Antes que chegassem à criação da filosofia, os gregos já tinham uma longa história política e uma adiantada cultura. Indo-europeus, como os persas, haviam afluído no segundo milênio a. C. da região do Mar Cáspio e atravessado o Estreito do Bósforo.
Derramando-se os gregos pelo Mediterrâneo, deram origem a um bordado de cidades em todo o seu contorno, se concentraram sobretudo na região da Grécia atual e de suas Ilhas, onde hoje ainda têm seu país. O nome grego, originariamente graikós, foi, segundo Aristóteles, mais antigo que heleno, o qual também denomina o mesmo grupo étnico.
A primeira manifestação significativa da civilização deste povo admirável se operou na Ilha de Creta, quando também ocorreu a influência egípcia através da navegação. Sobram as ruínas do Palácio de Cnossos, pinturas, vasos artísticos, além de uma tradição de lendas, como a do rei Minos.
Também em Creta iniciaram os gregos os esportes e jogos ginásticos, que depois teriam sua principal manifestação nas olimpíadas, - referência à Olímpia, cidade do Peloponeso,- em louvor a Zeus Olimpo. A partir dos ginásios finalmente se desenvolveram as escolas.
Quando cerca de 1400 a.C. se destruiu a civilização cretense, por razões não claramente hoje conhecidas, ela já se encontrava em transplante para os aqueus da Grécia continental. Comandaram estes a guerra contra Tróia (ou Ilion), pelo ano 1.100 a.C., e que se converteu no tema da imortal Ilíade de Homero. Neste tempo, além da interação dos gregos com a civilização egípcia, ocorreram sobre eles também as influências, vindas do Oriente babilônico, finalmente do Oriente persa e hindu.
As colônias gregas diluíam-se em torno do Mediterrâneo. É o que Cícero descreveu como "bordado helênico". O mar servia de união, mais do que a influência polarizante de uma influente capital. A circulação era mais ou menos livre, de sorte a efetivamente acontecer uma confederação implícita.
Pelo ano 800 a.C. principia a literatura, destacando-se o já citado Homero, autor dos poemas Ilíada e Odisséia. Ambos em função à guerra de Tróia (chamada Ílion) e de um herói (denominado Ulisses ou Odisseus). Nestas duas obras primas da literatura universal se codificaram dominantemente a mitologia e os mais antigos princípios morais helênicos. Sobre eles trabalhariam os filósofos, reformulando conceitos religiosos e criando a filosofia.
Analogamente os outros povos tinham os seus livros sagrados, avantajando-se os textos gregos pelo seu caráter menos sacral, porquanto não eram considerados diretamente revelados. Por isso os gregos não ficaram presos a um pensamento dogmático, havendo podido desenvolver mais espontaneamente sua filosofia.
O desenvolvimento dos povos helênicos se deu sem que uma polarização inicial os unisse em torno de uma capital única. A forte concentração em torno de Atenas ocorrerá apenas quando já ia adentrado o século 5-o. a. C., no período denominado Ilustração Grega, iniciada ali pelos anos de 470 a.C. Mesmo assim, esta concentração ocorreu por tempo limitado.
Depois deste século brilhante, - conhecido também por Século de Péricles (+ 429 a.C.), referência ao seu principal mentor, - Atenas continuou capital, mais do ponto de vista cultural, que político, porquanto também passaram a se destacar Alexandria e Antioquia. Ambas capitais helênicas.
Já antes da concentração em Atenas, se havia desenvolvido a filosofia em diferentes cidades gregas do Mediterrâneo. Inicialmente o fenômeno ocorreu sobretudo na periferia, a saber, na Jônia (Ásia Menor, hoje Turquia) e Magna Grécia (atual Sul da Itália), esta depois conquistada pelos romanos e diluída no mundo latino.
Dos escritos pré-socráticos sobram apenas fragmentos, em citações feitas pelos filósofos posteriores em seus respectivos livros. Além destes fragmentos há as simples referências ao pensamento dos pre-socráticos, e que se fizeram conhecer como doxografias.
São os fragmentos pré-socráticos muito apreciados, em vista de expressarem a origem do pensamento filosófico. Foram reunidos em volumes especiais para melhor manuseio. A coleção mais notável, conhecida como Fragmentos pré-socráticos (3 vols., 1922), é a de Hermann Diehls (com texto original grego, acompanhado de tradução alemã).
O problema cosmológico (de 6 ` F : @ H = ordem, organização, astros, mundo) foi a preocupação principal dos filósofos pré-socráticos. Os tema humanos entrarão a ser vastamente tratados no período seguinte.
As principais perguntas dos filósofos pré-socráticos incidem sobre a composição das coisas e sobre as causas da transformação.
Estabelecendo hipóteses, ainda que precárias e passando a tentativa das provas, superam o estágio teológico dos mitos.
Em vez do caos inicial e da transformação mirabolante acionada sobrenaturalisticamente pela magia dos deuses, os novos pensadores gregos apelam a causas naturais. A estas caberia a transformação das coisas.
Ainda que errando nos resultados, os fundadores da filosofia operaram corretamente quanto ao método racional de pensar.
Variaram muito as opiniões dos filósofos gregos; mas a colocação do problema estava certa. Assim continua hoje, porquanto a filosofia natural e a ciência ainda não respondeu grande parte das prístinas indagações pré-socráticas
Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y013.htm#BM2216y018
Derramando-se os gregos pelo Mediterrâneo, deram origem a um bordado de cidades em todo o seu contorno, se concentraram sobretudo na região da Grécia atual e de suas Ilhas, onde hoje ainda têm seu país. O nome grego, originariamente graikós, foi, segundo Aristóteles, mais antigo que heleno, o qual também denomina o mesmo grupo étnico.
A primeira manifestação significativa da civilização deste povo admirável se operou na Ilha de Creta, quando também ocorreu a influência egípcia através da navegação. Sobram as ruínas do Palácio de Cnossos, pinturas, vasos artísticos, além de uma tradição de lendas, como a do rei Minos.
Também em Creta iniciaram os gregos os esportes e jogos ginásticos, que depois teriam sua principal manifestação nas olimpíadas, - referência à Olímpia, cidade do Peloponeso,- em louvor a Zeus Olimpo. A partir dos ginásios finalmente se desenvolveram as escolas.
Quando cerca de 1400 a.C. se destruiu a civilização cretense, por razões não claramente hoje conhecidas, ela já se encontrava em transplante para os aqueus da Grécia continental. Comandaram estes a guerra contra Tróia (ou Ilion), pelo ano 1.100 a.C., e que se converteu no tema da imortal Ilíade de Homero. Neste tempo, além da interação dos gregos com a civilização egípcia, ocorreram sobre eles também as influências, vindas do Oriente babilônico, finalmente do Oriente persa e hindu.
As colônias gregas diluíam-se em torno do Mediterrâneo. É o que Cícero descreveu como "bordado helênico". O mar servia de união, mais do que a influência polarizante de uma influente capital. A circulação era mais ou menos livre, de sorte a efetivamente acontecer uma confederação implícita.
Pelo ano 800 a.C. principia a literatura, destacando-se o já citado Homero, autor dos poemas Ilíada e Odisséia. Ambos em função à guerra de Tróia (chamada Ílion) e de um herói (denominado Ulisses ou Odisseus). Nestas duas obras primas da literatura universal se codificaram dominantemente a mitologia e os mais antigos princípios morais helênicos. Sobre eles trabalhariam os filósofos, reformulando conceitos religiosos e criando a filosofia.
Analogamente os outros povos tinham os seus livros sagrados, avantajando-se os textos gregos pelo seu caráter menos sacral, porquanto não eram considerados diretamente revelados. Por isso os gregos não ficaram presos a um pensamento dogmático, havendo podido desenvolver mais espontaneamente sua filosofia.
O desenvolvimento dos povos helênicos se deu sem que uma polarização inicial os unisse em torno de uma capital única. A forte concentração em torno de Atenas ocorrerá apenas quando já ia adentrado o século 5-o. a. C., no período denominado Ilustração Grega, iniciada ali pelos anos de 470 a.C. Mesmo assim, esta concentração ocorreu por tempo limitado.
Depois deste século brilhante, - conhecido também por Século de Péricles (+ 429 a.C.), referência ao seu principal mentor, - Atenas continuou capital, mais do ponto de vista cultural, que político, porquanto também passaram a se destacar Alexandria e Antioquia. Ambas capitais helênicas.
Já antes da concentração em Atenas, se havia desenvolvido a filosofia em diferentes cidades gregas do Mediterrâneo. Inicialmente o fenômeno ocorreu sobretudo na periferia, a saber, na Jônia (Ásia Menor, hoje Turquia) e Magna Grécia (atual Sul da Itália), esta depois conquistada pelos romanos e diluída no mundo latino.
Dos escritos pré-socráticos sobram apenas fragmentos, em citações feitas pelos filósofos posteriores em seus respectivos livros. Além destes fragmentos há as simples referências ao pensamento dos pre-socráticos, e que se fizeram conhecer como doxografias.
São os fragmentos pré-socráticos muito apreciados, em vista de expressarem a origem do pensamento filosófico. Foram reunidos em volumes especiais para melhor manuseio. A coleção mais notável, conhecida como Fragmentos pré-socráticos (3 vols., 1922), é a de Hermann Diehls (com texto original grego, acompanhado de tradução alemã).
O problema cosmológico (de 6 ` F : @ H = ordem, organização, astros, mundo) foi a preocupação principal dos filósofos pré-socráticos. Os tema humanos entrarão a ser vastamente tratados no período seguinte.
As principais perguntas dos filósofos pré-socráticos incidem sobre a composição das coisas e sobre as causas da transformação.
Estabelecendo hipóteses, ainda que precárias e passando a tentativa das provas, superam o estágio teológico dos mitos.
Em vez do caos inicial e da transformação mirabolante acionada sobrenaturalisticamente pela magia dos deuses, os novos pensadores gregos apelam a causas naturais. A estas caberia a transformação das coisas.
Ainda que errando nos resultados, os fundadores da filosofia operaram corretamente quanto ao método racional de pensar.
Variaram muito as opiniões dos filósofos gregos; mas a colocação do problema estava certa. Assim continua hoje, porquanto a filosofia natural e a ciência ainda não respondeu grande parte das prístinas indagações pré-socráticas
Fonte: Enciclopédia Simpozio
http://www.cfh.ufsc.br/~simpozio/novo/2216y013.htm#BM2216y018
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