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quarta-feira, 25 de julho de 2012

MÚSICA: A ARTE QUE ELEVA A ALMA.



A ópera Carmen é um belo espetáculo.
Conta a história
de uma cigana que usa a dança para seduzir os homens.
É composta por quatro belos atos.
 Vale a pena procurar no youtube a peça completa,
ouvir, relaxadamente,
no mais completo silêncio.

FOTOGRAFIA

  Um momento especial em minha vida...



segunda-feira, 23 de julho de 2012

Neurociência


 "Não é mais possível dizer que não sabíamos", diz Philip Low


Neurocientista explica por que pesquisadores se uniram para assinar manifesto que admite a existência da consciência em todos os mamíferos, aves e outras criaturas, como o polvo, e como essa descoberta pode impactar a sociedade
Marco Túlio Pires

Estruturas do cérebro responsáveis pela produção da consciência são análogas em humanos e outros animais, dizem neurocientistas (Thinkstock)
O neurocientista canadense Philip Low ganhou destaque no noticiário científico depois de apresentar um projeto em parceria com o físico Stephen Hawking, de 70 anos. Low quer ajudar Hawking, que está completamente paralisado há 40 anos por causa de uma doença degenerativa, a se comunicar com a mente. Os resultados da pesquisa foram revelados no último sábado (7) em uma conferência em Cambridge. Contudo, o principal objetivo do encontro era outro. Nele, neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas, incluindo polvos, têm consciência. Stephen Hawking estava presente no jantar de assinatura do manifesto como convidado de honra.
Low é pesquisador da Universidade Stanford e do MIT (Massachusetts Institute of Technology), ambos nos Estados Unidos. Ele e mais 25 pesquisadores entendem que as estruturas cerebrais que produzem a consciência em humanos também existem nos animais. "As áreas do cérebro que nos distinguem de outros animais não são as que produzem a consciência", diz Low, que concedeu a seguinte entrevista ao site de VEJA:
Estudos sobre o comportamento animal já afirmam que vários animais possuem certo grau de consciência. O que a neurociência diz a respeito? Descobrimos que as estruturas que nos distinguem de outros animais, como o córtex cerebral, não são responsáveis pela manifestação da consciência. Resumidamente, se o restante do cérebro é responsável pela consciência e essas estruturas são semelhantes entre seres humanos e outros animais, como mamíferos e pássaros, concluímos que esses animais também possuem consciência.
Quais animais têm consciência? Sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e muitas outras criaturas, como o polvo, possuem as estruturas nervosas que produzem a consciência. Isso quer dizer que esses animais sofrem. É uma verdade inconveniente: sempre foi fácil afirmar que animais não têm consciência. Agora, temos um grupo de neurocientistas respeitados que estudam o fenômeno da consciência, o comportamento dos animais, a rede neural, a anatomia e a genética do cérebro. Não é mais possível dizer que não sabíamos.

É possível medir a similaridade entre a consciência de mamíferos e pássaros e a dos seres humanos? Isso foi deixado em aberto pelo manifesto. Não temos uma métrica, dada a natureza da nossa abordagem. Sabemos que há tipos diferentes de consciência. Podemos dizer, contudo, que a habilidade de sentir dor e prazer em mamíferos e seres humanos é muito semelhante.

Que tipo de comportamento animal dá suporte à ideia de que eles têm consciência? Quando um cachorro está com medo, sentindo dor, ou feliz em ver seu dono, são ativadas em seu cérebro estruturas semelhantes às que são ativadas em humanos quando demonstramos medo, dor e prazer. Um comportamento muito importante é o autorreconhecimento no espelho. Dentre os animais que conseguem fazer isso, além dos seres humanos, estão os golfinhos, chimpanzés, bonobos, cães e uma espécie de pássaro chamada pica-pica.

Quais benefícios poderiam surgir a partir do entendimento da consciência em animais? Há um pouco de ironia nisso. Gastamos muito dinheiro tentando encontrar vida inteligente fora do planeta enquanto estamos cercados de inteligência consciente aqui no planeta. Se considerarmos que um polvo — que tem 500 milhões de neurônios (os humanos tem 100 bilhões) — consegue produzir consciência, estamos muito mais próximos de produzir uma consciência sintética do que pensávamos. É muito mais fácil produzir um modelo com 500 milhões de neurônios do que 100 bilhões. Ou seja, fazer esses modelos sintéticos poderá ser mais fácil agora.

Qual é a ambição do manifesto? Os neurocientistas se tornaram militantes do movimento sobre o direito dos animais? É uma questão delicada. Nosso papel como cientistas não é dizer o que a sociedade deve fazer, mas tornar público o que enxergamos. A sociedade agora terá uma discussão sobre o que está acontecendo e poderá decidir formular novas leis, realizar mais pesquisas para entender a consciência dos animais ou protegê-los de alguma forma. Nosso papel é reportar os dados.

As conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento? Acho que vou virar vegetariano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento. Será difícil, adoro queijo.

O que pode mudar com o impacto dessa descoberta? Os dados são perturbadores, mas muito importantes. No longo prazo, penso que a sociedade dependerá menos dos animais. Será melhor para todos. Deixe-me dar um exemplo. O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade. Um primeiro passo é desenvolver abordagens não invasivas. Não acho ser necessário tirar vidas para estudar a vida. Penso que precisamos apelar para nossa própria engenhosidade e desenvolver melhores tecnologias para respeitar a vida dos animais. Temos que colocar a tecnologia em uma posição em que ela serve nossos ideais, em vez de competir com eles.
Revista Veja julho 2012

domingo, 8 de julho de 2012

POEMA DE SAFO SOBREO CIÚME,


Parece-me igual aos deuses o homem que, diante de ti e próximo,escuta a tua doce voz e o teu riso amorável.
Isso faz-me tumultuar o coração no peito. Na verdade, basta-me ver-te para quea voz me falte, a língua se me fenda e um repentino fogo subtil alastre sob a minha pele, os olhos se me escureçam, os ouvidos me zumbam, o suor me inunde, um arrepio me percorra toda.
Fico mais verde do que a erva. Sinto que vou morrer.Mas tudo é suportável, desde que humilde.

FOTOGRAFIA

Domingo de frio e sol no Sul da Ilha de Florianópolis em Santa Catarina.
Um encontro, um olhar e um amor que vem se renovando, diariamente,
ao longo dos anos.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

A Responsabildiade Individual na Garantia do Estado Democrático


                 A Responsabilidade Individual na Garantia do Estado Democrático

                                                                                                                         Suely Monteiro

                O contrato social é um pacto, um veículo de livre transferência dos direitos dos indivíduos ao soberano ou a um grupo de pessoas, com base na garantia de segurança.  É a base do Estado Moderno.

                Sua linha norteadora advém das filosofias de Hobbes e de Locke, ou seja, do Absolutismo e do Liberalismo, tomando características mais ou menos diferenciadas conforme a tendência para seguir um ou outro pensador.

               Hobbes fundamenta sua teoria no convencionalismo ético e no pessimismo antropológico, caminhando na contramão de Locke que é mais confiante em sua visão do homem.

               Enquanto Hobbes concebe o cidadão, no estado civil, como despido de qualquer dos direitos naturais que tinha antes, conservando somente os direitos civis, que estão à disposição do soberano para a melhor manutenção da paz, Locke diz que os direitos naturais seguem existindo, representando seu conteúdo um limite natural para a soberania e sua efetivação o fim último do governo.

                Hobbes pensa a partir do individuo. O todo é concebido como uma solução provisória. Para ele, a luta por reconhecimento e poder continua sendo fundamental nas relações humanas, não apenas no âmbito econômico, mas também, no âmbito psicológico. Para ele, isto é factível de verificar nas relações em comunidades, entre cônjuges e entre pais e filhos.

                  Todavia, para além do fato de priorizar esta ou aquela visão é importante lembrar que os aprimoramentos de ambas as filosofias propiciaram, ao longo dos séculos, várias mudanças no cenário político, favorecendo o surgimento da democracia.

                 No que toca ao Brasil, a inserção da expressão Estado Democrático de Direito na Constituição de 1988, orientou o constituinte para uma visão menos individualista de Estado, provocando maior participação dos componentes individuais, em uma perspectiva ascendente ( Zimmermann, 2002, pg. 109), citado por  Julia Maurmann Ximenes.

                 É bom que tenha ocorrido desta maneira. Todavia, não é o suficiente.

                 O que sobressai no momento atual é o fato de que o cidadão brasileiro comum ao depositar o seu voto na urna não se sente seguro de que seus direitos serão defendidos, protegidos.

                   A igualdade e a segurança, garantias presumidas em Lei, estão distantes de alcançar o “status” de realidade. As minorias continuam não sendo contempladas nas resoluções tomadas e a insatisfação com os abusos nas políticas governamentais brotam em manifestações que, muitas vezes, a força poderosa do Estado contém, mas não elimina, pois não tem poder de resolução das questões que as originaram.

                    As longas filas para as consultas, a deficiência de moradia, os medos que invadem os corações daqueles que precisam sair de casa cedo ou voltar tarde e a educação à beira da falência são provas incontestes de que muita coisa precisa ser feita  e de que o cidadão precisa estar cada vez mais, motivado para participar, ativamente, de ações que ajudem a mudar o rumo da sociedade constituída, porém com outras estratégias.

               Parece mais do que provado que a violência não tem força para coibir abusos ou garantir mudanças promissoras. Vivemos em  sociedade e devemos respeito uns aos outros. 

              Em ano eleitoral, analisar bem  as fichas dos candidatos, antes de decidir em quem votar,  é um caminho que  ajudará a coibir  alguns  abusos e, consequentemente, concorrerá para avançar na concretização das promessas que fomentaram o pacto social. É, também, um ato que imprimirá na sociedade a marca de nossa participação responsável no processo do seu engrandecimento.

           A braços com a paz!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

ARTE: NEOCLASSICISMO






Banhista de Valpinçon, de Jean Auguste Dominique Ingres, em 1808

                   O neoclassicismo exigia  apuramento das técnicas de desenhos, com a utilização de traçados simples; compreensão profunda  da maneira de equilibrar as cores, uma vez que as imagens deveriam  exprimir inclusive a textura das coisas;  o desenho se sobrepõe , hierarquicamente a cor, dando à pintura uma aparência de escultura . 
                 O quadro em questão mostra claramente estas características e ajuda a identificar a época.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Perspectiva ontológica cartesiana


                                                                                    Suely Monteiro
                    Descartes introduz em sua epistemologia, uma perspectiva ontológica, deslocando o questionamento sobre o Objeto que se mostra a uma razão capaz de captar a ordem efetiva das coisas para o Sujeito que volitivamente se direciona para o Objeto na intenção de captar essa ordem. 
                    Este deslocamento é o Principio da Consciência de Si ou Principio da Subjetividade e, a partir dele, Descartes formulará outro traço determinante do pensamento moderno que é o dualismo entre o eu e o mundo exterior, corpo e alma, mantendo uma participação de Deus, Substância infinita que funda o ser da substância extensa e da substancia pensante, em nós.
                   Em Descartes a racionalidade do eu e a racionalidade do mundo exterior estão relacionadas, ou seja, são idênticas e existe uma estrutura racional nos dois mundos que pela matematização (conceituação em fórmulas racionais) do mundo exterior ele pode conceber a realidade como um sistema de pensamentos fundidos na consciência. É o Idealismo. 
                  Essa convicção filosófica Idealista norteará quase toda a filosofia moderna e, mesmo com algumas críticas que se faz a Descartes na contemporaneidade, é preciso ter, sempre, em mente que o Racionalismo e o Mecanicismo advindos de suas descobertas de uma realidade primeira se tornaram a base da nova ciência e ajudaram na propulsão do progresso.


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Arte: Rita Hayworth Is Stayin' Alive,


Bela montagem feita com a música Embalos do Sábado à Noite, dos Bee Gees e diversos filmes musicais com Rita Hayworth, Fred Astaire, Gene Kelly e outros. Vale a pena ver, ou ver de novo!

terça-feira, 26 de junho de 2012

AYAN RAND - 1920.

Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:
"Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você;
quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada".


Colaboração Vilma Mattos Pinto

sábado, 23 de junho de 2012

Reflexões Psico-filosóficas sobre "O Grito", de Munch e "Construção Mole com Feijões Cozidos", de Dali.

                                                                                                                               Suely Monteiro
                         A primeira vez que vi O Grito, do norueguês Edvard Munch, eu achei horrível. Tive uma péssima impressão e imaginei se alguém teria coragem de comprar e, em caso afirmativo, pendurar numa residência uma obra com um aspecto tão infeliz.
                         Impressão pior eu tive do quadro Construção Mole com Feijões Cozidos, do pintor espanhol Salvador Dalí.
                        Eu estava acostumada a um tipo de arte mais representativa do ideal de beleza grego.
                        Nas poucas visitas que fiz aos museus europeus eu me deixava enternecer diante daquelas obras gigantescas, perfeitas.
                        Não visitava outros salões e estilos.  Estava satisfeita.  Não despertara, ainda, para o universo imenso e diversificado que é o mundo da Arte. Agia como o peixinho que, por nunca ter saído do lago, imaginava ser ele o centro do mundo. Eu não conhecia e, portanto, não sabia “ler” os vários dialetos da alma.
                        Um dia eu estava fazendo fisioterapia, com a janela aberta e de repente olhei para o céu muito azul com nuvens brancas.
                        Relembrei meus anos antigos quando deitava na grama com minhas irmãs e, juntas, ficávamos lendo o grande livro de desenho de Deus.
                        Comovida, desviei os olhos para a floresta (moro próximo à mata atlântica) e, desta vez, observei que o Desenhista das nuvens fazia desenhos na floresta e que estes eram muitas vezes torcidos, de cores fortes, com traçados variados, tamanhos distintos e alguns muito feios conviviam de maneira harmoniosa com outros muito bonitos...
                      Naquele instante comecei a pensar no significado do feio e do belo, na importância do diferente, e na minha ingenuidade pensei que essas diferenças na natureza podiam sim refletir os diferentes momentos “psicológicos” do Criador.
                           Hoje, passados muitos anos, me vejo escrevendo sobre o Expressionismo como uma arte que reflete um momento especial da humanidade, seu estado psicológico e que, neste sentido, algumas vezes se reveste de uma deselegante e chocante beleza.

                           Assim pensando, olho novamente os quadros de Munch e Salvador Dalí e não sinto o mesmo impacto. Consigo ler as cores fortes, as formas deformadas, contorcidas e desesperadas. Consigo entender um pouco o sentimento que animou os artistas enquanto pintavam suas dores, suas visões do mundo e suas maneiras de reagir aos fatos.

                            Nietzsche, que estudou profundamente a cultura grega, fala que a arte se desenvolveu da dicotomia entre os aspectos apolíneo e dionisíaco que permeavam o mundo cultural grego. Mas o que significa isto?  De maneira sucinta e apressada eu diria que Apolo era a representação grega do ideal do Belo e Dionísio, a representação da força da natureza em sua mais pungente forma.  
                          Em O Grito o artista deixa vir à tona essa força poderosa que irrompe abruptamente de sua alma. Ele não tenta esconder a angústia sob máscaras, ao contrário, revela-a em sua plenitude.             
                         Os traços e cores fortes, as formas deformadas podem sim ser vistos como o esforço que a natureza das coisas faz para chegar à superfície, a vontade de se impor à vida, típico do caráter dionisíaco.
                         O Grito é um pedido de ajuda?                   
                         É um lancinante choro de desesperança?
                         É um dialeto da revolta?
                        Para mim pode ser tudo isto, pois este quadro, tanto quanto o quadro Construção Mole com Feijões Cozidos, de Salvador Dalí, suscita em mim muito mais perguntas do que apresenta respostas.  Todavia, do quadro de Dalí, a morte, parece-me, salta, deixando seu aspecto lúgubre ressaltado pelo quase total monocronismo em que se expressa. Ao contrário do que, na minha visão, ocorre na obra de Munch, a pulsão de vida freudiana esvaiu-se da figura desguarnecida no quadro de Dali.

terça-feira, 19 de junho de 2012

MODERNIDADE, MODERNISMO E MODERNIZAÇÃO

                                                                                                                                          Suely Monteiro
                        Filha do Iluminismo e da Revolução Francesa, a Modernidade nasce com a incumbência de realizar o sonho de uma sociedade feliz fundada nos parâmetros da razão, da livre escolha, da ciência e da tecnologia.  A humanidade anseia por novos rumos libertadores. Está cansada da submissão à Igreja. Quer constituir novas instituições mais imanentes que lhe  proporcionem a visão imediata do seu poder de ação. Investe na Ciência, na Tecnologia e ganha horizonte nunca antes experimentados. Sorridente e confiante em seu poder de ação e resolução, a Modernidade lança-se com toda a força de sua jovialidade ao desbravamento do insondável, do inimaginável, do impossível.
                        Entrega-se às Artes e gera o Modernismo, movimento que se volta primeiramente para a Estética e mais tarde, para a Ética, imiscuindo-se, também, na política com o objetivo de fomentar uma sociedade exemplarmente estabelecida nos rigores das leis, do direito e do respeito ao outro.
                      Ambiciosa, ansiando entrar para a História, a Modernidade insufla em sua filha predileta, o desejo de conseguir  maior penetração na sociedade que ela quer transformar. E a Modernização se encarrega de atender o desejo da mãe, especializando-se em desenvolver processos técnicos e econômicos, marcados pela avidez de renovações em tempos cada vez menores.
Máquinas engenhosas, sistemas de telefonia cada vez mais sofisticados, impulsos na navegação, grandes avanços na ciência, proporcionados por invenções que facilitam o diagnóstico e os tratamentos. Nos setores da administração, a cada dia novas técnicas de aprimoramento das relações. As redes sociais ganham espaço e conquistam lugares de destaque em todos os setores da sociedade. Nos transportes e nas indústrias, inovações surpreendentes que reduzem distâncias. O mundo em suas mãos vira uma aldeia: aldeia global.
                     O sucesso da Modernização é rápido e graças a ela o mundo se modifica, elevando alguns setores, rebaixando e embrutecendo outros, gerando medos e forte sentimento de obsoletismo que  se alastra como uma praga.
                     As pessoas passaram a ser valorizadas pelos bens que possuem e por seus poders de penetração e  persuasão. Com isto  exacerba-se  o individualismo e, com ele, a indiferença pelo outro, pelo ser.
                    As dores, as alegrias e os sucessos só ganham importância no âmbito do eu.           
                   O “nós” ainda aparece, mas nas tragédias, nas catástrofes sociais que envolvem multidões e, somente por pouco tempo, para logo serem esquecidas e superadas por outra notícia na primeira coluna do jornal.
                    
                     Amparados pela autonomização, a Modernização e o Modernismo seguem seus caminhos, produzindo tecnologias, beleza e conforto. indiferentes às suas origens.
                     Mas,  como fica  a Modernidade no meio disto tudo? 
                    Ora,  enquanto para alguns essa senhora está sofrendo os estertores da morte, para outros, ela morreu faz tempo.  Não percebemos porque nos mantemos indiferentes,  ilhados em nós mesmos, deixando que a vida , e tudo o que ela contém,  corra  a nossa revelia.

OBRA DE ARTE

OBRA DE ARTE
Amores na bela Capital Catarinense.