O imperador Constantino, no poder de 306 a 337, consolidou definitivamente o sucesso do cristianismo. Rompendo as regras da sucessão do trono, então organizado na forma de uma tetrarquia, por Diocleciano (285-305), em que sucederiam pela ordem os dois Augustus e os dois Césares, venceu sucessivamente seus contendores, até alcançar a posição de imperador único.
Nesta longa luta apoiara-se nos cristãos, apesar de ele mesmo não ser um deles. Constantino era filho de Constâncio Cloro, que de César passara a Augusto, governando as Gálias e a Grã Bretanha, com capital em Tréveris, nas fronteiras da Gêrmania.
Constantino sucedeu a Constância que morreu cedo, em 306. Tentando unificar o império, em 307 vencia Maximino, que governava em Milão, e conquistava, a seguir, Roma a Maxêncio.
Emite, então, o importante Edito de Milão (313), introduzindo a liberdade de culto, integrando desta forma os cristão ao mesmo nível da religião tradicional. Em 324 completava a unidade do poder, cuidando logo de transferir a capital para Bizâncio, que tomou o nome de Constantinopla.
Constantino trata da religião como se fosse ele o chefe da igreja, como antes fora grande pontífice do paganismo. Convocando o Concílio ecumênico em Nicéia (325), deu à Igreja cristã a estrutura hierarquizada e territorializada, que hoje ainda conserva, principalmente as Igrejas Católica e Ortodoxa. Adepto de uma religião solar monoteísta, deixa-se batizar apenas no final de sua vida, no leito de morte, ainda assim na fé de Arriano (+ 336). Pelas dificuldades que criou ao judaísmo e ao paganismo em geral, foi o imperador que traçou a sorte definitiva do cristianismo.
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