanto de criação moderna. O próprio termo dialética adquiriu modernamente outras acepções.

O método dialético de Platão pressupõe toda uma teoria do conhecimento, em que se destacam a especificidade a inteligência e os universais reais, que ela capta, usando o referido método.
A especificidade da inteligência, distinta dos sentidos, foi defendida, como já em Sócrates, contra os sofistas. Mostrou Platão a especificidade da inteligência, apontando para o objeto muito especial, por ela encontrado e que não coincide com os objetos da vista, do ouvido, que são faculdades sensíveis. Desta sorte, diferênciou as faculdades pelo seu objeto formal próprio.
No Teeteto, diálogo do período médio, bem depois da fundação da Academia (387 a.C.), se diz:
"Convirás - diz Sócrates - em que, o que sentimos por meio de uma faculdade, não se pode sentir por meio de outra, e o que chega pelo ouvido não o podes sentir por meio da vista, assim como o que procede desta não pode chegar-te por via do ouvido" (Teeteto 185 a).

Passa a seguir ao diálogo que resulta em mostrar que o ser é o objeto formal ou essencial da inteligência, ser este que está contido em comum, tanto nos sons,como nas cores e em outra qualquer das qualidades sensíveis. O diálogo, posto no comando de Sócrates, segue:
"Com que se exerce a faculdade que te manifesta o que é comum a estes sensíveis, o que tu designas com os termos é e não é? Que órgãos designarás a todos estes comuns, por meio dos quais aquilo, que em nós percebe, pode distinguí-los? Teeteto: - Falas do ser e do não ser; da semelhança e dissemelhança, da identidade e das diferenças... Vejo que a alma por si mesma os distingue em todas as coisas" (Teeteto 185 c).

Prossegue Sócrates:
"És belo! Vês que a alma por si mesma percebe uma coisas e por meio dos órgãos do corpo outras... Em qual da duas ordens pões o ser? Porque é ele que está acima de tudo (o mais extenso)?
Teeteto: - O ponho entre os objetos que a alma se esforça em alcançar por si mesma" (Teeteto 186 e).

Os objetos da inteligência, ou seja das idéias alcançadas diretamente, sem os sentidos pelo meio, são em primeiro lugar os universais reais, como depois os caracterizará Platão ou universais arquétipos porque também servem de modelo para as coisas sensíveis.
Não se contentou Platão em admitir somente a universalidade do ser real; também as demais noções, como as propriedades, são universais reais, como sejam o uno, a substância, a verdade, a justiça, o bem, belo etc., tudo mais ou menos ao modo pitagórico dos números.
Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y098.htm#TopOfPage

FOTOGRAFIA.


O AMOR A OLHOS VISTOS
II- Obras de Platão.

Escreveu Platão em forma de diálogo, o que lhe possibilitou ouvir as diferentes opiniões e colocá-las em dialética. Aristóteles adotará o mesmo método, todavia na forma de introdução histórica aos temas que discute.
Em Platão o interlocutor Sócrates exprime geralmente a opinião do mesmo Platão.
Note-se também que Platão é o primeiro filósofo do qual se conservam todas as obras, o que evidencia a importância que tiveram na formação do pensamento antigo e imediatamente posterior.
Ocupam-se os livros de Platão de toda a filosofia, mas principalmente da política e da educação. Comparadas entre si, República apresenta uma abordagem mais ideal e utópica; Leis é uma exposição mais amadurecida e realista.
Escreveu Platão aproximadamente 35 diálogos. Alguns são de autoria duvidosa, mas certamente do círculo da Academia, portanto do seu pensamento, na forma como estava em vigência.
Do ponto de vista cronológico os diálogos platônicos se classificam em 4 grupos:

a) São ditos diálogos socráticos de sentido estrito, de caráter eminentemente moral, os seguintes: Apologia (de texto excepcionalmente não dialogado), Criton, Hípias menor, Alcibíades I, Laques, Cârmides, Ion.
b) São diálogos socráticos de sentido amplo, situando-se nos primeiros dias da Academia: Protágoras, Górgias, Eutidemo, Crátilo (grupo dos 4 sofistas), Menon, Menéxenes, Lisis, Banquete, Hipias Maior.
c) Diálogos do período médio, ou de transição, dos anos 380 a 365 a.C.): Republica , Teeteto, Fédon, Parmênides, que dão início aos diálogos mais notáveis de Platão.
d) Diálogos da velhice, de 365 a 348 a.C.: Sofista, Político, Filebo, Timeu, Crítias, Alcibíades, Teages, Clitófon, Minos, Leis, Epínomis. Acrescem-se como deste tempo as Cartas de Platão.
Metade da obra de Platão é ocupada por República (10 livros) e Leis (12 livros).
Muitos dos diálogos levam nomes tomados de filósofos do tempo ou anteriores, e que são postos ficticiamente a dialogar.
Com referência ao Timeu, por se ocupar da formação cosmogônica do mundo, influenciou amplamente a imaginação antiga.
Citam-se os textos de Platão pela edição grega de 1578, de Henry Estienne, com páginas subdivididas em 5 alturas, indicadas pelas letras a,b,c,d,e. Inicia a República na página 357a, seguindo até 621 d.

Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y098.htm#TopOfPage

ARTE ANTIGA: TEMPLO DÓRICO EM ATENAS.


SEGUNDO PERIODO DE FILOSOFIA ANTIGA: PLATÃO.

I BIOGRAFIA DE PLATÃO

Nasceu Platão (427-347) em Atenas, de família aristocrática. Tinha 28 anos ao morrer Sócrates em 399 a.C., do qual fora discípulo e admirador, desde cerca do ano 407, e ao qual retratou em seus diálogos, ao mesmo tempo que lhe deu a posição de personagem principal.
Inicialmente sonha realizar-se como poeta. Ouvindo a Sócrates moveu-se na direção da filosofia e dos conhecimentos em geral, sobretudo políticos, dedicando-se à reforma social, pois se encontrava na envolvido na difícil situação de Atenasapós as transformações decorrentes do desastre da Guerra do Peloponeso ganha por Esparta.
Não perdeu Platão a inclinação literária inicial, convertendo-se em um ensaísta de excelente estilo. Ainda hoje é um dos nomes mais citados em literatura e filosofia.

A elevada sabedoria a que chegou Platão, cingiram-no de lendas explicativas e que, em última instância, são a comprovação de sua grandeza.
"Segundo um rumor acreditado em Atenas e reproduzido por Speusipo, Clearco e Anaxíledes, desejando Áriston (suposto pai de Platão) consumar sua união com Perictione, que era muito formosa, não pode levá-la à efeito; renunciou então as suas tentativas e viu ao mesmo tempo Apolo nos braços de sua mulher, o qual determinou não toca-lá até depois do parto" (D. Laércio, III).
Dali veio que Platão, como muitos outros homens importantes da antiguidade, era considerado Filho de Deus. Ainda hoje se diz "O divino Platão".
Afirma-se que Platão nasceu em 7 de targélion (7 de maio), dia em que os habitantes de Delfos crêem que nasceu Apolo. Esta datação pode ser consequência do mito de que Platão fora um "filho de Deus". O mesmo se tem dito de notáveis fundadores de religião.

A Guerra do Peloponeso pesou negativamente sobre o jovem Platão, o qual não se entusiasmou com o governo progressista, mas arbitrário, dos Trinta Tiranos (anos 404-403 a.C.), dos quais Criton era seu parente, e muito menos com a demagogia do governo que lhes sucedeu, sobretudo por causa da morte infligida a Sócrates. De outra parte, isto levou o jovem Platão a pensar em um novo modelo de governo, o qual pretendeu copiar nas instituições militaristas de Esparta e no governo de Siracusa. Desiludido de Atenas, pôs-se a viajar e a conhecer outras cidades.
De 399 a 396 a.C. Platão teria estado em Mégara, nas proximidades de Atenas, estudando com Euclídes, chefe de uma "escola socrática menor", que se orientava pelo eleaticismo unicista de ser. É possível que tenha retornado a Atenas pela volta de 395 a.C., quando teria escrito algumas obras.
Quando de novo se retira, toma o rumo da Itália, estabelecendo-se na poderosa e rica Siracusa. Agora toma contatos com os pitagóricos, cujos arquétipos matemáticos o influirão definitivamente. Mas também se ocupa da ideologia política, armazenando-se de idéias novas, para um segundo retorno a Atenas. Esta sua viagem para a Itália, ou Sicília, teria ocorrido nos anos de 390 a 388 a.C. O retorno a Atenas ocorre não sem tumulto.
Dionísio, o tirano de Siracusa, indispusera-se com as idéias indiscretas e novas de Platão. Entregou-o a um piloto espartano (e portanto inimigo dos atenienses) para que o levasse como escravo, ou o vendesse, ou mesmo o lançasse ao mar.
Assim foi que Platão acabou por ser vendido em Egina, uma ilha já não longe de Atenas. O pitagórico Aniceris, de Cirene, resgatou a Platão. Este fato mostra bem as ligações entre o grande filósofo e a escola de Pitágoras, bem como as relações filantrópicas exercídas pelos pitagóricos entre si.

A Academia foi a grande criação de Platão, pela volta de 387 a.C., logo após sua libertação. Instalou-se no recinto do Ginásio de Academo (dali o nome da escola).
Estabelecimento de nível superior, com vários professores, a Academia subsistiu até 529 d.C., quando foi fechada, após 9 séculos de atividade, pelo imperador Justino, de modo geral para favorecer o cristianismo e Constantinopla.
O espírito reformista de Platão se refletiu na circunstância de admitir as mulheres na Academia. Estas poderiam ali vestir-se como o homem. Este fato sugere também que a educação em Atenas estava a copiar o modelo educacional e social de Esparta.
Voltou ainda duas vezes à Siracusa, com vistas às suas preocupações políticas e de reformas sociais.
Morrendo aos 80 anos, foi Platão um exemplo raro de grandeza humana, à qual se deve em grande parte a permanência quase milenar de sua escola, fechada apenas quando prevaleceu a injunção ideologica do Imperador cristão de Constantinopla.
Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y098.htm#TopOfPage

OBRA DE ARTE

OBRA DE ARTE
Amores na bela Capital Catarinense.