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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

MÚSICA: DJAVAN GRAVADO EM BARCELONA.

POESIA.

BEM QUERER
Charles Fonseca.
No quintal de um sobrado
Tinha um pé de fruta-pão
Que a chorar manava leite
Se ferido por facão.
Só que a cada golpe sentido,
Decorrente do desgosto,
Do âmago da cicatriz
Surgia mais novo broto.
Novo broto hei de ser
Do golpe que me atingiu!
Hei de novo esgalhar,
Reflorir, frutificar!
Nova sombra ha de ter
Quem vive pra o bem querer.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Vale a Pena Ler: Arte, Neurociência e Transcendência.

Posted by PicasaEm uma linguagem agradável, este livro traz o histórico da Arteterapia, passa pela Psicologia, sobretudo junguiana e transpessoal. Relata as comparações da Física moderna relacionadas às mudanças paradigmáticas, evidenciando aspectos neurocientíficos entrelaçados às técnicas expressivas.

A Arte tem sido um campo vastíssimo de investigação, em toda sua amplitude, desde os tempos mais remotos. Mais recentemente, ela vem sendo utilizada como um recurso a mais para o tratamento dos mais diversos problemas que infelicitam a humanidade. De forma lúdica, algumas vezes, em outros momentos com uma profundidade maior, ela expressa por meio de símbolos as dores que a voz não consegue falar.

A Neurociência, com os avanços tecnológicos, desvenda os mistérios do Homem, avança para um futuro promissor, abrindo campo para pesquisas nas mais diversas áreas do conhecimento.

A
Transcendência nos mostra o Ser Integral, englobando as múltiplas dimensões, com respeito e consideração a fim de que a saúde seja plena e o equilíbrio duradouro.

Entremeado por poemas, pinturas, mandalas, incluindo a visão artística da ressonância magnética, este livro mostra a experiência da autora como Arteterapeuta, narrando alguns casos que ilustram sua pesquisa independente, em especial com pessoas com depressão e epilepsia.

LANÇAMENTO DA WAK EDITORA

NAS MELHORES LIVRARIAS

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SEGUNDO PERÍODO DA FILOSOFIA ANTIGA: AS DOUTRINAS DE PLATÃO.


Política.
Politicamente, Platão foi inovador, numa época em que de fato as reformas se faziam necessárias, em vista do declínio do poder de Atenas, debilitada pela longa Guerra do Peloponeso, quando acabou vencida por Esparta.
Admite Platão a desigualdade dos homens segundo a natureza e não segundo o nascimento. Em sua república todos deverão ter oportunidade de acordo com as qualidades pessoais. As mulheres têm iguais direitos que os homens, inclusive para serem guerreiras e praticarem a ginástica nuas, conforme o uso do tempo. Elas têm também o direito de comparecer à Academia vestidas como os homens, os quais então usavam vestes mais curtas.
O Estado em Platão é de direito natural. Os homens necessitam da vida em comum, para que as tarefas sejam executadas especializadamente e se complementa entre si.
"O que dá nascimento a uma cidade é, creio, a impotência de cada indivíduo de bastar-se a si próprio e a sua necessidade de uma multidão de coisas. Assim, pois, um homem traz consigo outro homem para determinado emprego e outro ainda para um outro emprego e a multiplicidade das necessidades reúne numa mesma residência grande número de associados e auxiliares; a esse estabelecimento comum damos o nome de cidade" (República, 369 b).

A forma de governo é concebida por Platão à maneira de Estado absolutista e socializante. Não resulta o poder da união jurídica das vontades. O poder político é extrínseco e une como que de fora. O governante é como o médico, o qual decide em virtude de seu saber e não representa o saber dos indivíduos aos quais medica. Este modo de ver não confere com o princípio de que o Estado tenha nascimento em um contrato social.
Distinguindo entre três formas de governo, - monarquia, aristocracia, democracia, - preferiu Platão a aristocracia (República, 415). Mas não afastou as outras formas de governo. Em épocas diferentes oscilou em sua opinião.
No Político foi partidário de um absolutismo moderado, tendo os olhos em Dion, de Siracusa:
"A conclusão, pois, ao que me parece, é que a forma correta de governo é de apenas um, de dois ou quando muito alguns, se é que esta forma correta possa realizar-se "(Político 293).
Em Leis, escrito na velhice e com mais realismo, passou a aceitar um regime misto de monarquia e democracia, ainda que não chegue a ser perfeito

Classes sociais.
Os cidadãos, que constituem a cidade, estão naturalmente separados em classes. Platão, por exemplo, era da nobreza.
Explicou em forma de mito e com analogias as diferenças sociais:
"Sois todos irmãos os que fazeis parte do Estado; mas o Deus que vos criou fez entrar o ouro na composição de vós outros que sois aptos para governar. Por isso mesmo os tais são mais preciosos. Misturou prata na constituição dos guerreiros; o ferro e o cobre na dos lavradores e artífices" (República 415 a).
Aptos para governar são os filósofos (os sábios), como outros são aptos para a guerra e para ser artífices.
A distribuição por classes não é todavia um privilégio social e sim vocacional, podendo variar de pai para filho. Devem, pois, ser todos aproveitados conforme as aptidões:
"Tendo todos uma origem comum, tereis ordinariamente filhos que se vos assemelhem. Poderá, porém, acontecer que o cidadão de raça de ouro tenha um filho de raça de prata; e, por outro lado, que o de prata produza o de ouro e, que o mesmo suceda a respeito das outras raças. Por isso ordena Deus, principalmente aos magistrados, que se ocupem acima de tudo em conhecer de que metal é feita a alma de cada criança e, que, se em seus próprios filhos encontrem alguma mescla de ferro ou cobre, os tratem sem mercê e os releguem à categoria dos artesãos ou lavradores. Também requer Deus que, se estes últimos tiverem filhos que venham ao mundo com mescla de ouro ou prata, elevem aqueles à categoria de magistrados, estes à de guerreiros. Porque há um oráculo que diz que a república perecerá no dia em que for governada por ferro ou bronze" (República 415 b-d).

Quanto às mulheres, garantiu Platão sua participação nas três classes. Poderiam ser magistradas, guerreiras e artífices desde que tivessem as respectivas qualidades.
Como já foi referido, Platão também admitia as mulheres na academia, o que lhes permitia os exercícios ginásticos.
Atento aos usos ginásticos de então e à fragilidade, esclareceu:
"As mulheres de nossos guerreiros não hesitarão em se despir, uma vez que a virtude lhes faça as vezes de vestes. Tomarão parte com seus esposos nos trabalhos da guerra e nas funções que lhe são inerentes como custódios da república. Somente em atenção da fragilidade do sexo, se lhes atribuirão tarefas menos árduas" (República 457 a).

Ainda para contornar uma situação de seu tempo, Platão defendeu a estranha instituição da mulher comum para todos os guerreiros. A educação dos respectivos filhos seria também coletiva, pelo Estado.
Aristóteles, contestando a esta maneira de ver, dizia que era preferível ser o último dos primos, que o filho da república de Platão. (Política, I, 2).
São ainda teses significativas de Platão: a propriedade coletiva das terras (bens de produção), a educação pelo Estado (Educação pública, Estado educador).
A filosofia da arte de Platão é idealista classicista, porquanto o objetivo era sempre o objeto ideal e não o singular.
Recomendou as artes de conteúdo mais espiritual, como a poesia literária, música e dança. Quanto à arte da escultura, advertia que era preferível apresentar um homem real, do que uma imitação de homem. Mesmo o homem real não passava de sombra do homem arquétipo.


Apreciação.
De Platão tudo se pode dizer. Ainda que houvesse defendido um governo absolutista, nos seus diálogos foi, entretanto, democrático. Havendo introduzido a diversidade dos personagens, permitiu que tudo fosse dito e discutido: como que num vasto simpósio.
Seu método foi apriorístico, havendo sido um aficcionado da análise dos conceitos eminentemente racionais. Não analisou suficientemente os dados empíricos; o método da indução, melhor conduzido, o teriam levado mais cedo à moderação; esta, aliás, ele a passou a ter nos seus últimos textos.
Platão foi o elo entre o racionalismo pitagórico e o racionalismo moderado de seu maior discípulo, Aristóteles.

Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y098.htm#TopOfPage

ARQUITETURA ANTIGA

Resquício da co-regência na antiga cidade de Tebas:
Entrada para o templo de Hatchepsut no sítio arqueológico
de Deir El-Bahar.
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SEGUNDO PERÍODO DA FILOSOFIA ANTIGA: AS DOUTRINAS DE PLATÃO.

A trindade platônica.
Platão concebe a existência de três elementos eternos, os quais caracterizam sua ontologia:
- idéias arquétipas,
- Demiurgo,
- matéria eterna.
De futuro o neoplatonismo, sobretudo o de Plotino, dará aos três elementos uma sequência dinâmica, com três processões, que serão adotadas pelos teólogos cristãos para racionalizar sua crença na multiplicidade trina das Pessoas divinas.
As idéias arquétipas, segundo Platão, são eternas, reais, universais; elas correspondem aos números arquétipos de que falam os pitagóricos, a partir dos quais Platão formulou sua doutrina.
Deus, enquanto organizador do mundo, é um demiurgo ( = artista, produtor). Atuando sobre a matéria eterna, imprime na mesma os arquétipos. Nascem desta maneira os indivíduos, os mais variados, como sombra das idéias eternas. Deus é conceituado com um artista, que se orienta por uma idéia preexistente. Repete-se aqui algo da mitologia, em que Deus surge como oleiro que faz, manejando com sabedoria, o barro, de onde sai o homem.

Difícil é dizer até aonde Platão se deixou levar por antropomorfismos. No futuro, o neoplatonismo de Plotino, juntará numa só entidade o Logos divino e as idéias exemplares. O exemplarismo divino será retomado por Santo Agostinho e Tomás de Aquino. No pensamento platônico Deus surge como primeiro motor (alma do universo) e como organizador do mundo (demiurgo).
A preocupação de explicar as causas das transformações do mundo já vem dos jônicos novos (a concórdia e a discórdia, em Heráclito, o amor e o ódio, em empédocles, o nous, em Anaxágoras. Neste último, a causa começa a ser concebida como princípio separado da matéria sobre a que atua, mas já sem os conceitos antropomórficos da velha mitologia.
Progride esta tendência filosófica de um Deus pessoal, com Sócrates e Platão.
"Tudo o que está em mutação, o está por ação daquele que o causa... Nada pode, separado daquele que o causa, assumir o devir" (Timeo 28 a).

Imagina-se Platão que deva haver um primeiro motor, ao qual denomina Alma do Mundo. Este primeiro motor, ainda não é examinado com subtilidade. Aristóteles, dirá, depois, que o primeiro motor deve ser motor imóvel e capaz de mover; se ele fosse móvel, precisaria de novo outro para movê-lo. Platão se contenta em indicar um motor com peculiaridade especial, que é a de ser alma, como se a alma não tivesse o mesmo problema...
Em vista de haver necessidade de haver um primeiro motor, este poderia ser uma alma que é;
- "motor e tem em si o princípio do movimento; esta alma pode, portanto, comunicar movimento sem o receber antes" (Leis, X).
- "Alma real, dirigida por uma inteligência real, que organizou tudo e governa todas as coisas" diz Platão no Timeu.

Entre todas as idéias reais, de Platão, a suprema é a do Bem. Há uma tendência do platonismo em identificar este bem supremo com a divindade; nesta condição, o bem, o demiurgo, a alma do mundo se reduziriam entre si. A separação seria apenas uma abstração, que o aspecto literário dos escritos de Platão mantémaparentemente, e que em Plotino é denominado o Uno .
O exemplarismo pitagórico e platônico foi assimilado pela filosofia cristã, mesmo pelo aristotelismo de Tomás de Aquino, que faz Deus ser o modelo exemplar de todas as criaturas. Platão não apresentou um Deus claramente como um Ser personificado, porque oferece os três elementos eternos separadamente (idéias reais, Demiurgo, matéria eterna). O platonismo futuro tenderá a fundir as idéias e o demiurgo.
A transcendência divina é outro aspecto típico do platonismo e que no futuro será radicalizada em Plotino, de tal maneira que o supremo ser é o Uno, do qual emana o Logos, no qual estão as idéias, ocorrendo o contato com a matéria através da Alma do Mundo.
Com referência à alma, diz Platão, que ela mora no corpo, como piloto no navio, isto é, sem se compor substancialmente com ela, conforme quererá Aristóteles.
Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y098.htm#TopOfPage

127. Física. A filosofia natural de Platão e a sua concepção geral do mundo é inspirada nos pitagóricos.
Os corpos se compõem de matéria e forma. A matéria é um princípio indeterminado e eterno, que recebe suas determinações da forma.
Em Platão a matéria indeterminada possui uma quase determinação, ainda que sua determinação principal venha das formas.
O mesmo não acontecerá em Aristóteles, que estabelecerá uma noção de matéria, totalmente indeterminada e complementar. Estes dois pontos de vista continuarão através dos tempos dividindo as correntes filosóficas; de um lado o platonismo, que prossegue no neoplatonismo de Plotino e Agostinho e ainda no agostinianismo medieval e no escotismo; de outro, o aristotelismo, continuado, neste particular, pelo tomismo, medieval e moderno e em parte pelo suarezianismo.
As diferenças da forma darão aos corpos suas diferentes espécies substanciais. Acreditavam Platão e Aristóteles, que os quatro elementos água, ar, fogo, terra (assim classificados por Empédocles) eram especificamente distintos, o mesmo acontecendo com a carne, os ossos, as plantas, o pão, etc...
O mundo tem um eixo central, girando sobre si mesmo, tendo a terra no centro. É rodeado de esferas, como firmamentos sucessivos, como já ensinavam os pitagóricos.
Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y098.htm#TopOfPage

128. Psicologia. A alma é espiritual, diz Platão, repetindo a Sócrates e Pitágoras. Convive com o corpo material, sem se associar como um composto de partes que se completam. Diferem como o piloto e o navio, - conforme comparação usada, - e em que a alma tem o comando do corpo.
Não sendo componente com o corpo, a alma vem de fora do mundo material. A encarnação se justifica, por necessidade de purificação de culpa anterior. A reminiscência de outras vidas é prova disto. Tais doutrinas as recebeu Platão da tradição órfica e pitagórica vigente no seu tempo e se conservam em parte até hoje.
Divide-se a alma em três partes, a racional, situada na cabeça, a passional, no peito, a apetitiva, no abdômen. Talvez se trate apenas de faculdades da mesma alma, conforme permitem entrever alguns textos, apesar de outros mais favoráveis à divisão real. Na hipótese da divisão, a alma racional seria a espiritual e imortal.
De acordo com o predomínio de uma das partes, os cidadão diferem entre si. Dali a divisão paralela em classes sociais: os políticos, os militares, os trabalhadores.

Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y098.htm#TopOfPage

129. Filosofia moral. A ética de Platão é a do direito natural (contra os sofistas) e marcada pelo orfismo. Continua diretamente a ética socrática, dali prosseguindopara novos desenvolvimentos na área política e educacional.
O objetivo geral da vida é a felicidade, com uma hierarquia, na qual prevalecem as partes superiores da alma. Situam-se por via ascendente os prazeres inferiores, próprios à manutenção da vida e da espécie; os prazeres do coração, já menos fugazes; os prazeres buscados pela inteligência.
De outra parte, a união meramente extrínseca da alma com o corpo, dá à ética de Platão (como já a de Sócrates e antes ainda a dos órficos e pitagóricos) um feitio anti-naturalista e pouco grego. Para ela o filósofo é um "forasteiro" (Teeteto 174), que passa por esta vida sem se interessar pelo que se lhe apresenta.
Este ideal forasteiro se transferirá ao neoplatonismo de Plotino e confere em muitos aspectos com o cristianismo.
Fonte: Enciclopédia Simpozio

http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y098.htm#TopOfPage

OBRA DE ARTE

OBRA DE ARTE
Amores na bela Capital Catarinense.