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quinta-feira, 24 de junho de 2010

HISTÓRIA DA FILOSOFIA ANTIGA: O PENSAMENTO PRÉ-HELÊNICO.

O espaço geográfico do pensamento ocidental inclui o norte da África, sobretudo Egito, e a Ásia Menor, até a Mesopotâmia e o Iran.
Nesta região, antes dos povos helênicos, a filosofia não conseguiu alcançar sistematizações rigorosas. Não se desprendeu, senão em casos raros, das religiões sobrenaturalistas e ritualistas, as quais geralmente foram obra coletiva, ao passo que uma filosofia bem estabelecida teria o cunho pessoal de um autor mais genial ou esforçado. Não há como examinar as filosofias mencionadas senão juntamente com as religiões de cujo contexto fazem parte.
Do ponto de vista da filosofia da religião, devem-se distinguir três perspectivas:
a religião materialmente é o conjunto de doutrinas em que se apoia, tais como as noções de Deus, alma, natureza e mundo sobrenatural;
a religião objetivamente (ou essencialmente, ou formalmente) é o culto;
a religião subjetivamente é a prática deste culto.
Do ponto de vista filosófico e da história das idéias filosóficas, é claro que o aspecto material da religião é o que agora mais importa. Aquele conjunto de doutrinas em que se apoia é, em grande parte, filosófico, mesmo quando tais doutrinas sejam muito primárias.
Sem Deus e sem conceituar o mundo como criatura não há um sentido verdadeiramente religioso. Além disto, as variações dos conceitos a este respeito podem dirigir para horizontes mui diversos as religiões.
Aspecto freqüente nas religiões, sobretudo as populares e tradicionais, é o seu sobrenaturalismo. Este caráter pode, de outra parte, diminuir a ênfase filosófica, mais peculiar às religiões naturalistas. Nas religiões sobrenaturalistas, os fatos relacionados às revelações criam um elenco episódico notavelmente grande.
Enfim, a moral, sobretudo das religiões primárias, tem grande impacto na conduta dos seus seguidores. Trata-se de um elemento de fundo filosófico. Nas religiões primárias a mundivisão, em decorrência do antropomorfismo, se concentra na justiça e na recompensa, porquanto Deus é visto como um régio senhor a administrar seus servos. Ou ainda na idéia de purificação pelo sofrimento, sobretudo no caso da metempsicose.
Mais distantes do Ocidente estão as religiões e filosofias da Índia, - Bramanismo e Budismo, - e da China, - Taoismo e Confucionismo, - sem ação pré-helênica sobre o Ocidente. As comunicações modernas, a partir da Renascença, abriram suas influências sobre os países ocidentais e destes sobre os orientais.
Já na antiguidade ocorrem as influências sobre o ocidente helênico-romano das religiões mesopotâmicas, egípcias e persas. É especial o fenômeno judaico e cristão.
Suplantando a mitologia grega e romana, as religiões do Oriente Próximo assumiram em determinado momento da história uma função importante na mentalidade popular do mundo helênico-romano, com marcas que a história da filosofia adverte no orfismo, pitagorismo, platonismo.
O fenômeno cresce a partir do período helênico-romano inaugurado por Alexandre Magno; este em seu curto reinado de 336 - 323 a.C., alterou a fisionomia política da antiguidade e produziu as condições de um processo mais vasto de sincretismo substancial.
Fonte: Enciclopedia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y013.htm#BM2216y018

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