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sábado, 23 de julho de 2011

POEMA

FILHA
Charles Fonseca

Agora mais uma filha
Terna, doce, discreta,
Dentro em mim um pai desperta
Novo sonho de família

Daqueles de antigamente
Que nome de pai respeita
Que mulher tem não enjeita
Muitos netos e é presente.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Democracia Grega X Democracia Contemporanea

Por Rainer Gonçalves Souza
Mestre em História

Ao falarmos do legado dos gregos para o mundo contemporâneo, percebemos que muitos textos ressaltam como as experiências políticas experimentadas em Atenas serviram de base para a construção do regime democrático. A luta pelo fim dos privilégios aristocráticos e a consolidação de uma sociedade com direitos mais amplos teriam sido os pilares dessa nova forma de governo. Contudo, não podemos afirmar que a ideia de democracia entre os gregos seja a mesma do mundo contemporâneo.

Atualmente, quando definimos basicamente a democracia, entendemos que este seria o “governo” (cracia) “do povo” (demo). Ao falarmos que o “governo pertence ao povo”, compreendemos que a maioria da população tem o direito de participar do cenário político de seu tempo. De fato, nas democracias contemporâneas, os governos tentam ampliar o direito ao voto ao minimizar todas as restrições que possam impedir a participação política dos cidadãos.

Tomando o Brasil como exemplo, percebemos que a nossa democracia permite que uma parte dos menores de 18 anos vote e que as pessoas com mais de 70 anos continuem a exercer seu direito de cidadania. Além disso, a nossa constituição não prevê nenhum empecilho de ordem religiosa, econômica, política ou étnica para aqueles que desejem escolher seus representantes políticos. Até os analfabetos, que décadas atrás eram equivocadamente vistos como “inaptos”, hoje podem se dirigir às urnas.

Para os gregos, a noção de democracia era bastante diferente da que hoje experimentamos e acreditamos ser “universal”. A condição de cidadania era estabelecida por pressupostos que excluíam boa parte da população. Os escravos, as mulheres, os estrangeiros e menores de dezoito anos não poderiam participar das questões políticas de seu tempo. Tal opção não envolvia algum tipo de interesse político, mas assinalava um comportamento da própria cultura ateniense.

Na concepção desta antiga sociedade, aqueles que não compartilhavam dos mesmos costumes de Atenas não poderiam ter a compreensão necessária para escolher o melhor para a pólis. Além disso, observando o modo como os atenineses viam a mulher, sabemos que tal exclusão feminina se assentava na “inferioridade natural” reservada ao sexo feminino. Por fim, os escravos também eram politicamente marginalizados ao não terem o preparo intelectual necessário para o exercício da política.

Dessa forma, não podemos dizer que a democracia ateniense era cingida por uma estranha contradição. Ao contrário, percebemos que as instituições políticas dessa cultura refletiam claramente valores diversos que eram anteriores ao nascimento da democracia grega. Também devemos levar em conta que o nosso ideal democrático é influenciado pelas discussões políticas dos intelectuais que defenderam os ideais do movimento iluminista, no século XVIII.

A distância entre a democracia grega e a atual somente corrobora com algo que se mostra bastante recorrente na história. Com o passar do tempo, os homens elaboram novas possibilidades e, muitas vezes, lançando o seu olhar para o passado, fazem com que a vida de seus próximos seja transformada pelo intempestivo movimento de ideias que torna nossa espécie marcada pelo signo da diversidade.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A MORADA DA SABEDORIA NA HOLANDA

UNIVERSIDADE ASTRONÕMICA DE UTRECH NA HOLANDA.
APROXIMADAMENTE 35.000 TÍTULOS SOBRE CIÊNCIAS.
25.000 SOBRE HISTORIA DA CIÊNCIA.
MAIS DE 60.000 VOLUMES DE JORNAIS CIENTIFICOS.
70.000 ACESSOS PELA INTERNET.
PRECISO DIZER mais ALGUMA COISA?
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FILOSOFIA CONTEMPORANEA.

Max Horkheimer
Filho de um industrial judeu, Max Horkheimer nasceu em 14 de fevereiro de 1895, em Stuttgart, na Alemanha.
Abandonou os estudos em 1911 para aprender um ofício e ajudar na fábrica de seu pai. Participou da 1ª Guerra Mundial e, quando ela terminou, concluiu os estudos e decidiu se especializar em Filosofia e Psicologia, nas cidades de Munique, Friburgo e Frankfurt, onde conheceu o também filósofo Theodor Adorno.
Horkheimer defendeu o doutorado em 1922, sob a orientação do filósofo kantiano Hans Cornelius, com um trabalho sobre a antinomia do juízo teleológico. Três anos depois, daria seguimento aos seus estudos com um trabalho sobre a crítica do juízo em Kant.
Em 1926, começou a trabalhar na Universidade de Frankfurt e se casou com Rosa Rieker. Influenciado por seu amigo Friedrich Pollock (sociólogo e economista alemão), associou-se, juntamente com Theodor Adorno, à criação do Instituto de Pesquisas Sociais, instituição dedicada à pesquisa interdisciplinar entre filósofos, sociólogos, estetas, economistas e psicólogos, mais conhecido pelo nome de Escola de Frankfurt e do qual se tornaria diretor, sucedendo o historiador austríaco Carl Grünberg.

São dessa época a obra "Materialismo, metafísica e moral" e vários artigos publicados na famosa Revista de Pesquisa Social.
A Escola de Frankfurt lançou os fundamentos da chamada "teoria crítica", expressão que designa um conjunto de idéias sobre a cultura contemporânea, baseadas no marxismo mas abertas às influências que o pensamento deve exercer sobre todas as premissas teóricas.

A dialética do esclarecimento

Em 1933, com o fechamento, pelos nazistas, do Instituto de Pesquisas Sociais, Horkheimer foi obrigado a abandonar a Alemanha, passando pela Suíça e chegando à Universidade de Columbia, em Nova York, nos EUA, onde instalou o Instituto.

No início da década de 1940, Max Horkheimer escreve, junto com Adorno, o clássico "Dialética do esclarecimento" (também conhecido como "Dialética do iluminismo") e coordena um estudo sobre o anti-semitismo, além de publicar diversos artigos sobre o tema.
Retornou à Alemanha em 1949, onde passou a trabalhar como professor de filosofia na Universidade de Frankfurt, reabrindo, um ano depois, o Instituto de Pesquisas Sociais.

Entre 1951 e 1953, Horkheimer foi reitor da Universidade de Frankfurt. Ele continuou com seus estudos filosóficos e sociológicos, publicando obras como "Crítica da razão instrumental" e "Teoria tradicional e teoria crítica", na qual reuniu vários de seus artigos. Durante esses anos, Horkheimer recuperou o pensamento de
Schopenhauer e, também, suas relações com o judaísmo. Em 1959, ocupando a posição de professor emérito, muda-se para Lugano, na Suíça, onde continua seu trabalho filosófico.

O pensamento de Horkheimer é um dos mais importantes da
filosofia contemporânea. Ao enfrentar a "razão instrumental" com sua "teoria crítica", ele denuncia essa razão como criadora de perigosos mitos, situando-se em um marxismo não-ortodoxo, ligado também a certo humanismo individualista.

Max Horkheimer faleceu em 7 de julho de 1973, em Nuremberg, na Alemanha.

 Fonte:

terça-feira, 12 de julho de 2011

FOTOGRAFIA: NAMORO.

Posted by PicasaNão me pergunte onde estavamos,
eu não saberia responder,
Mas se estava  muito bom.
...ah ...  isto sim, estava!...

IMAGEM REFLETIDA.

                                                                      Suely Monteiro     
   
EU LHES OFEREÇO VIDA!...

Bem Vivida, 
Sentida,
Consentida,
Permitida,
Atrevida.
Vida que canta
e
Encanta,
em 
cada 
Canto.
Vida 
Preenchida 
de
Paz, 
Amor,
Alegria.
Eu lhes ofereço,
 de 
Coração,
Um pouco da minha vida
para 
Bagunçar, 
de 
Montão,
a organização de seus corações.
Minha vida, 
 sortida,
fará de suas vidas,
uma vitrine
de virtudes.
Fará, ainda, 
Renascer, 
a cada dia,
o
 Desejo 
de 
Viver 
e
Ter
Vida
Plenamente
Vivida.



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VIAGEM INTERATIVA DENTRO DO CÉREBRO

Essa viagem explica o funcionamento do cérebro e como a doença de Alzheimer o afeta.

Como fazer a viagem?

Há 16 slides interativos. Ao visualizar cada slide, passe o mouse sobre qualquer texto colorido para destacar os recursos especiais de cada imagem. Em seguida, clique na seta para avançar ao próximo slide.
1. Ao abrir a página, clique em "INICIAR A VIAGEM”.
2. Em cada página exibida, clique nas palavras realçadas em vermelho.

Boa viagem!!

http://www.alz.org/brain_portuguese/

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Estado & Favelas: o paradigma da ausência

    
                                                                                                     
                                                                                                       Geraldinho Vieira
Filho de migrantes nordestinos, mestiço que se identifica como negro, nascido e criado na periferia do Rio de Janeiro, Jailson de Souza e Silva, 51, é geógrafo e primeiro membro de sua família a ingressar na universidade. Ele é um típico, infelizmente ainda raro – embora cada vez menos - intelectual da periferia.
Doutor em Educação e professor da Universidade Federal Fluminense, foi secretário de educação de Nova Iguaçu. É Consultor do Unicef, da OIT e do Canal Futura. É “Cidadão de Serra Branca”, pequena cidade com 12 mil habitantes, no Cariri Paraibano, com a qual tem forte ligação há muitos anos.
Jailson é o fundador e coordenador geral do Observatório de Favelas - organização de fins públicos com sede no Rio e que trabalha com as vertentes da Comunicação e Cultura, do Desenvolvimento Territorial e dos Direitos Humanos.
O Observatório realiza diagnósticos sociais, censos e outros levantamentos nas favelas e periferias para formular e implementar projetos nesses espaços, propor, subsidiar e avaliar políticas públicas urbanas (ver mais sobre o Observatório ao final do texto).
• Na entrevista que comparto a seguir, conversamos sobre a que conclusões chegam as avaliações de políticas para os espaços populares.
Quais são, afinal, os elementos recorrentes nos programas e intervenções para favelas, assentamentos, ocupações e espaços afins?
Em sua grande maioria, as intervenções do Estado nas favelas são caracterizadas pelo que definimos como “Paradigma da Ausência”. Elas ignoram as práticas existentes, consideram os espaços favelados como os “territórios problemas” da cidade e querem destruir suas características, vistas, de forma homogênea, como não adequadas para o mundo urbano.
Mas os moradores das favelas não participam da formulação das políticas?
As formas de participação dos moradores nos projetos são artificiais e não se estimula a construção de disposições subjetivas e objetivas para efetivá-las. O pressuposto da ordem urbana tradicional, hierarquizada, autoritária e elitista, termina configurando as intervenções a partir de pressupostos que não reconhecem os moradores como sujeitos de direitos. Os moradores são tomados como objetos da ação estatal, da ação externa.
Estado & Favelas: o paradigma da ausência
Como o que você chama de “ordem hierarquizada” se manifesta no cotidiano?
Essas concepções, que partem da premissa que o Estado é o único centro de referência e poder normativo para a ordenação do mundo social, vão se expressar no formato das obras, que não levam em conta as práticas cotidianas dos moradores e seus desenhos familiares; na qualidade dos materiais; na ausência de manutenção; na ação fragmentada e localizada; na falta de um projeto ampliado, global, sustentável e de longo prazo de ação no espaço comunitário.
O Observatório apenas monitora (avalia, estuda) as políticas e outros aspectos da vida nas favelas, ou articula-se com as políticas, promove ações ?
Nosso esforço tem sido sempre no sentido de discutir esses pressupostos; propor outros, mais adequados à realidade popular e a um projeto democrático de cidade e de morada, além de buscar formar membros das comunidades para que tenham maior capacidade de intervir no processo. Criticamos, de forma profunda, os grupos da sociedade civil que assumem apenas um discurso de resistência e preconceito com o Estado – no limite, um discurso ortodoxo onde este é visto apenas como (sic) “aparato das classes dominantes”.
Qual é a sua visão deste Estado? Com que Estado, digamos, você – o Observatório - se articula?
Vemos os órgãos estatais como espaços contraditórios, nos quais atuam diferentes atores sociais e, portanto, eles podem, e devem incorporar uma perspectiva democrática e de reconhecimento das favelas como espaços efetivamente constitutivos da cidade. Assim, não temos problemas em trabalhar com órgãos estatais ou mesmo com empresas que possam contribuir para a construção de políticas públicas que beneficiem essas parcelas da população. O princípio que nos orienta é o de que o Estado se torne de fato uma Res Publica – uma coisa pública e que ajude no processo de publicização e democratização da cidade, o que, obviamente, inclui a favela.
Aqui entra a questão da segurança, do crime, da droga, da polícia...
Essa questão da publicização das favelas deve levar em conta a sua história e eventuais características singulares, sem desconsiderar a condição de seus moradores de sujeitos de direitos, que incluem os direitos coletivos e, com isso, o cerceamento, quando for o caso, de alguns pretensos direitos individuais. O tratamento de algo tão sofisticado não pode ser reduzido a uma ação policial isolada, centrada no controle do território, embora essa iniciativa seja fundamental. Nesse caso, não cabe uma “Unidade Policial Pacificadora (UPP)”, mas sim transformar o que vem se revelando como uma exitosa, embora problemática iniciativa de segurança pública em “Unidade de Políticas Públicas” que coordene o desenvolvimento de um projeto integrado de desenvolvimento sustentável, com metas, indicadores, monitoramento e avaliação.
* O QUE SÃO AS FAVELAS ?
• Para o Observatório de Favelas, as representações e conceitos estereotipados norteiam muito da atitude do poder público quanto a estes espaços: “Quando um gestor público desenvolve políticas direcionadas às favelas, o que embasa suas ações, comumente, são idéias pré-concebidas acerca de tais espaços. Idéias geralmente ligadas a noções como as de carência ou ausência, através das quais, mesmo as favelas com características absolutamente distintas são definidas unicamente pelo que não possuem (infra-estrutura adequada e precariedade de todas as ordens)”.
A equipe do Observatório construiu 12 exemplos que confrontam o que seria uma visão criminalizante/homogeneizadora com o que consideram uma visão democrática/cidadania plena sobre o que são as favelas. Apresento-as alternadamente, começando sempre pela visão criminalizante:
1 - As favelas são todas iguais e são um problema para a cidade.
- As favelas são heterogêneas e materializam diversos momentos históricos da cidade. Elas são frutos da dinâmica desigual de conformação cidade e da falta de ação do Estado e do Mercado no sentido de oferecerem alternativas de habitação adequadas aos mais pobres.
2 - Seus moradores têm o mesmo perfil social e são potencialmente criminosos, em particular os jovens.
- São múltiplas as redes sociais nas favelas, com formas distintas de inserção; as redes criminosas são apenas uma delas, e muito minoritária.
3 - Os projetos ali trabalhados são para prevenir uma potencial criminalidade e não em função do reconhecimento dos seus moradores como sujeitos de direitos.
- Os moradores são cidadãos da pólis, com mesmos direitos e deveres, embora com condições socioeconômicas e habitacionais distintas.
4 - Os espaços locais são igualmente precários, sem equipamentos e serviços básicos e o Estado é ausente.
- As favelas consolidadas receberam muitos equipamentos e serviços urbanos; nesse caso, o problema maior é a qualidade da intervenção do Estado. Este é ausente no campo da segurança pública, tendo permitido a privatização da regulação da ordem social local por grupos criminosos.
5 - As redes criminosas são sustentadas e defendidas pelos moradores.
- Os moradores não têm condições de enfrentar os grupos criminosos e são extorquidos por eles, que se legitimam através da oferta de segurança em termos de proteção ao patrimônio, especialmente e definição de um padrão autoritário de ordem pública.
6 - Os moradores não pagam impostos, vivem do Bolsa Família e têm muitos filhos para viverem desses benefícios.
- Visão escravocrata típica: a maior parte dos moradores é trabalhadora manual, sendo mão de obra central nos prédios, lojas e escritórios da cidade. A taxa de natalidade nas favelas diminuiu drasticamente nos últimos, como vem ocorrendo em outros bairros das cidade e, especialmente, nos grandes centros urbanos brasileiros.
7 - As favelas não têm nenhum tipo de lei, ordem, regras e padrões de convivência.
- As favelas são um notável caso no que diz respeito à convivência ordeira de, por exemplo, um grupo de 25 mil pessoas por Km2. Talvez essa seja sua principal qualidade e diferencial no ponto de vista urbano. Além disso, há várias formas de regulação, expressas de variadas formas, inclusive as afirmadas, no espaço público, pelos grupos criminosos.
8 - As favelas não fazem parte da cidade, são, no máximo, um problema para ela.
- As favelas são, acima de tudo, cidade, constituintes da cidade, e existem de forma específica e singular, sendo os seus moradores cidadãos empenhados em terem acesso a direitos fundamentais - que são fornecidos em outros espaços de forma natural e sem luta comunitária. Ter de lutar coletivamente para ter direito a serviços urbanos básicos é um atentado à democracia e aos direitos dos cidadãos. Acima de tudo, elas são uma das principais fontes de produção cultural e de definição identitária dos espaços urbanos, em especial no Rio de Janeiro.
9 - Os moradores da “cidade” são os principais atingidos pela violência criminosa.
-- Os moradores das favelas são os mais diretamente atingidos pela falta de oferta, pelo Estado, de segurança pública nesse território. O apoio da população local às UPPs demonstra como essa demanda é central.
10 - A policia precisa agir de forma violenta nas favelas para enfrentar o tráfico de drogas.
- A violência policial só aumenta os problemas e não atingiu, até hoje, nenhum resultado no enfrentamento à criminalidade envolvida no tráfico de drogas.
11 - O tráfico de drogas é o “demônio” da cidade e seus integrantes serem mortos é natural e correto.
- Visão residual do pensamento escravocrata, que penaliza os mais pobres como os criminosos por excelência. Visão que ignora o respeito a direitos fundamentais - os grupos criminosos devem ser alvos de uma política de segurança pública e não de uma guerra de extermínio.
12 - As favelas têm de acabar e serem transformadas em Bairros.
- As favelas são espaços centrais na cidade e devem se desenvolver, superando-se os limites existentes, sem perder sua condição singular, inovadora e que estimula a pluralidade da cidade, em sua unidade.
* O OBSERVATÓRIO DE FAVELAS
• Neste momento, no campo da Segurança Pública o Observatório (www.observatoriodefavelas.org.br) elabora projetos, conceitos e pesquisas que contribuam para o avanço de políticas que possam estar além do modelo policial que as dominam, buscando construir um projeto republicano de intervenção. Para isso, o Observatório atua na formação de quadros; criação de canais de mediação nas favelas com UPPs – e de ouvidoria comunitária; participa do Conselho Nacional de Segurança e da formação do Conselho Estadual; formula estudo abrangente sobre a dinâmica das redes criminosas pós UPPs e caminhos para a consolidação da iniciativa nos territórios atuais.
• Já no campo dos Direitos Humanos, atua através do Programa de Redução da Violência Letal contra adolescentes e jovens, buscado sistematizar e divulgar dados a respeito da violência letal contra esses grupos – o Índice de Homicídios de Adolescentes; e, busca criar uma rede de organizações que permitam avançar no tratamento da questão. O programa está em 11 Regiões Metropolitanas, é realizado em parceria com o UNICEF, UERJ e com a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos. No próximo ano, o projeto deve avançar 15 Regiões.
• No campo da Comunicação, por sua vez, o Observatório está inserido no esforço para construir formas alternativas de formação de novos comunicadores através dos projetos da Escola Popular de Comunicação Crítica - ESPOCC - e a Agência Imagens do Povo, que se dedicam à produção nesse campo. E está construindo a Agência Escola Social de Comunicação, a fim de materializar suas referências, em termos de linguagem, para a divulgação de “causas sociais”. O Observatório insere-se ainda no movimento de redes que trabalham no sentido de democratizar o campo da comunicação.
No campo do Desenvolvimento Territorial, destaca-se o projeto Conexões de Saberes - um programa de caráter nacional que foi assumido e expandido pelo MEC como seu principal programa de ações afirmativas. O Observatório investe boa energia na criação de um projeto integrado de desenvolvimento da Avenida Brasil, maior via de circulação do Rio de Janeiro, cujo entorno possui 32 favelas e mais de um milhão de pessoas. Trabalha ainda na criação de um programa de mediação de conflitos e de atendimentos a estudantes com dissonância em relação ao espaço escolar para a Secretaria Municipal de Ensino de Belo Horizonte e num projeto de intervenção sistemática na favela Santa Marta, com a intenção de construir um projeto de desenvolvimento sustentável a partir da intervenção estética que mobilize toda a comunidade de cinco mil moradores em uma das favelas mais emblemáticas do país.
O Observatório de Favelas financia suas ações através de editais públicos e privados, ou recursos de órgãos públicos, empresas, ou organismos internacionais que apóiam projetos pontuais. Também através de doações, embora estas sejam menos freqüentes.
Seus principais parceiros em ações de campo são a Redes de Desenvolvimento da Maré, CUFA, Cooper Liberdade, Laboratório de Análises da Violência (Lav – Univ. Estadual do Rio de Janeiro); Instituto C&A; Fundação Ford, Casa Daros, Petrobras, CEDAPS, Instituto Av. Brasil, Escola de Cinema Darcy Ribeiro, Univ. Federal do Rio de Janeiro , Univ. Federal Fluminense e vários outros.
Importantes apoiadores financeiros são Icco (agência de cooperação holandesa), Unesco, Unicef, Fundação Ford, Secretaria de Direitos Humanos e Secretaria de Cultura.
* PARA SABER MAIS:
Jailson de Souza e Silva é autor dos seguintes livros:
- “Por que uns e não outros – caminhadas de jovens pobres para a Universidade” – Ed. 7 Letras ; Rio de Janeiro; 2003, primeira edição, com 3 reimpressões; 2 edição – 2011.
- “Coordenação da Coleção Caminhadas” – 33 livros escritos por jovens universitários de universidades federais brasileiras sobre suas trajetórias até ao ensino superior; Ed. UFRJ. 2006 a 2009.
- “Favela: alegria e dor na cidade”. Ed. X/Brasil – Senac – Rio de Janeiro. 2006
- “Diagnóstico ligeiro sobre crianças e adolescentes no narcotráfico” – 2002, OIT, Edições em Português e Inglês;
- “Situações de violência contra crianças e adolescentes no Brasil” – Ed. UNICEF/GLOBAL – 2005. São Paulo.
- “O que é favela, afinal” – Coordenação – Ed. Observatório de Favelas – 2009, Rio de Janeiro

Fonte: Blog Noblat

domingo, 10 de julho de 2011

MITOLOGIA

Sofrimento e êxtase


(...) a tragédia grega era a inflexão poética da mitologia, a catarse trágica da emoção através da compaixão e do terror, o correspondente à purificação do espírito através do rito. A tragédia transmuta o sofrimento em êxtase. (...) Livre do vínculo com nossa parte mortal, através da contemplação daquilo que é grave e constante no sofrimento humano- o ser humano une-se simultaneamente , em compaixão trágica com o “sofredor humano” e em terror trágico com a “causa secreta”. Em consequência disso, um dia, com um grito de júbilo, o espírito pode saltar para aquilo que subitamente reconhece por trás da máscara. A tragédia dissolve-se e surge o mito.
 
“ Vossa face, a qual um jovem se esforçasse por imaginá-la, conceberia como a de um jovem ; um adulto, como a de um homem; um velho, como a de um velho. Quem poderia imaginar o mais verdadeiro e o mais adequado de todos os rostos- de todos e de cada um- como se não fosse de nenhum outro ? E como poderia ele imaginar , além de todos os conceitos, de todas as cores, adornos, e toda a beleza de todos os rostos ? Por conseguinte, aquele que avança para observar o Vosso rosto, enquanto ele formar qualquer conceito Dele, está longe de Vossa face. Porque todo conceito de face não alcança a Vossa face. E toda beleza que pode ser concebida é menor que a beleza de Vosso rosto; todas as faces tem beleza, mas nenhuma é a própria beleza, mas a Vossa face tem beleza e por ter beleza é ser. Ela é a forma que dá existência a cada forma bela. Em todos os rostos é visto o Rosto dos rostos, por trás de um véu e de um enigma.; não obstante desvelado, ele não é visto, até que acima de todas as faces um homem penetre em certo segredo e silêncio, onde não há nenhum conhecimento ou conceito de rosto. Esta névoa, nuvem, escuridão, revelará que Vossa face não pode ser encontrada a não ser velada; mas a própria escuridão revelará que vossa face está ali, além de todos os véus.”
(Nicolau de Cusa)

As  Máscaras de Deus - Joseph Campbell - Mitologia Primitiva - vol. I
Fonte: Blog Sinapses de Gaia

segunda-feira, 4 de julho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

FOTOGRAFIA

Em Garcia DÁvila - Salvador - BA.

PARA OS FELIZES NAMORADOS

Os seus compridos cabelos,

que sobre as costas ondeiam,


são que os de ApoIo mais belos,

mas de loura cor não são.

Têm a cor da negra noite,

e com o branco do rosto

fazem, Marília, um composto

da mais formosa união.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

FOTOGRAFIA


Charles e eu nos preparando para saborear um delicioso almoço preparado por nossa grande amiga Natelcia (a que de blusa preta ao lado dele) um pouco antes de nossa transferência de residencia de Aracajú para Florianópolis.
"Amigos são coisas pra se guardar do lado esquerdo do peito..."
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quarta-feira, 1 de junho de 2011

ARISTÓTELES

Sobre a responsabilidade de construção de nosso próprio caráter.

Segundo Aristóteles, os homens só se tornam justos (ou virtuosos, pois a justiça é a virtude que abarca todas as outras), através do hábito e da prática de atos justos. Mas para se praticar atos justos, é estritamente necessário um mestre (um tipo de treinador), que já tenha adquirido uma disposição de caráter permanente (hexis), e necessariamente virtuosa, para que possa ensinar, e despertar a virtude nos homens que se submetem (ou são submetidos) à tal educação. Mas assim como atletas olímpicos, que só conseguem se sair vitoriosos porque treinaram voluntariamente e habitualmente, para se adquirir a “hexis” virtuosa, os homens devem querer agir e praticar atos voluntários, pois apenas o ensino do mestre, sem a prática (e a vontade) do estudante, não lhes garante a aprendizagem das virtudes.
(…)mas porque os atos que estão de acordo com as virtudes tenham determinado caráter, não se segue que sejam praticados de maneira justa ou temperante. Também é mister que o agente se encontre em determinada condição ao praticá-los:
- em primeiro lugar deve ter conhecimento do que faz;
- em segundo, deve escolher os atos, e escolhê-los por eles mesmos;
- e em terceiro, sua ação deve proceder de um caráter firme e imutável(…), aquelas mesmas que resultam da prática amiudada de atos justos e temperantes – são, numa palavra, tudo” .
Logo, os próprios homens são co-responsáveis pela disposição de caráter que adquiriram através da práxis.

http://projetophronesis.wordpress.com/category/filosofia-antiga/aristoteles/

domingo, 29 de maio de 2011

MITOS

Os mitos, forneceram-nos instrumentos para o crescimento e o fortalecimento da nossa tão valorizada razão.
É bom, votarmos, nossos generosos agradecimentos a eles que nos encantaram,   nos ensinaram, nos preparam para percorrer o sinuoso caminho da reflexão formal.
Como pais generosos, continuam conosco, embora com outras vestes, menos formosas, o que nos faz pensar que se foram.
Vale a pena, vez por outra, deixar o pensamento voar até seu reino natural e embebedar-se
com suas suculentas fantasias.
Experimente!



Venus desarma Marte (pintura de Jacques-Louis David (1748-1825)).
Pela mitologia grega, Afrodite (Venus dos romanos) era a deusa do amor e da beleza.
Ares (Marte dos romanos) era o deus da guerra, representando o espírito de batalha.



A ninfa Eco observa Narciso contemplando seu reflexo na água (tela de J. William, 1903).
O belo Narciso era filho do deus Cefiso e da ninfa Liríope.
Conta a lenda que ele se apaixonou pela própria imagem, afogando-se no rio ao contemplá-la.


Dédalo e Ícaro (pintura de Lord Leighton). Conta a lenda que para fugir de Creta, Dédalo confeccionou asas de cera para ele e para seu filho Ícaro.
Durante o vôo, Ícaro chegou muito perto do sol, derretendo suas asas e caindo no mar.

OBRA DE ARTE

OBRA DE ARTE
Amores na bela Capital Catarinense.